Análise: SEM SPOILER, veja o que achamos da segunda temporada de Demolidor

Tivemos o privilégio de assistir aos 7 primeiros e empolgantes episódios da segunda temporada de Demolidor. Nela vemos um personagem com suas habilidades ligeiramente mais super heroicas, fazendo mais do uso de seus clássicos bastões e de seus sentidos ampliados em suas novas aventuras.  E por estar vestindo seu uniforme e estar equipado de suas armas desde o começo, vemos um Demolidor que se aproxima mais de sua versão mais conhecida dos quadrinhos. E assim, finalmente, um dos meus (e talvez seu também) super-heróis prediletos é muito bem representado na tela.

Dessa vez o “Homem sem medo” irá encontrar Frank Castle (o Justiceiro) e sua ex-amante, Elektra Nachios, em duas tramas paralelas. E estão de volta as cenas de lutas bem coreografadas e a violência (que não poderia estar ausente com o Justiceiro em cena).

JUSTICEIRO É GRANDE DESTAQUE

Mesmo tendo um ótimo e mais bem estabelecido Demolidor, o Justiceiro rouba a cena sempre que aparece. Essa é uma versão bem fiel do personagem e Jon Bernthal (o Shane de The Walking Dead) é perfeito para o papel. Embora o ator não tenha um porte físico tão imponente, ele consegue nos convencer de que o Justiceiro deve ser uma figura temida. A música de fundo também ajuda a Castle parecer um personagem tão “bad ass” quanto o Exterminador do Futuro. A adição desse personagem dá um ritmo um pouco mais dinâmico e empolgante ao começo dessa temporada.

O Demolidor, tanto do seriado quanto das HQs, irrita um pouco quando começa a discutir com o Justiceiro sobre a ética de matar criminosos, afinal, em um universo fictício, queremos ver o que o Justiceiro faz de melhor: metralhar o maior número de delinquentes possível. Mas no seriado, Vermelho (ou Red, jeito que Justiceiro chama Demolidor) consegue se redimir desse seu lado em cenas hilárias com o “vilão”, quando os dois não estão brigando.

UMA MISTURA DE INFLUÊNCIAS

A influência de Frank Miller ainda é bem forte e os fãs encontrarão uma atmosfera bem familiar,  já que há cenas inteiras quase idênticas às paginas dos quadrinhos. Apenas Elektra poderá não parecer tão familiar. Embora a história de como Matt Murdock conhece Elektra Nachios seja parecida com a dos quadrinhos, nessa versão, Elektra não é tanto a assassina fria retratada originalmente por Frank Miller no anos 80. Ela tem, mais exaltados, os aspectos de uma versão posterior a criação da personagem, também retratada por Miller na mini-série Demolidor: Homem sem Medo, que reconta a origem do personagem.

Tanto na mini-série quanto no seriado, essa Elektra é filha de um milionário e vive cercada de seguranças, o que, talvez, explique a sua vontade de correr riscos e embarcar em situações perigosas, buscando escapar de sua vida perfeita. Ela também gosta de instigar Matt à participar de suas desventuras insensatas, despertando nele um lado mais agressivo e criando uma relação destrutiva.

FALTA MUITO PRA 18 DE MARÇO?

Essa temporada parece estar um pouco melhor em diversos aspectos. Agora, as tramas jurídicas dos advogados Foggy e Matt e da secretária Karen estão mais entrelaçadas com as tramas das aventuras do Demolidor. Um dos poucos defeitos da primeira temporada, na minha opinião, era que o Demolidor não usava todo o escopo dos seus poderes em suas aventuras. E isso foi consertado nessa temporada de maneira que empolga cada vez que Matt, tanto em sua vida de vigilante quanto em sua vida de civil, capta diferentes estímulos com seus sentidos ampliados.

Enfim esses primeiros episódios foram muito animadores mesmo nos momentos em que a ação diminui para dar lugar a dramas bem construídos. Agora resta esperar ansiosamente o lançamento, no dia 18 de março, quando faremos uma análise completa da segunda temporada, com nota e tudo mais.