Crítica: Caça Fantasmas – O retorno triunfal da franquia

Uma franquia clássica dos anos 80 volta com tudo, renovada, inteligente etão divertida quanto os originais. O longa é dirigido por Paul Feig e roteirizado por Katie Dippold e Paul Feig, e tem sua data de lançamento marcada para o dia 14 de Julho de 2016.

Elas estão PRONTAS

O filme Os Caça Fantasmas, praticamente, inaugurou um gênero de filme de almas penadas, que antes era encarado como terror e suspense, agora então, leve e pitoresco, trabalhando sempre a comédia e um roteiro voltado para a aventura. O sucesso dos filmes originais foi estrondoso, tendo no elenco monstros da atuação como Bill Murray e Dan Aykroyd.

Justamente pelo fato desses atores não protagonizarem o novo longa, a internet veio abaixo em críticas e negativações, sem contar com o fato de muitos não terem gostado da ideia de Os Caça Fantasmas serem, dessa vez, As Caça Fantasmas. De qualquer maneira digo sem medo que as garotas arrebentaram no papel.

Os Fantasmas que se segurem

 Abby (Melissa McCarthy), Erin (Kristen Wiig) e Jillian (Kate McKinnon), são representantes dos papéis dos cientistas dos primeiros filmes e que, na minha opinião, são muito mais competentes na hora de convencer o público que elas são realmente engajadas na ciência e no fascínio pela paranormalidade. Patty (Leslie Jones), uma funcionária comum, pagadora de impostos que tem uma vida tediosa, cai de paraquedas e ajuda as Ghost Busters na tarefa de investigar os fenômenos bizarros que estão ocorrendo na cidade de Nova York, sem contar que é ela que fornece o veículo IDEAL  para o trabalho. Para fechar a turma, Kevin (Chris Hemsworth) faz o papel do secretário desprovido de inteligência, o que destonou um pouco do filme, muito pelo fato do ator não ter conseguido chegar no nível de atuação das meninas.

O filme desenrola de maneira fluida e muito interessante. O vínculo construído entre as personagens é super bacana, mostrando o histórico, a personalidade e o comportamento mediante aquele assunto tão assustadoramente bizarro. A construção das personagens, as ideias de montar equipamentos modernos e poderosos, com a ajuda de Jilian, um verdadeiro professor pardal, parece mais crível que nos filmes anteriores. Visualmente o filme merece todo elogio. Fantasmas bem criativos e bem feitos, cenas de batalha, e todas as que requerem computação gráfica, estão num nível muito bom.

Eles sempre estarão no nosso coração

As referências aos outros filmes premiam todos aqueles que tanto curtiram as aventuras dos caçadores dos anos 80. Os atores do elenco principal, exceto Harold Ramis, que interpretou o Doutor Egon Spengler (falecido em 2014), deram o ar da graça no longa fazendo pontas engraçadas e interessantes, puxando sempre algum conceito ou brincadeira construída na franquia original – até o geleia e o marshmallow man entraram na dança.

O filme brinca bastante com a atualidade, levantando questões como o comportamento agressivo da internet hoje em dia, o preconceito contra a mulher e um também as manobras políticas para tentar enganar o povo, mesmo quando tudo acontece NA CARA da população.

Uma boa notícia é que o longa revela um gancho para uma possível continuação e, se tudo acontecer como previsto, as referências ao segundo filme da franquia pularão no meio da tela de cinema.

Concluindo, o filme brinca muito bem com a ideia da Nostalgia e da Modernidade, passando levemente de um para outro, sem que haja uma ideia de homenagem forçada. As atuações foram ótimas, principalmente das cientistas Erin e Abby (Kristen e Melissa) e as motivações das personagens totalmente condizentes com o universo em que estavam inseridas. Piadas prontas e espontâneas agradaram bastante ao público (tirando as cenas com o Thor, que não ficaram naturais) mescladas com cenas de aventura fantasmagórica flertando com a ficção científica. Recomendo fortemente esse Caça Fantasmas, tanto para os fãs dos filmes clássicos, quanto para os que ainda não estão por dentro do universo criado nos anos 80.

Trailer