Análise | Destiny 2 – Bem parecido com o primeiro, mas com muito conteúdo

Destiny 2

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Quando a Activision conseguiu a parceria da Bungie, estúdio conhecido por desenvolver a série Halo, sabíamos que algo grande estaria por vir. Quando Destiny foi apresentado e teve sua primeira fase Alpha disponível, estava nítido que o projeto era ambicioso. Ao jogar a fase beta, eu havia me convencido que iria passar muitos dos meses do ano de 2014 e 2015 me aventurando como um guardião do Viajante. Mas quando o jogo saiu eu acabei me afastando aos poucos do game, já que ele exigia muito tempo para se tirar todo proveito do que ele oferecia.

No entanto, com o sucesso de Destiny e após tantos pacotes de DLC que expandiram muito o universo do jogo, finalmente estamos diante da verdadeira sequência de Destiny. Mas será que a Bungie realmente nos traz algo novo e que caiba um número “2” na frente? Ou está mais para uma expansão de Destiny? Podemos adiantar que talvez fique no meio termo.

Uma nova e melhorada aventura

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Destiny 1 tinha um modo campanha, mas não era lá essas coisas. Foi melhorando conforme a Bungie a Activision lançaram mais conteúdos. Tivemos Expansões, Raids, eventos semanais e tantas coisas que adicionavam horas de jogo, que os jogadores esqueceram o quanto a campanha era meia boca. Mas Em Destiny 2 a Bungie resolveu dar um ar mais dramático, colocou o Viajante como algo importante novamente na narrativa e nos entrega uma história que, se não é espetacular, ao menos consegue cumprir com o que se espera de um jogo de tiro. Mas ainda fica um sentimento após o fim da campanha de que estamos diante do começo de algo muito maior. Com isso, mesmo que Destiny 2 tenha um bom conteúdo singleplayer, é provável que muito mais venha no futuro ao ponto de nos fazer esquecer do vilão atual.

A história se passa após os eventos de todos os conteúdos extras de Destiny e nos apresenta ao vilão Cabal Ghaul. Ele domina todos os guardiões, que perdem seus poderes provenientes do Viajante e quer este poder para si. No meio da derrocada dos antigos guerreiros, revividos com o poder do Viajantes e guiados por seus fantasmas, temos um único guardião que consegue recuperar seus poderes e assim, se coloca diante do mal de Ghaul e dos Cabais. Somos levados a diversas partes da galáxia a fim de acabar com o mal e recuperar o Viajante, mas muitos perigos acabam entrando no caminho e tornando tudo muito complexo.

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O diferencial de Destiny: O Social

Além da história bacanuda e que nos prepara para algo grandioso no futuro, temos toda a interação social de Destiny. Isso se repete na sequência, tanto que Destiny 2 se parece muito com 1. Mas há de se entender que a fórmula é vencedora. Ao misturar o gênero de FPS com o de MMO, a Bungie leva os conceitos de jogos como World of Warcraft para um dos gêneros mais adorados dos games. Apesar de conseguirmos jogar praticamente tudo sozinhos, há momentos que o jogo te obriga a encontrar sua turma. É de suma importância que você mantenha de 3 à 5 amigos jogando contigo e trocando uma ideia sobre seus avanços. Existem modos como os Assaltos que precisam ter 3 jogadores. Caso a equipe esteja desfalcada, os desafios ficam muito difíceis e complicados de serem vencidos.

E o que dizer das Raids, que precisam de 6 amigos pra jogar? Ao menos a primeira delas, já disponível, chamada Leviathan, exige esta quantidade de jogadores. É bem difícil de conseguir unir essa galera caso você seja um jogador mais casual. Agora, se sua vida for apenas jogar Destiny 2 desde que ele saiu, ou conseguiu comprar o game junto com amigos atrasadinhos, não será um problema. Falando por mim, que preciso jogar tantos games para analisar e também por gostar de finalizar games diversos, foi uma tarefa árdua. Exige uma certa organização para criar o time perfeito, além de que os jogadores são segmentados por seus níveis. A Raid Leviathan pede no mínimo 260 de poder para ser vencida e tem uma dinâmica diferenciada onde não é somente atirando que se resolvem os problemas. É uma tarefa que exige cérebro e muita paciência, mas a recompensa é válida.

Muito o que fazer, muito mesmo!

 

Se há uma coisa que Destiny 2 não peca é no conteúdo. Temos um pacote altamente recheado de tarefas onde jogadores podem escolher como jogam e o que jogam. Existem os mundos, todos com um vasto mapa que podem ser percorridos a pé ou com veículos e cabe a você explorar. Seja sozinho ou acompanhado, tudo é bem divertido e variado. No entanto, aos poucos as coisas podem ficar repetitivas. O que segura o jogo de cair num marasmo de repetitividade é o loot das missões, que podem conceder ao jogador armas, armaduras, equipamentos e engramas. Cada engrama tem um valor distinto, como os Lendários, Brilhantes e os Exóticos. Os Lendários trazem equipamentos lendários, que são bem fortes, mas de certa forma comuns. Os brilhantes podem ser trocados por diversos tipos de itens. Já os Lendários escondem em sua maioria, os equipamentos e armas mais valiosas do jogo.

O bacana é que Destiny 2 te incentiva a jogar cada vez mais em busca de itens raros. Após terminar a campanha, a história pode ser melhor explorada através de missões de Jornada, espalhadas por todos os mapas. Temos também as missões do Cayde-6, um dos guardiões sem poderes que lhe auxilia com itens extras. Existem também os desafios semanais, diários e tudo acaba lhe entregando bons itens. O negócio é explorar a quantidade insana de atividades e fortalecer seu guardião.

Carisma é a Palavra da vez

Em Destiny 1 tivemos um episódio onde Peter Dinklage dublou o fantasma que acompanhava nosso guardião. Ele não foi bem recebido pela crítica por ter feito um trabalho sem carisma algum. Mais tarde ele foi até substituído por Nolan North que regravou todas as suas falas. Na ocasião disseram que o motivo foi a agenda de Dinklage que não batia com a Bungie, mas sabemos que não é bem assim. Em Destiny 2 a Bungie fez a lição de casa e criou personagens muito melhores e entre todos eles, meu grande destaque vai para Failsafe. A inteligência artificial que nos acompanha em Nesso lembra muito, inclusive, a GlaDOS de Portal. Sarcástica, ela tem ótimas falas e é responsável por ótimos momentos durante o jogo.

A dublagem brasileira ficou excelente em todos os personagens e adiciona um carisma ainda maior a todos. Failsafe por exemplo é, provavelmente, melhor em português do que na versão original. Os inimigos e raças, já conhecidos dos velhos jogadores de Destiny, são bem construídos e talvez apenas Ghaul e seus companheiros mais próximos não sejam lá muito carismáticos.

O Crisol

Destiny é muito focado em conteúdos que lhe permitam evoluir o personagem como um todo. Porém, existe um modo online parecido com qualquer outro game de tiro. Seu nome é o Crisol.

Aqui, podemos formar equipes de até 4 jogadores que enfrentam outros 4 adversários. Com objetivos que necessitam de cooperação, como defender um posto, habilitar uma bomba. Na verdade o modo não traz nada novo, mas atende a necessidade de quem quer uma jogatina mais padrão de um jogo online de tiro. Falando de minha experiência, este é o modo que menos jogo em Destiny 2. Não é ruim, mas falta o carisma e objetivo dos outros modos. Eu acabo jogando o Crisol quando existe um desafio semanal que me promete um item importante.

Desafiante, duradouro e divertido

A Activision e a Bungie acertaram mais uma vez com Destiny 2. Eu poderia falar muito mais do game, mas sua grandiosidade poderia deixar esta análise muito grande. É preciso entender que quem gostou de Destiny 1 e que acompanhou no game com seu conteúdo extra, vai se sentir em casa. Quem nunca teve uma experiência com a franquia, será muito bem recebido. Mas não pense que esta será uma experiência nunca antes vista, pois isso não é verdade.

A Bungie não reinventou a roda, não entregou uma experiência extremamente distinta do que vimos desde 2014. O estúdio pegou tudo que havia de bom no primeiro jogo e melhorou absurdos, proporcionando altas horas de diversão. Quem quiser se aventurar por tudo que Destiny 2 oferece vai precisar dedicar muito tempo e encostar muitos jogos. Porém tudo fica divertido se você tiver uma galera com você ou se gostar de evoluir um personagem interminavelmente. Aqui são muitas opções, uma liberdade tremenda e um aprimoramento de um gênero que só a Bungie vem conseguindo alavancar. Destiny 2 realmente não é uma revolução, mas podemos considerá-lo uma evolução mais do que necessária.


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