Análise | Dissidia Final Fantasy NT é um passo na direção certa

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Dissidia Final Fantasy NT é uma revolução. O terceiro jogo de uma franquia iniciada no PSP em 2008, NT (Next Tale) inicia sua jornada para fora dos portáteis. Cheio de referências e personagens icônicos, os fãs de Final Fantasy se sentirão em casa com o novo título. Até mesmo é possível notar o esforço que a equipe de desenvolvimento teve com cada personagem incluso no game. Final Fantasy mora nos corações de diversos gamers há mais de 30 anos, e NT é um atestado desses bons momentos.

No primeiro momento pode parecer um jogo confuso ou complicado demais, mas a partir do instante em que o jogador se acostuma com o sistema, o game se torna uma das grandes surpresas do ano.

3 contra 3

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As batalhas de trios tornam as lutas ainda mais interessantes. São diversas combinações que podem ser realizadas para garantir a vitória. Conhecer bem os personagens e seus pontos fortes e fracos é essencial para um time balanceado. A premissa do jogo é criar um ambiente de luta em arena com elementos de estratégia. Diferente de outros jogos do gênero, derrotar seu oponente pode ser apenas parte do processo para ganhar uma disputa.

 

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O jogo conta com poucos modos de combate distintos, mas todos são divertidos. Isso é um forte de Dissidia. Até mesmo lutas contra a IA acabam se tornando vibrantes e divertidas. Parte disso está na individualidade de cada personagem presente na tela. E são muitos os participantes de NT.

Super Smash Fantasy

A quantidade de personagens no jogo aumenta a diversidade de estratégias. Mesmo com papéis iguais no time, cada lutador possui características únicas. Os personagens distribuídos são os heróis e vilões de 17 títulos de Final Fantasy, totalizando 28 lutadores selecionáveis. Há a previsão de mais seis personagens jogáveis através de DLCs, mas eles ainda não foram revelados.

Cada um deles trás à mesa um estilo de luta único com sistemas de combos e habilidades singulares. E o melhor de tudo: é divertido jogar com cada um. Em nenhum momento houve frustração por determinado personagem estar desbalanceado ou sem originalidade. A partir do momento que o herói ou vilão é selecionado, sua forma de jogar é completamente diferente dos outros.

Claro, como em todos os jogos de luta, o objetivo é bater o máximo possível em seu oponente até a vitória. O “como” fazer isso é onde Dissidia brilha. A aproximação dos personagens e quando abordar um oponente para o combate transformam a partida. Conhecer e experimentar cada lutador não é uma tarefa chata, muito pelo contrário. Ao testar cada um deles é possível ter um sentimento muito forte sobre o título: esforço. É aparente o trabalho árduo que o time de desenvolvimento teve com a experiência de jogar com cada um dos personagens disponíveis.

Uma trilha sonora para se lembrar

Muitos títulos de Final Fantasy são conhecidos por suas trilhas sonoras icônicas. Dissidia não é diferente. As músicas utilizadas para animar as lutas são um dos pontos mais altos do game. Takeharu Ishimoto, que também compôs a trilha dos outros dois Dissidias, consegue entregar músicas animadas e frenéticas para acompanhar as batalhas. Várias das composição são reimaginações e remixes das trilhas de outros títulos, mas com novos instrumentos para deixar as músicas mais propícias para o combate massivo de NT.

 

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E para incrementar ainda mais a parte de áudio do game é possível montar suas próprias playlists. No menu de customização jogadores podem selecionar e montar listas de músicas para tocar durante os confrontos online ou offline. Variando do rock para as músicas clássicas da franquia, a trilha sonora de Dissidia é capaz de aumentar o espírito de luta de qualquer um.

Um Final Fantasy sem muita história

Jogos de luta não são, necessariamente, conhecidos por suas histórias e Dissidia não é diferente. Mas isso não quer dizer que o modo Story seja ruim. Mas se comparado ao histórico de enredos da franquia Final Fantasy, é possível perceber que a narrativa é apenas uma desculpa para os personagens lutarem entre si.

O modo Story abre um mapa com uma seleção de capítulos. Cada capítulo conta uma parte da história. As sequências desbloqueáveis podem ser ou cutscenes ou combates. São cerca de quatro linhas de história distintas e cada uma delas mostra a jornada de grupos de personagens de Final Fantasy.

O avanço da história acaba sendo um pouco diferente do que jogadores estão acostumados. Para avançar é preciso um item chamado Memoria. Para conseguir esses itens é preciso lutar nos modos online ou contra a IA no modo Gauntlet. Toda vez que o jogador sobe de nível ele ganha mais uma Memoria e pode ver mais um pouco da história. Isso ajuda o jogador a melhorar em seu combate e entender melhor as mecânicas do jogo.

Um aspecto interessante sobre as lutas do modo Story são as batalhas contra os Summons. Ao longo do percurso Summons aparecerão para desafiar o jogador. As lutas consistem em três heróis contra uma Invocação. E pode acreditar, essas lutas são difíceis. Elas precisam de preparo e estratégia, pois esses são chefes formidáveis.

O enredo é básico, se limitando a criar uma desculpa para os heróis e vilões estarem novamente no “Mundo B”, tendo sido transportados de suas respectivas dimensões. É interessante ver como cada herói reage à situação e o grupo se dispersa em histórias segmentadas. Cada grupo se separa em busca de um objetivo, seja sair daquele mundo ou salvá-lo da destruição.

Nem tudo que reluz é mythril

Sim, o título é divertido, mas não é a prova de falhas. Algumas que até podem chegar a incomodar quando se joga por muito tempo. Uma deficiência que pode ser sentida ao longo do tempo de jogo é a câmera confusa. O sistema de lock-on é necessário para acertar o oponente e câmera foca nele. Mas quando os personagens sobem paredes para escapar de um golpe ou atacar alguém que está mais alto, a câmera acaba atrapalhando o trajeto do player. Mudar de alvos rapidamente também prova ser uma tarefa difícil. Porém a maior dificuldade está em travar a câmera nos cristais que aparecem nas arenas.

No modo Standard bater no cristal lhe dá pontos para invocar o Summon, mas para travar a mira nele é preciso apertar o L2 e o R2 exatamente ao mesmo tempo e soltá-los exatamente ao mesmo tempo. Um segundo de diferença e sua câmera troca de alvo automaticamente. Isso acaba sendo frustrante depois de um tempo e pode trazer muitas dificuldades em lutas mais disputadas.

Outro ponto fraco é a pouca diversidade de modos. São dois tipos de disputa, no caso o modo Standard e o Core Battle. Com tantos personagens interessantes, poucos podem realmente ser úteis nesses dois tipos de batalha. E limitar um elenco tão vasto acaba sendo um grande desperdício para o jogo.

Há uma limitação da customização dos personagens. As mudanças que realmente causam impacto no jogo são apenas quais habilidades equipar para a luta. Nos títulos anteriores haviam armas, acessórios e armaduras que incrementavam os status dos lutadores. Isso tornava cada um único e dava possibilidades muito grande de customização. Infelizmente, a parte de mudanças de equipamentos se tornou apenas estética.

Alguns problemas com a IA

A IA acaba sendo problemática às vezes. Mas não me refiro à IA dos inimigos, mas sim a dos aliados. Os oponentes progridem de acordo com a dificuldade das disputas, mas essa evolução não é vista na IA dos aliados. São constantes as vezes que uma luta está ocorrendo de forma disputada e seus aliados morrem diversas vezes e acabam com a partida. O jogador acaba penalizado nas disputas solo devido à ações que estão além de seu controle.

Um futuro brilhando como um Cristal

 

Apesar de todas as falhas o título ainda é divertido. É um passo na direção certa, se a Square Enix continuar a lançar jogo da saga Dissidia. O gameplay é fluído e todos os personagens são bem trabalhados. É um prazer jogar Dissidia Final Fantasy NT e isso acaba ofuscando boa parte das falhas. Dissidia tem um futuro brilhante pela frente e NT é o primeiro capítulo dessa história.

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2 respostas

  1. Essa análise é uma ofensa aos jogadores de Dissidia, MOBA e Smash Bros.
    Esse jogo é tão fracassado que a própria fanbase dele comemora (?) por anúncios de DLC e roupinhas PAGAS (???)
    E tão mais fracassada ainda que a Team Ninja já rage quitou de dar continuidade, último “grande” update foi agora em março, enquanto Overwatch, LoL e entre outros continuam firme e forte, envelhecendo bem, pensa num jogo SOLO player onde você tem de jogar online forçado (mesmo 1v1) com jogadores mais experientes com você e totalmente desconhecidos… Que tipo de experiência esse povo quer nos proporcionar? Rivalidade e destruir o inimigo a todo custo?! Pelo menos no J-Stars Victory Vs dá pra se divertir com os amigos NO MESMO console, sem precisar um ter de ficar longe do outros em sua casa, no seu console, comprando DUAS versões do mesmo jogo pra ficar no máximo 1h porque depois enjoa de tão chato.
    Querem uma dica boa de verdade? Baixem emulador de PSP e Duodecim e vejam no youtube tutorial de conectar online e vão ver o que é realmente bom.

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