Análise: Dying Light – zumbis muito doidos em meio a noites perigosas!

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Dying Light foi lançado no final de Janeiro e praticamente foi o primeiro grande lançamento de 2015. Produzido pela Techland, a mesma de Dead Island  e publicado pela Warner, o jogo antes era previsto para a velha e nova geração, além do PC. Pouco antes do final do ano, a produtora anunciava que Dying Light não iria mais ser lançado para PS3 e Xbox 360 e daí então minha atenção ficou muito voltada para o jogo.

Eu explico o porque. Antes de mais nada, tenho que deixar claro que não gosto de Dead Island. Eu joguei no PS3 logo que o jogo saiu, porém mesmo a temática sendo excelente e aquele primeiro trailer ter estourado meus miolos, o jogo em si é muito sem sal, sem carisma, mal feito, com personagens chatos e mecânica que beirava o ruim. Apesar de muita gente gostar dele, eu larguei o jogo após algumas horas jogadas. Então, a Techland veio com a ideia de Dying Light e o fato dele ser multi geração em minha cabeça apontava para um projeto muito semelhante a Dead Island, como algo sem cuidado que reaproveitava as ideias dos primeiros jogos, porém com a temática de Parkour misturada com os zumbis. Um Mirrors Edge + Dead Island.

Quando o jogo foi destinado apenas para a nova geração eu percebi que a Warner e Techland estavam focadas na qualidade do título, já que é difícil transportar um projeto da nova geração para a anterior e Shadow of Mordor está aí pra provar isso. É um excelente jogo no XOne e PS4 e um jogo cheio de problemas no PS3 e Xbox 360. Com o foco na nova geração, resolvi deixar o hype subir um pouco e não me arrependi. Dying Light é anos luz melhor que Dead Island em todos os aspectos e consegue se destacar naquilo que mais importa em um jogo de videogame: a jogabilidade.

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Dying Light é um game em primeira pessoa, porém não usamos armas de fogo com tanta frequência. O negócio aqui é sobreviver ao apocalipse zumbi, que está centralizado na cidade fictícia de Harran. Você é um agente da GRE enviado para o local e precisa se infiltrar em meio aos sobreviventes e seguir a risca as ordens da organização. O que eles realmente querem é um grande mistério, porém na pele de Crane o jogador vai se envolvendo com os sobreviventes, assim como o personagem que possui uma personalidade forte ao ponto de seguir as ordens e ver que aquilo que ele faz está prejudicando as pessoas do local. Aos poucos novos personagens e vilões vão surgindo na história, que apesar de ser muito boa tem seus pequenos deslizes. No entanto a narrativa é um grande forte de Dying Light.

Então, Crane precisa seguir ordens que partem de todos os lados, e Dying Light se torna um jogo no estilo “carteiro”, que você precisa pegar algo em determinado lugar, levar pra outro e sobreviver – tá certo, um carteiro só precisa sobreviver ao sol e aos cachorros e não a zumbis. A mecânica funciona muito bem porque a jogabilidade do título é muito divertida e satisfatória. Você não acha ruim ter que ir de um lado a outro do mapa a pé, pois seu personagem tem habilidades pra isso, pulando muros, andando em cima de telhados, ativando armadilhas para os zumbis e sobrevivendo aos ataques dos mortos vivos. Quando você não consegue se desviar deles, o negócio é partir pro ataque e aqui você usa armas de todos os tipos, desde pedaços de madeira, tacos de baseball – quem não gostaria de dar na cabeça de um zumbi com um taco de baseball? – e até armas de fogo, porém são bem raras.

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O grande chamativo das armas é poder construir variáveis delas com pedaços de suprimentos que você vai encontrando no mapa do jogo. É algo derivado de The Last of Us e Dead Rising 3, porém consegue ter uma cara de coisa nova em Dying Light pela maneira que é conduzida. É excelente ver o poder que cada arma consegue alcançar, sendo necessário tomar cuidado apenas com o limite de uso delas até que finalmente elas quebram.

O mundo de Dying Light, apesar de estar lotado de mortos, é muito vivo. A Techland foi extremamente feliz na escolha do level design, com um cenário praticamente pensado pra ser explorado a pé. O game possui um relógio interno, que vai fazendo o dia passar naturalmente. É muito interessante sair de manhã e ver aquele ar que só as manhãs possuem e o jogo reproduz muito bem. O sol irradia forte durante o dia e quando vai ficando mais tarde é hora de se preocupar, pois é necessário se esconder. Novos inimigos vão surgindo e um é mais perigoso que o outro.

De noite, o jogo muda de uma maneira tão interessante que nunca havia visto nos games. O grande barato dos jogos é que quando você se sente poderoso, você vai pra cima dos inimigos com vontade e isso acontece em Dying Light quando está de dia. Bater nos zumbis é muito divertido, principalmente porque os efeitos que o jogo produz são ótimos, como ossos quebrando num efeito de raio-x, câmera lenta, golpes como voadoras. Você se sente o caçador, já que pra morrer jogando de dia você tem que ser muito descuidado. Porém a noite a história muda e aumenta experiência que o jogo nos entrega de forma peculiar.

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A noite, surgem zumbis mais fortes que não são lentos e muito menos bobocas. No mapa, eles são apresentados de uma maneira muito parecida com os guardas de Metal Gear Solid, onde você consegue identificar qual é o raio de visão deles. Ao segurar o botão X/A é possível pressentir onde eles estão. No entanto, esses zumbis são verdadeiros predadores e estão ali em busca dos humanos e se alguém é visto por eles só resta uma alternativa: CORRER, CORRER MUITO!

Sim, não dá pra enfrenta-los, no máximo o que você vai conseguir é atrasá-los. Você precisa encontrar algum lugar seguro antes que seja devorado por eles e o negócio é apertar pra frente loucamente com a possibilidade de olhar pra trás, mas normalmente isso só vai apavorar ainda mais o jogador, que vai visualizar uma horda enorme de zumbis o perseguindo. É sério, a sensação de terror é incrível, junto com o som que o jogo produz de desespero e enquanto você não chega em uma área segura, sua respiração estará afetada. Esse ciclo de dia e noite com essa sensação de desespero que dá quando você não consegue chegar a tempo nos acampamentos e a noite cai é o maior mérito de Dying Light.

A grande vantagem de sair a noite em Dying Light é que os pontos de experiência são dobrados. Assim, é a maneira mais fácil de se conseguir mais pontos. Quando você escapa dos zumbis ligeiros o jogo lhe bonifica com ainda mais pontos, que quando alcançam determinada quantia, rendem habilidade. Então, caso seja corajoso, poderá tirar vantagem da noite, ao invés de fugir dela.

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Como mencionei, o som do jogo é desesperador. Os grunhidos dos zumbis, os gritos dos humanos que se transformaram a pouco tempo e conseguem correr, escalar e te perseguir mesmo em locais mais altos são tenebrosos. No entanto o jogo usa de um recurso que persebi depois de um tempo que é meio sacana: mesmo sem nada perto de você, é possível ouvir sons como se tivesse alguma criatura ao redor, misturado com batidas em ferros, portas, no intuito de fazer você sempre olhar para todos os lados a fim de saber se está ou não seguro. Porém, em diversas vezes não havia nada em volta, mesmo que o som estivesse tão perto. Isso não é ruim, mas é um artifício que confunde o jogador em alguns momentos. No entanto, as vozes, músicas, efeitos sonoros em geral estão excelentes.

Ainda dentro do aspecto som, eu preciso ressaltar uma grande qualidade em Dying Light: a dublagem em português do Brasil do game. É simplesmente a melhor que você vai ver em qualquer jogo já dublado pra nossa língua. Crane tem reações altamente convincentes e não digo nada se a voz brasileira não for melhor que a gringa. Obviamente, existem alguns NPCs que possuem vozes menos trabalhadas, mas onde importa Dying Light faz um trabalho incrível. A Warner Games está de parabéns neste quesito.

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Pra quem gosta de jogar online, existem duas formas de se aproveitar Dying Light. Um é o modo Coop, que apesar de não ser muito profundo, ao menos é divertido. Você pode entrar na partida de algum amigo e jogar a campanha dele ou vice-versa. Agora, o modo Be the Zombie, onde você entra no jogo de alguém na pele de um dos zumbis fortões da noite é excelente, seja jogando com Crane, seja jogando com o Zumbi. Este modo aumenta ainda mais o fator experiência do título. Este modo é um DLC que você poderá baixar gratuitamente.

Concluindo…

A Techland conseguiu apagar os deslizes de Dead Island e começa uma nova PI com Dying Light de uma maneira muito promissora. Gráficos competentes, som na medida e principalmente jogabilidade intensa fazem deste game compra obrigatória pra quem gosta de jogos de zumbi ou simplesmente gosta de uma boa dose de ação misturada com terror. A experiência geral do jogo é marcante e em muitos momentos única! Portanto, faça um favor a si mesmo e se ainda não jogou Dying Light, jogue. Apenas cuidado com a noite.

Boa noite, boa sorte.


Galeria de imagens: Dying Light

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7 respostas

  1. Excelente análise Ariel!
    Dying Light é um jogo excelente, até agora foi o melhor jogo com tema de zumbis que já joguei! A jogabilidade dele é muito viciante, tenho jogado-o bastante mesmo depois de ter finalizado!
    O fato de você poder escalar qualquer coisa no jogo faz com que não tenha medo de sair nas ruas pois passar pelos zumbis fica fácil. Eu estava até pensando que o jogo poderia ser mais assustador… Até que vivenciei minha primeira noite no game!! O que falta de tensão de dia tem de sobra à noite! Eu demorei bastante para fazer qualquer missão noturna, até que chegou um ponto que não tinha como evitar mais!! Aliás eu agora tenho saído muito à noite no jogo, pois consegui criar armas nas quais é possível enfrentar os zumbis noturnos! Mas, logicamente, estou sempre perto de um ponto seguro para caso ‘a coisa ficar feia!
    Outra coisa que dá tanto medo quanto os zumbis neste jogo é a altura que você tem que enfrentar em algumas missões (subir em prédios, antenas, etc), há momentos que você se sente como se estivesse lá nas alturas no lugar do personagem, e o fato de ter que pular de uma viga pra outra faz você ficar tonto!
    Os gráficos do jogo são muito bons e a cidade de Harran é bem interessante, muitas vezes eu ficava no alto dos lugares apenas olhando a cidade de cima, vendo os pontos por onde já passei!
    Outro fator que gostei bastante foi que a epidemia de zumbis está localizada em uma região da cidade de Harran, em vez de ser no mundo todo como em outras histórias!
    A dublagem deste jogo está excelente, muito boa, gostei demais! Uma das melhores que já vi em jogos!
    Só tiveram 2 pontos nos quais senti certa falta no jogo: ter veículos para dirigir (como em Dead Island) e poder acessar a outra parte da cidade onde tem mais prédios… Mas não é nada que fizesse com que o jogo ficasse ruim, logicamente!
    Há muita variedade de armas, e você pode modificá-las e incrementá-las para aumentarem seu poder (estou com um facão que corta zumbis feito manteig 😀 ) Infelizmente só tem 2 tipos de armas de fogo, e demora um bocado até você ter acesso à elas (como em Dead Island), mas isso não chega a ser ruim no jogo!
    E o modo ‘Be the Zombie’ é muito bom, joguei bastante como zumbi e curti muito! E percebi também que não presto para ser humano, somente zumbi, pois ganhei quase todos os meus jogos como zumbi e não ganhei nenhum sendo humano ahahah!
    Dying Light é um jogo que recomendo muito 😀
    PS: Ariel, eu sou um dos que gostava de Dead Island!

    PS2:Joguei a versão de PC!

    1. Faaala Dori! Cara, realmente é um jogo empolgante, mas não fui convencido por Dead Island. Dying Light é tudo que achei que Dead Island seria.

      Esse facão que você cita tem uma missão que nós usamos ele, muito divertido cortar 5 zumbis de uma vez num golpe só xD.

      Valeu pelo comentário meu brother! o/

  2. Estou muito ansioso pra jogar esse game, só esperando baixar um pouco o preço, porque afinal é imposto pra encher o bolço do nosso governo rsrsrsrs. Por enquanto o melhor game com essa temática que joguei foi o The Last of Us; mas com todo o hype desse game, as análises, estão me deixando cada vez mais ansioso. Ótima análise Ariel, parabéns e continua com esse grande trabalho, é fácil de notar quando uma review é feita com “amor aos games” ou quando é feita “nas coxas”, enfim parabéns e boa sorte.

    1. Graaande Breno!! Que legal ver você comentando e participando com a gente cara! Realmente, fazemos nossas análises pensando em passar nossa experiência e nosso amor pelos games e com Dying Light não foi diferente. Muito obrigado pelos elogios.

      Sobre o preço, tá complicado mesmo, mas geralmente surgem promoções nas redes como a Xbox Live, mas se não aguentar esperar Dying Light tem tanto conteúdo que vale o preço fechado. É um jogaaaço!

      Abraços brother!! Continue por aqui!

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