Análise: Far Cry Primal busca evolução na idade da pedra

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É incrível ver como Far Cry evoluiu desde o primeiro jogo, desenvolvido pela Crytek, que acabou servindo de base para Crysis e não para o que Far Cry se tornou hoje em dia. É engraçado também ver como a franquia da Ubisoft conseguiu buscar evolução na idade da pedra, numa manobra ousada de, ao invés de fazer um Far Cry 5 seguindo as mesmas mecânicas que vimos em Far Cry 3 e 4, resolveu criar algo bem diferente.

Far Cry Primal é um spin-off, assim como foi Far Cry Blood Dragon, e traz boas mudanças que podem ou não fazer parte da série daqui pra frente, tudo vai depender do que a Ubisoft pretende para os próximos games da franquia. Mas precisamos analisar alguns pontos importantes pra saber se mesmo numa temática tão diferente, Far Cry Primal faz valer seu investimento.

SEJA BEM VINDO À OROS

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O principal diferencial de Primal para os demais jogos da série é sua temática, se passando 10 mil anos antes de Cristo, na idade da Pedra, você faz parte de uma tribo chamada Wenja. Obviamente, esqueça das armas, dos carros, dos mini helicópteros que tanto usamos em Far Cry 3 e 4, aqui a história é outra. Na pele de Takkar, sua missão é explorar as terras de Oros, um local paradisíaco, cheio de mistérios, animais selvagens e com poucos territórios tocados pelo homem.

Mesmo com um mundo tão grande, os Wenja disputam territórios com os Udam, canibais que vira e mexe você encontra no mapa querendo aniquilar algum Wenja pra comer suas tripas. E também os Izila, que através do fogo buscam amedrontar seus inimigos pra que a região de Oros seja só deles. Essa “lei da selva” é um ótimo ambiente para combates diferentes dos que estamos acostumados na franquia, e uma das boas novidades de Primal.

ÓTIMA NARRATIVA E HISTÓRIA “OK”

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Apesar dessa premissa de defender e conquistar território, Primal acaba ficando atrás dos demais jogos da série por demorar a pegar no tranco no quesito história. Depois de diversas horas jogando você acaba se pegando na rotina do dia a dia de um Wenja, acordando, saindo pra caçar, ajudando outros Wenjas do mapa e descobrindo onde pessoas com talentos diferentes e que possam agregar à tribo possam estar. A história não é ruim, mas também não é um ponto forte.

No entanto, a narrativa, os mistérios que envolve o mundo de Oros, a língua criada especialmente para ao jogo, cria um carisma nos personagens que faz valer a pena continuar a jornada de Takkar para ver o que mais poderá acontecer a eles, que animais você terá que enfrentar e que tipo de perigos lhe esperam lá fora. A cada novo ambiente uma descoberta, assim como nos demais games da série.

ESQUEÇA DAS ARMAS E USE SEU TACAPE

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Far Cry Primal tem como grande mérito conseguir se destacar em meio ao gênero de FPS em um jogo em que o foco não são as armas. Você pode usar um tacape, um arco e flecha, lanças e muitos outros aparatos que você mesmo constrói pegando itens em Oros, mudando a maneira de se jogar Far Cry para algo mais cadenciado, sem os tiroteios de sempre.

É possível ainda fazer uso do fogo, aumentando o poder de ataque de sua arma e assustando animais, mas como um fósforo, as armas vão se desgastando, pois na grande maioria são feitas de madeira, e você acaba perdendo-as antes da hora prevista. Felizmente, encontrar os itens necessários pra continuar criando suas armas não é uma tarefa complicada. E mesmo que você não tenha nenhum tipo de fonte de fogo por perto, é possível atear chamas em seu tacape usando gordura animal, o que torna a caça fator importante também para seu ataque.

ANIMAIS PRA TODO LADO

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Outra grande diferença na ambientação de Primal para os demais Far Cry, é que aqui os animais são maioria em Oros. Estamos diante da cadeia alimentar funcionando em sua forma mais pura e o homem não está no topo dela. Sem armas tecnológicas que lhe dê vantagem, sair correndo no mapa é um grande erro, pois você não sabe o que vai encontrar atrás da próxima moita.

Oros é tão bonita quanto perigosa, com onças, urso, leões, jacarés e muito mais. Quem jogou Far Cry 3 ou 4 sabe que a caça é fator determinante pra evoluir seus itens através do couro e pele dos animais ou para a sua alimentação, através da carne deles. Tudo fica ainda mais recompensador e perigoso se você caçar a noite, e o jogo tem um sistema de dia/noite muito bem realizado, semelhante a Dying Light. Animais mais perigosos estarão a solta, caçando e mesmo que você esteja bem armado, tudo fica ainda mais difícil. Porém, esses animais são mais raros e sua pele também, resultando em itens melhorados.

Há também uma evolução na importância dos animais para a jogabilidade do jogo de uma forma que será difícil ver em outro game da série, a não ser que tenhamos um Far Cry Primal 2. Em Far Cry 4, foram adicionados os elefantes, que você poderia usar para transporte e combates, mas em Primal tudo vai além e você pode domar as criaturas do mundo de Oros, por mais perigosas que possam parecer.

COMEÇANDO PELA CORUJA E O LOBO BRANCO

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Depois de uma determinada parte no game, você consegue a habilidade de domar as criaturas, o que lhe dá o apelido de Mestre das Bestas. Logo de cara, você passa a acompanhar uma coruja, que pode lhe ajudar a ver o que há no mapa a sua frente, onde estão os inimigos e pontos de interesse, marcando esses pontos no mapa para que Takkar possa checar posteriormente. Evoluindo as habilidades da Coruja, é possível também usá-la em combate. O segundo animal que podemos controlar é um Lobo Branco, além de ser o primeiro a ser domado sem a ajuda de ninguém, só aparece depois da Coruja e lhe ajuda bastante nos combates de corpo a corpo. 

Para domá-los, é necessário ter uma isca de comida, e enquanto o animal está entretido com a isca e não está pensando ainda em comer seu braço ou perna, você chega perto “na moralzinha” e usa seus poderes de Mestre das Bestas para conquistar a sua confiança e domá-la. É um sistema muito curioso que vai fazer você ir atrás de novas criaturas a fim de tê-las a disposição na hora de um combate mais difícil. Até onças, ursos e animais mais perigosos são possíveis de domar.

UM JOGO MUITO DIFERENTE COM CONCEITOS MUITO IGUAIS

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Far Cry Primal é realmente um jogo que vale a pena, por suas novas mecânicas, narrativa bastante original e ambientação muito rica. No entanto, ao mesmo tempo é um jogo que parece muito com os anteriores da série, com diversas tarefas no mapa e todas elas muito semelhantes. Se você gosta de fazer tudo que vê e terminou em 100% os dois últimos jogos da série Far Cry, Primal é o seu jogo. Porém, mesmo que você já não tenha mais saco pra concluir tanta coisa parecida, objetivos que insistem a te levar para o mesmo tipo de ação, também é possível encontrar muita diversão em Primal apenas ignorando todas as outras tarefas do mapa e seguindo a história até o final.

Vale lembrar que estas tarefas extras trazem uma grande evolução para Takkar e para as habilidades dos outros personagens que lhe ajudam no mapa. Deixar todas elas de lado vai resultar em um jogo mais difícil, e a exploração de Far Cry Primal é o grande ponto positivo do game. O novo sistema de domação dos animais, a falta de armas de fogo e o obrigatório uso de armas de curto alcance trazem uma experiência suficientemente diferente para quem já é veterano na série. Sem dúvida alguma, Far Cry Primal vale o investimento pela quantidade de conteúdo que traz, desde que você não esteja cansado da mesma fórmula que a Ubisoft usa em seus games de mundo aberto até hoje.

RECOMENDADO!


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4 respostas

  1. O Primal está fazendo sucesso e estou com bastante vontade de jogá-lo agora. Mas será que a Ubisoft transforma o Far Cry em um Assassins Creed? Será que daqui para frente vão fazer eles em épocas diferentes?

    1. Acho que não chega a esse ponto. Os Far Cry’s que não possuem número, são como experimentos, assim como foi Blood Dragon. Os demais devem ficar dentro do padrão criado até agora.

      1. Talvez assim eles consigam manter o Far Cry com um certo frescor. E apesar do que o pessoal disse sobre o 4, eu achei ele bem mais interessante que o 3, em termos de personagens e história.

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