Análise: Heavy Rain (Remaster) – revivendo emoções no PS4

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Remasterização de um dos clássicos do PS3 faz bonito, mesmo com alguns problemas técnicos

Chegou mais um remaster pra criançada! Mesmo que você, eu, ele, nós, vós e eles reclamemos dos remasters, eles existem pra ficar e não tem jeito. E eu vejo motivos pra isso que já vos explico: existem pessoas que não jogaram alguns games do passado, principalmente da geração anterior a atual e que não vai comprar um console como o PS3 e o Xbox 360 pra fazer isso. Então, pra aproveitar a nova audiência que chegou no PS4 e como não adotou a solução dos retrocompatíveis como a Microsoft, a Sony revive um clássico, um dos melhores jogos do PS3 e um dos mais profundos dramas dos games: Heavy Rain.

No embalo de Detroit: Become Human, o próximo jogo de David Cage que será exclusivo do PS4, seria necessário apresentar suas obras para os jogadores atuais e quem ainda não conhece o cara, seus jogos, seu estúdio e suas ideias, precisaria jogar Heavy Rain, além de Beyond Two Souls, que também já foi remasterizado. Mas no momento vamos falar do segundo melhor jogo da Quantic Dream e de David Cage, já que pra mim, o primeiro ainda é Indigo Prophecy (Fahrenheit).

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Porque Heavy Rain é especial

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Todos os jogos da Quantic Dream, que somam com o recém anunciado Detroit: Become Human apenas cinco games, são criados pra contar histórias dramáticas, com atuações ímpares e personagens marcantes. Não joguei o primeiro game da empresa, lançado para Dreamcast e PC, chamado Omikron: The Nomad Soul (1999), que inclusive conta com participação e trilha sonora do eterno David Bowie, mas desde que conheci Indigo Prophecy (2005), passei a acompanhar o trabalho do estúdio e do aclamado diretor.

Quando Heavy Rain foi lançado em 2010, o PS3 já começava a engrenar uma sequência inacreditável de grandes títulos exclusivos e com Heavy Rain, a Quantic Dream havia conseguido alcançar uma excelência gráfica notável. Porém, mesmo com toda a questão técnica chamando a atenção, o enredo e as ligações entre os personagens do jogo e todo o mistério do Origami Killer, faziam o jogador grudar na tela, tudo isso aliado a um drama familiar absurdo vivido por Ethan Mars (Pascal Langdale), pai de dois filhos que viu Jason, seu filho mais velho, morrer em um acidente de trânsito.

Jogando de com quatro 

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Como se a vida já não fosse difícil o suficiente para Ethan após a morte de Jason, ele também percebe que Shaun, seu filho mais novo, sumiu de repetente. Então, a premissa do jogo começa a partir daí, com Ethan confuso, tendo lapsos estranhos de consciência e precisando descobrir o que aconteceu com seu filho.

No entanto, Heavy Rain não conta apenas a história de Ethan, temos mais 3 personagens jogáveis além dele, sendo: Madison Paige (Jacqui Ainsley), uma jornalista com sérios problemas de insônia, que procura dormir em hotéis pois são os únicos lugares que ela consegue relaxar e acaba se envolvendo com os casos do Origami Killer em busca de informações e seu faro jornalístico; Norman Jayden (Leon Ockenden), um agente do FBI munido de uma tecnologia muito avançada de investigação, totalmente computadorizada e que funciona mais ou menos como o Oculus Rift. Ele usa de suas habilidades e suas bugigangas para tentar capturar o assassino, e por fim, Scott Shelby (Sam Douglas), um policial aposentado e detetive particular, que vai em busca de informações com as vítimas do Origami Killer, conduzindo a sua própria investigação sobre o caso.

É possível controlar qualquer um destes personagens, mas é o jogo e a narrativa quem “decide” com quem o jogador vai jogar e quando. Todos possuem a mesma jogabilidade, havendo algumas alterações com Norman Jayden por conta de seus periféricos.

A Jogabilidade não envelheceu muito bem

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A jogabilidade de Heavy Rain, na época do PS3, seguia muito do que eu me lembrava de Indigo Prophecy, mas de uma forma mais travada. O sistema é parecido com um jogo de aponte e clique, mas você controla o jogador segurando R2 e direcionando ele pelo cenário. A direção que a cabeça do personagem estiver olhando (e você controla com o direcional analógico esquerdo), indica que tipo de ação ele poderá tomar no cenário (usando o direcional analógico direito). Você pode fazer de tudo, como abrir armários, fechar armários, tomar banho (dependendo do cenário), ligar a TV, tomar água, enfim. Há uma infinidade de atividades que o jogador pode fazer, mas praticamente todas elas não vão influenciar em nada no final das contas e servem para ambientar melhor cada cena.

Em alguns momentos o jogo pede que o jogador realize comandos movimentando o Dual Shock 4, como quando estamos dirigindo em alta velocidade e o controle vira uma espécie de volante e temos alguns momentos de ação quando há alguma briga, virando uma chuva de quick time events que direcionam a cena em questão. O problema é que este sistema não envelheceu muito bem e a jogabilidade travada, necessitando do jogador pra fazer praticamente todos os passos do personagem, em alguns momentos cansa. Não chega a ser algo grave, mas demonstra um cansaço na fórmula que lá em 2010 eu não percebia. Então, se você está com vontade de jogar Heavy Rain novamente, agora em sua versão remasterizada, saiba que isso pode lhe incomodar. Se você é um jogador novo, poderá estranhar esse sistema, mas logo que o jogo engrena isso fica de lado.

Coração a milhão

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No entanto, a jogabilidade fica em segundo plano (por incrível que pareça) pelo poder do enredo de Heavy Rain, que é o mesmo nessa remasterização. Então se você já sabe como a história termina, o essencial aqui não muda. Temos diversos momentos de tensão, de emoção, de correria, traições, mentiras, investigações e tantos outros atributos que fazem de Heavy Rain um ótimo game não somente para que joga, mas para também ser assistido.

A interpretação de cada personagem é marcante e única, fazendo todos eles parecerem muito vivos. O drama de Ethan, sem saber ao certo o que se passa em sua cabeça é um dos grandes destaques e a maneira com a qual a Quantic Dream conseguiu transpor isso para o game, na época do lançamento era muito satisfatório. Na remasterização, com gráficos melhorados, é como se toda essa parte que envolve os atores fosse também remasterizada pela qualidade dos modelos dos personagens, então se você quer ter a emoção definitiva jogando Heavy Rain, a versão do PS4 é a mais indicada.

Problemas remasterizados

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Com o tratamento técnico para chegar ao PS4, o que já era muito bonito, se torna uma pintura em 1080p com personagens mais detalhados, completa ausência de serrilhados e cenários muito bonitos, que já eram um ponto positivo da versão do PS3. Porém, não estamos livres de alguns problemas e bugs, que não deveriam existir em uma remasterização.

Caso você não lembre, no PS3 Heavy Rain era tecnicamente perfeito, praticamente sem bugs. No PS4 logo nos primeiros minutos presenciamos coisas estranhas, como personagens que não abriam a boca pra falar ou simplesmente não esboçavam reação alguma. Felizmente isso ocorreu poucas vezes e não estragou a experiência, causando apenas uma estranheza. O que não ficou bonito de forma alguma foram os vídeos que contam determinada parte da história. Logo na abertura de Heavy Rain, que na época do PS3 era um vídeo em 720p criado para impressionar os jogadores com tamanha qualidade, ficaram meio borrados, com baixa qualidade com o aumento da resolução do jogo para 1080p. Então, quando ocorrem as transições de gameplay com os vídeos, a qualidade do que a gente vê na tela cai drasticamente. Em um jogo de “apenas” 5 anos, isso poderia ser melhor trabalhado.

As Qualidades superam os problemas

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Sem dúvida, os problema mencionados acima são importantes para analisarmos a qualidade do remaster, mas não influenciam no que a gente mais valoriza: a experiência que o jogo nos traz, aliado a diversão e imersão. E isso, Heavy Rain tem de sobra.

Se eu que já terminei, sei quem é o assassino, tenho total noção dos interesses de cada um na história, me peguei imerso mais uma vez com tudo que envolve os personagens do game, quem ainda não jogou tem uma grande opção pra jogar no PS4 sem complicações. Caso você ainda não tenha jogado, faça um favor a si mesmo e jogue a versão remasterizada. Com gráficos renovados, às vezes eu esquecia que se tratava de um jogo de 5 anos atrás e passava a admirar cada detalhe do game novamente, sendo a jogabilidade o único porém em alguns momentos. Ainda assim, Heavy Rain consegue ser único, marcante, surpreendente e cheio de momentos memoráveis, de novo.


 Galeria de imagens: Heavy Rain (PS4) 

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