Análise: Infamous Second Son – uma nova geração, um novo Condutor

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Do primeiro para o segundo Infamous houve uma evolução muito grande, ouso dizer que maior do que a que aconteceu com Uncharted 1 para o 2. No primeiro, tínhamos uma mecânica muito inteligente e divertida, mas parecia faltar algo para o jogo ser realmente uma obra de ponta. Porém, ao começar o segundo e ver logo de cara chefes enormes e muito mais desafio, aliado a parte técnica impecável, tínhamos um jogo que realmente demonstrava o potencial da série Infamous. Produzido pela Sucher Punch, assim como os dois primeiros jogos, Infamous Second Son é a promessa de um jogo que demonstre o poder do PS4 ao mesmo tempo que tenta elevar a série para um novo patamar, já que quase tudo aqui está diferente.

A começar pela cidade, muito mais rica em detalhes dando uma sensação de liberdade absurda, e pelo protagonista que muda drasticamente. Cole viveu suas aventuras em New Marais, uma cidade baseada em New Orleans. Ali que tudo começou e os “Condutores” foram ganhando fama no mundo de Infamous. Cole, após muitas aventuras e desventuras, colocou fim ao sofrimento dos condutores, que assim como os mutantes dos X-men eram vistos como aberrações. Porém, mesmo com o alto sacrifício de Cole e sua trupe, as coisas não correram como ele imaginava.

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7 anos mais tarde o foco agora é a cidade de Seatle, onde os condutores são parte integrante da vida das pessoas, porém como bandidos. Se você demonstrou algum tipo de poder em qualquer momento de sua vida, Augustine vai atrás para lhe prender. Augustine é uma espécie de manda chuva da cidade, e ela fica de olho em qualquer evidência de seres humanos com poderes e, para parar os condutores, ela formou seu próprio exército de seres super poderosos, chamado DUP, que possuem como fonte primária de poder as rochas (ou pedras), e o mais intrigante de tudo é que Augustine é uma condutora, a mais forte com o poder das rochas e usa suas habilidades para acabar com a liberdade dos outros condutores, a fim de colocar ordem na cidade de Seatle. Ou seja, o governo usa condutores para parar condutores.

Delsin, o protagonista de Infamous Second Son é um zé ruela, que fica pichando a cidade inteira, vandalizando mesmo por causa do ciúmes que sente de seu irmão Reggie, um policial casca grossa, admirado por todos que o conhecem, mas assim como todos os outros seres humanos sem poderes, vê os condutores como uma praga. Logo no começo do jogo, somos convidados a ver como Delsin parte de um cara sem futuro para o defensor de Seatle, que é quando ele deixa de ter uma vida normal para tornar-se um condutor. A partir daí a narrativa segue por caminhos muito bacanas, mas muitas vezes previsíveis. A história tinha um grande potencial, mas quando está começando a emplacar ela termina. Apesar de tudo, o desenvolvimento do relacionamento entre os irmãos é o grande destaque.

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Toda a história acontece através de diálogos (muito bem dublados por sinal, algo que já está se tornando um padrão para nosso país) e em cenas construídas na engine do próprio jogo e meu amigo, posso afirmar pra você que não há nada mais bonito e bem feito na nova geração. É como realmente ver uma CG jogável. Infamous Second Son consegue ser praticamente perfeito na questão gráfica. O tecido das roupas, o movimento quando o vento bate na jaqueta de Delsin, a textura do asfalto e o reflexo das luzes em locais que possuem poça d’água, as partículas e muito mais. São tantos detalhes que fica difícil enumerar todos. A sensação que fica quando você liga o videogame e sai jogando Second Son é que realmente valeu o investimento num console da nova geração.

Outro grande detalhe que chama  a atenção e colabora para aumentar a experiência com o jogo é a captura de movimentos do rosto dos personagens. As expressões faciais de Infamous Second Son são excelentes e nunca vi nada igual. Como o jogo usa a tecnologia de captura de movimentos para dar vida aos personagens, é como se eles estivessem ali, atuando, porém com uma representatividade ainda maior, já que até mesmo seus olhares e sorrisinhos de lado são muito bem reproduzidos. E este fator só ajuda a destacar outro ponto importantíssimo do jogo: o carisma de Delsin.

Cole era um cara frio que em alguns momentos chegava a ser até mesmo rabugento. Mas não era pra menos, afinal ele teria que enfrentar A Besta e este motivo me deixaria preocupado facilmente se eu estivesse no lugar dele. Já Delsin se vê de uma hora pra outra com poderes pra lá de bacanas e parte de um levado irresponsável para um irresponsável cheio de truques legais. Durante a jogatina, o que mais se ouve são piadas prontas mas muito bem encaixadas, ao melhor estilo Peter Parker. A dublagem brasileira inclusive leva grande destaque, pela empolgação e fidelidade.

Inicialmente Delsin usa o poder da fumaça, totalmente diferente de Cole que era elétrico e só aí já percebemos algumas diferenças na jogabilidade. Porém, ao contrário da maioria dos condutores que possuem apenas um poder e vão melhorando e aperfeiçoando este poder com o tempo, a real habilidade de Delsin é sugar as habilidades dos outros somente de tocar em suas mãos, fazendo dele praticamente um condutor perfeito. Assim, a Sucker Punch ficou livre para buscar poderes nos locais mais fundos das mentes criativas dos produtores, e o resultado é excelente. A jogabilidade ganha um fator de “coisa nova” a cada reator do DUP que Delsin encontra na cidade e destrói, pois ele sabe que a partir daí a quantidade de truques e habilidades que poderá usar será maior. No entanto, nada é tão fácil nesse jogo, pois não estamos enfrentando soldados comuns. Então, a cada novo encontro de Delsin com o exército de Augustine, as coisas realmente ficam quentes e qualquer vacilo é morte certa.]

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Assim o jogo evolui, traz novos poderes e situações, além de personagens que podem ser influenciados para o bem ou para o mal através de Delsin e de suas escolhas. Entretanto, como Infamous é uma série conhecida pelo fator “escolha”, é justamente neste quesito que Second Son mais falha. Nos outros jogos da série pra PS3, suas decisões tinham drásticos efeitos na história e no ambiente em que Cole vivia, inclusive na forma que ele se relacionava com seus amigos. Apesar de seguir bastante dessa linha, temos poucos momentos chave nas escolhas ficando muito óbvio o que vai acontecer caso você escolha pelo lado bom ou mau. Neste ponto, mais uma vez a história deixa a desejar, pois é curta demais e nos momentos onde poderia haver as reviravoltas de deixar o espectador de cabelo em pé, acabam por acontecer fatos muito rápidos e sem profundidade, mas que são bem construídos e acabam segurando o jogo dentro da zona do “bem feito”. Não sei se foi falta de tempo para desenvolver o game, mas de todos os defeitos que Infamous poderia ter, a campanha e o sistema de escolha foram os mais prejudicados. A impressão que fica é que poderia ser algo épico, até pela ótima construção do personagem principal.

Mas não pense que isso estraga a experiência, pois não é verdade. Como Delsin tem um carisma muito grande, ele leva o jogo nas costas ao ponto de eu torcer para que ele retorne no próximo game. Como todo jogo de mundo aberto, existem muitas missões paralelas e muitas delas auxiliam demais para que Delsin fique mais poderoso. Enquanto estamos andando no cenário, ele encontra drones do DUP rodando a cidade e ao derrubá-los pode usar o núcleo central deles para aumentar seus poderes, através do que o jogo chama de estilhaços. Cada estilhaço conta como pontos de habilidades que você pode gastar pra aumentar os poderes de Delsin.

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Outra missão bacana demais é fazer arte com o spray de tinta de Delsin pela cidade. Através do acelerômetro do controle do PS4, é possível pintar as paredes movimentando o controle. No final, Delsin sempre dá um toque artístico fazendo verdadeiros grafites que ao mesmo tempo servem para demonstrar que aquela região foi dominada pelos condutores e não mais pelo DUP. E não para por aí, pois são muitas outras opções de missões extras, onde o título ganha uma boa dose de longevidade.

Uma das gratas surpresas que encontrei também neste Infamous é o modo foto. Após ser ativado nas opções do jogo, ao apertar o L3 em qualquer momento do jogo, é possível entrar em um modo em que a ação pausa e você toma o controle total da câmera, podendo através de diversos ângulos tirar as melhores fotos possíveis para postar nas redes sociais e deixar seus amigos com inveja. Este recurso vai totalmente na direção que a Sony quer para o PS4, já que o próprio controle possui um botão “share” para compartilhar conteúdos de mídia nas redes. Eu ficaria bastante agradecido se este modo for implantado nos futuros títulos do console.

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Infamous Second Son é um ótimo avanço para a série Infamous, mostrando que os estúdios internos da Sony estão afiados para desenvolver no novo console. A Sucker Punch fez um ótimo trabalho técnico, impecável, praticamente perfeito e só escorregou na hora de contar a história dentro deste mundo riquíssimo que ela criou. Um detalhe muito pequeno, diante da qualidade geral do título e da diversão que ele proporciona, e acima de tudo, a experiência que é agradável do início ao fim, sem enjoar, sem tirar do jogador a vontade de avançar cada vez mais, seja na campanha, seja nos objetivos extras do mapa.

E na quantidade tão escassa de títulos exclusivos para o PS4, Infamous Second Son brilha quase que como uma estrela solitária, ao menos por enquanto, mas mostra que o futuro do PS4 está fadado ao sucesso, sem dúvida. Portanto, se você está em indeciso se vale ou não à pena comprar o novo Playstation, Infamous Second Son é uma ótima resposta positiva!


Galeria de imagens e trailer de Infamous Second Son

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