Análise: INSIDE – Sucessor de Limbo dá uma aula de como prender a atenção do jogador

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Como mexer com a mente do jogador e ao mesmo tempo controlá-lo

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Um jogador experiente, que tenha passado por quase todas as gerações de videogames que já existiram, consegue perceber logo de cara quando está diante de um jogo memorável. E foi exatamente o que eu senti ao começar a jogar INSIDE, o novo game da PlayDead, que também desenvolveu o sensacional Limbo, lá em 2010. Já se vão 6 anos desde que tivemos aquela experiência incrível e mais uma vez a desenvolvedora indie vem nos mostrar que sim, o mais importante em um jogo é a experiência que ele te transmite.

O interessante é que INSIDE segue muito do que a Playdead fez com Limbo, deixando no ar inclusive se não se trata de uma sequência ou pequel, o que vai nos levar a um post cheio de teorias que eu ainda pretendo escrever. As mecânicas são parecidas com diversas funcionalidades novas, mas que não fogem muito do que a gente já viu em outros títulos, porém até mesmo se compararmos com Limbo, INSIDE é tão bem polido e cheio de perfeições no uso de mecânicas que muitos estúdios erram, que chega a ser cruel com nossos corações que o jogo termine tão rápido e com o final que tem, aberto a tantas interpretações.

Em busca de respostas

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Eu me senti assistindo a LOST enquanto jogava INSIDE. A cada novo passo, mais perguntas surgiam e nada de respostas nem uma única pista do que acontece no jogo. Nós começamos o game em uma floresta, sem nenhum tipo de cena introdutória, simplesmente somos jogados lá na pele de um garoto que parece ter uns 10 anos. De camiseta vermelha, calça preta e com um rosto sem olhos, boca ou nariz (claramente como uma escolha artística do estúdio), o garoto foge de pessoas que possuem máscaras e estão altamente armadas. Nada e nem ninguém te indicam o que fazer, apenas fica claro que sua função aqui é levar o menino para algum lugar por algum motivo.

A narrativa que a Playdead escolheu para INSIDE é também muito semelhante a Limbo, o que acaba tornando isso uma característica do estúdio. O ambiente parece morto e belo ao mesmo tempo, com coisas estranhas sempre acontecendo, misturando algo como experimentos realizados por uma organização qualquer em o mundo que parece ter sofrido os efeitos de alguma decisão errada dos seres humanos. Novamente, tudo que você vai encontrar em INSIDE são perguntas e isso é divertido, até certo ponto.

Você está mesmo no controle?

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O complicado de falar das mecânicas da jogabilidade de INSIDE é que tudo pode se confundir com a história, mas eu prometo que não vou estragar a sua experiência com este texto, caso você esteja em dúvida se vai comprar ou não o game (compre, é sério). O garoto não tem um background em sua história e você vai sendo jogado em meio as novas mecânicas, como um capacete que talvez seja uma das partes mais importantes para decifrar o que se passa em INSIDE ou para simplesmente nos confundir. Temos dois tipos de pessoas no mundo de INSIDE, as que controlam tudo e as que estão a mercê desta possível organização maligna e cada um dos artifícios usados na jogabilidade são parte da narrativa de certa forma, tendo ligação direta com estas pessoas.

O garoto se parece mais com as pessoas que estão a mercê das outras, apesar de ele não demonstrar que é tão destruído, tanto fisicamente quanto mentalmente. A evolução que ele demonstra vai totalmente aliada a forma de se jogar. e como a jogabilidade de INSIDE é no estilo plataforma com progressão lateral, um dos artifícios mais usados pelo jogo pra trazer o desafio são os puzzles, que usam o próprio cenário como ferramenta sem necessitar de apetrechos muito diferentes, apenas o próprio ambiente e um ou dois objetos do cenário. Tudo é pura lógica e o desafio é bem interessante, o que da um sentimento de vitória legal demais a cada ponto que você consegue avançar.

Dentro de sua mente?

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INSIDE é sem dúvida alguma um dos melhores jogos deste ano e dos melhores do Xbox One, com muitas coisas pra se pesquisar depois do final maluco e aparentemente sem nexo que nos é apresentado. Tudo seria perfeito se ao menos tivéssemos um pouquinho de respostas, mas a necessidade de se pensar no que viu quando os créditos começam a rolar é tão gratificante quanto se o estúdio nos explicasse todos os passos que tomou pra criar a história de INSIDE. Talvez demore mais 6 anos pra gente poder jogar um novo game da PlayDead e até lá INSIDE vai ficar nas mentes de quem o jogou, sem dúvida alguma.

Uma pena realmente que o game dure umas 5 ou 6 horas e não tenhamos muito o que fazer após concluir, mas assim como grandes histórias que se desenvolvem com uma imersão incrível, aqui vale muito a jornada, as perguntas que fazemos pra nós mesmos e a quantidade de coisas que a gente tenta decifrar pra entender as motivações do garoto e do que a gente vê na segunda metade do jogo. INSIDE é realmente um “must buy” e pelo preço que custa, o custo x benefício é excelente, ainda mais se você gosta de jogos imersivos, intrigantes, cheios de surpresas e que te fazem teorias por horas a fio.


Galeria de imagens

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