Análise | Kingdom Hearts HD 2.8 Final Chapter Prologue nos prepara para a aventura final

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Tudo indica que Kingdom Hearts 3 poderá ser o fechamento de uma das franquias mais mágicas que a Square Enix já criou. Após muitos jogos e uma linha do tempo confusa para muita gente, é fato que a história, jogabilidade e a mistura de diversos mundos da Disney e da Square é encantadora e criou uma legião de fãs por diversos motivos. O primeiro deles é a alta qualidade dos jogos que trazem Sora, Aqua, Riku, Mickey, Donald, Pateta e companhia juntos em prol de eliminar a escuridão que existe no mundo e no coração de todos nós.

Na época do PSOne e N64, jogos como Chrono Cross, Final Fantasy VII, VIII e IX, além de outros jogos de RPG como Legend of Legaia, Alundra, Zelda: Ocarina of Time e tantos outros foram responsáveis por me levar para mundos inimagináveis através de histórias sensacionais, mágicas e incríveis. Ao migrar para o PS2 fui apresentado à Kingdom Hearts numa época que o Crossover fazia muito sucesso e ter os mundos da Square e Disney misturados era algo que tenho certeza que poucas pessoas pensaram ser possível. Os gráficos, as feições dos personagens e suas animações eram inéditas até aquela época e Kingdom Hearts foi para mim, assim como sua sequência, o jogo capaz de manter o legado dos grandes RPGs da Square, de uma forma mais ágil e dinâmica com seu sistema de batalha rápido e divertido.

Kingdom Hearts

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Jogamos a maior parte das vezes com Sora, Donald e Pateta durante a franquia para enfrentar os poderes da escuridão que um dia foi apresentado para Sora e Riku, seu melhor amigo que acabou sendo consumido pelo mal. Apesar de muitas histórias se parecerem com essa, onde um amigo tenta de todas as formas resgatar o outro, perdido entre o mal, as coisas em Kingdom Hearts sempre foram muito mágicas e convincentes, com histórias e pequenos acontecimentos que juntos, formaram uma grande saga.

No entanto, como qualquer série que dura muito tempo, os jogos foram se espalhando em diversas plataformas e muitas histórias aconteciam antes, depois, virou uma salada difícil de acompanhar. Porém, com a iniciativa da Square de dar sequência às histórias com Kingdom Hearts 3 e a onda de remasterizações, surgiu uma oportunidade da empresa criar coleções que foram muito bem vindas, explicando diversas fases que não apareceram nos jogos e também centralizando tudo que se conhece de Kingdom Hearts nas plataformas Playstation. No PS3, Kingdom Hearts 1.5 e 2.5 HD foram lançados, trazendo nada mais, nada menos que Kingdom Hearts, Kingdom Hearts: Chains of Memories, Kingdom Hearts 358/2 Days, Kingdom Hearts II, Kingdom Hearts Birth By Sleep e Kingdom Hearts: Re: Coded. Todos com gráficos em alta definição e no caso dos jogos do Nintendo DS, tratam-se de cenas remasterizadas para quem não pode jogar nos sistemas originais entender o que se passa nas histórias.

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Desta forma, quem não pode acompanhar a série antes ou quem tinha dúvidas sobre alguma parte da história, poderia jogar novamente com mais qualidade ou simplesmente entender a sequência dos fatos, mas ainda haviam muitas perguntas e respostas pendentes, e a nova coleção trata disso tudo, nos preparando finalmente para o aguardado Kingdom Hearts 3.

Birth By Sleep 0.2: A Fragmentary Passage

No PSP nasceu talvez o melhor dos jogos da série Kingdom Hearts até hoje, chamado Birth By Sleep. Nele embarcamos em uma viagem em busca de parar os planos de um terrível vilão, ao mesmo tempo que a escuridão tenta tomar conta dos corações de três jovens amigos: Aqua, Terra e Ventus. Muita coisa aconteceu naquele jogo, responsável por nos mostrar o que foi realmente aquele final secreto de Kingdom Hearts 2, com o cemitério de Keyblades e guerreiros totalmente diferentes do que havíamos visto até ali. A história dava a entender que tinha a ver com tudo que vimos em Kingdom Hearts 1 e 2, mas somente indo mais a fundo poderíamos realmente saber que tudo está muito bem interligado na série.

Mas é agora que vamos saber exatamente do que se trata a ligação de Birth By Sleep e porque é uma fatia importantíssima da história de Kingdom Hearts jogando Birth By Sleep 0.2, que novamente nos traz Aqua como protagonista. Além de trazer uma história que se passa logo depois do final de Birth By Sleep – quem terminou pode imaginar o quanto isso é importante -, o jogo, que é bem curto, serve de demonstração do que a Square Enix e a Disney vão fazer com Kingdom Hearts 3 no que diz respeito a nova engine, rodando na Unreal Engine 4 e os novos combates, melhorando tudo que vimos até agora na franquia.

Aqua precisa reencontrar Terra e cumprir sua promessa com Ventus, mas ela está presa no mundo das trevas e não sabe ao certo como sair de lá. Com esta premissa, muitos inimigos obscuros esperam por ela e alguns aliados. A história realmente cria uma ligação forte entre toda a série e Kingdom Hearts 3, por incrível que pareça e mesmo que Birth By Sleep do PSP se passe antes do primeiro Kingdom Hearts, em BBS 0.2 temos a real conexão e os motivos para que Kingdom Hearts 3 exista e o que exatamente cada personagem terá que realizar para acabar com a escuridão do mundo. Foi surpreendente a maneira que guiaram a história com um jogo tão pequeno, que dura umas 5 horas na primeira jogatina.

Os novos gráficos

Nos trailers de Kingdom Hearts 3 já foi possível ter uma pequena ideia do que serão os gráficos do jogo, mas em Birth By Sleep 0.2 há um gostinho de que a arte empregada na franquia continua intacta e agora com muito mais qualidade. Apesar de ter alguns slowdowns e Aqua se mover muito depressa enquanto corre, algo que deve ser arrumado em Kingdom Hearts 3 (ou talvez seja o fato dela não ter os pés enormes de Sora e gere essa estranheza), é fato que a Unreal Engine 4 caiu muito bem pro jogo. Os modelos dos personagens estão lindos de ver, há muitas cores e luzes, tudo condiz com o avanço técnico que poderíamos esperar de um novo Kingdom Hearts.

Os cenários continuam na mesma pegada que conhecemos, com corredores e caminhos sem muita liberdade, mas como trata-se por enquanto de alguns cenários novos para Birth By Sleep 0.2, não dá pra dizer que serão assim em KH3. Está longe de ser ruim, mas que dá uma vontade de explorar mais ao redor de onde é possível, sem dúvida que dá. A franquia Kingdom Hearts sempre foi belíssima graficamente falando, mas agora está lindo de ver.

Sistema de batalha

Nada é complicado em Kingdom Hearts, muito menos o seu sistema de batalhas. Agora temos novos atalhos, como segurar o L1 para usar as magias que equipamos nos botões normais (quadrado, X, triangulo e circulo). Aqua possui as habituais barras de HP e MP e agora também tem a barra de Focus, capaz de possibilitar que ela solte rajadas de energia com sua Keyblade. Uma das novidades também é o Situation Command, que logo após você começar a acertar algum dano no inimigo, vai gerando um novo medidor que quando chega ao máximo, dá alguns segundo para que Aqua realize alguma magia com um poder ainda maior, com animação, luzes e efeitos belíssimos.

Se continuar a corrente de ataques, o Situation Command vai se expandindo, possibilitando até alterar a forma e ataques de Aqua, ficando cada vez mais forte e gerando ataque devastadores. Apesar de não ser muito difícil, a Birth By Sleep 0.2 traz bons inimigos e grandes oportunidades para usarmos os novos poderes de Aqua.

Ainda é importantíssimo, mantendo a tradição da série, escolher bem os inimigos que vai atacar fazendo uso do botão R1 para travar a mira e a câmera no inimigo que você quer derrotar primeiro. Ficar apertando o X insanamente vai te fazer atacar inimigos invulneráveis, fazendo você perder energia em momentos cruciais. as batalhas acontecem em locais grandes, que possibilitam que você se movimente livremente procurando o melhor momento para atacar e como sempre, as batalhas se parecem muito com grandes lutas de animes, cheias de ação e adrenalina.

Completando a coleção – Kingdom Hearts χ Back Cover

Assim como na coleção 1.5 e 2.5, Kingdom Hearts HD 2.8 conta com uma história contada através de cinematics, que desta vez formam realmente um filme de mais de uma hora contando a origem das Keyblades, seus primeiros possuidores e uma trama envolvendo confiança, traição e segredos. Este é o ponto de partida da história de Kingdom Hearts, mostrando como o mundo entrou em colapso diante da escuridão e como se formou a Guerra das Keyblades, que deu origem ao cemitério de Keyblades que vimos em Kingdom Hearts II e Birth By Sleep.

Fazendo uso da tecnologia que será empregada em Kingdom Hearts 3, segundo o diretor Tetsuya Nomura, Kingdom Hearts χ Back Cover conta fatos importantes que ocorrem paralelamente ao jogo Kingdom Hearts χ, lançado para celulares. No filme conhecemos Ira, Ansem, Gula e outros personagens importantíssimos para a narrativa de Kingdom Hearts, como o Mestre dos encapuzados que dá uma missão para cada um dos detentores das primeiras Keyblades. Sem a possibilidade de evitar o que o mal vai fazer ao mundo, a ideia de todos eles é fazer a luz continuar forte mesmo após a Guerra e a escuridão tomar conta do mundo, mas muitas coisas estão em jogo.

A princípio, Kingdom Hearts χ Back Cover parece confuso e uma obra que gira e não sai do lugar, mas ao conhecer mais da história de Kingdom Hearts você acaba entendendo a importância dos fatos que o filme mostra. Com boas cenas de luta e muita conversa, guiada por diálogos que vão desde o drama até a comédia, Kingdom Hearts χ Back Cover é uma ótima adição a história de Kingdom Hearts e uma fração importante da nova coleção.

Kingdom Hearts 3D: Dream Drop Distance

Lançado em março de 2012, Dream Drop Distance é o sétimo jogo da franquia, lançado exclusivamente para o Nintendo 3DS e ficou por lá até o lançamento de KH HD 2.8. A história do jogo se passa logo depois de Kingdom Hearts 2, fazendo de Dream Drop Distance um jogo muito importante para a franquia por tratar de acontecimentos que levarão para Birth By Sleep 0.2 e Kingdom Hearts 3.

Como o jogo foi lançado para um portátil que tem um público diferente do PSP, podemos dizer que Dream Drop Distance tem suas próprias particularidades, como a opção de alternar entre os jogadores (Sora e Riku) e usar os Spirits, que são criaturas que servem de parceiros durante as lutas, no lugar de Donald e Pateta, mas que permitem aos dois personagens criarem fusões que geram diversos efeitos interessantíssimos durante as batalhas. Graficamente falando a remasterização para o PS4 fez muito bem ao jogo, chega até ser difícil imaginar Dream Drop Distace rodando no 3DS de tão belo que é. Ainda faz uso da velha engine da franquia, mas mesmo assim o resultado continua ótimo.

Os controles foram bem adaptados para o PS4, parecendo muito com a jogabilidade de Birth By Sleep e com o segundo game. Sem dúvida alguma Dream Drop Distance será o prato principal para quem comprar esta coleção da série, por se tratar do jogo que dura mais e que tem mais conteúdo em Kingdom Hearts HD 2.8.

Uma ótima preparação para Kingdom Hearts 3

Jogar Kingdom Hearts HD 2.8 é literalmente estudar para jogar Kingdom Hearts 3. Com muito conteúdo e uma prévia do que pode ser o novo jogo da série em termos técnicos e em jogabilidade, a nova coleção da Square para PS4 se torna peça fundamental para jogarmos KH 3 sem ter dúvidas quanto a história e do posicionamento dos personagens.

Além disso, é um prato cheio pra quem não teve a oportunidade de jogar o capítulo que foi lançado para 3DS e que tem uma parte importante da história da franquia. Para os fãs é obrigatório e pra quem se interessou por Kingdom Hearts 3 e nunca jogou um game da série antes, é uma ótima forma de começar.


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