Análise: Klaus é jogo de plataforma surpreendente, por enquanto, só pra PS4

Compartilhe

[tps_header]

klaus-analise

- PUBLICIDADE -

O início de cada ano costuma trazer jogos inesperados, pois se trata de uma época em que as grandes desenvolvedoras não focam em seus grandes lançamentos. Assim nasceu Bayonetta, Darksiders e muitos outros. E agora é a vez de Klaus, um jogo de plataforma exclusivo temporário para PS4 (que chegará ao PC e Xbox One até o final de 2016), desenvolvido por dois anos pela La Cosa Enterteinment (o primeiro jogo do estúdio) e que traz mecânicas altamente curiosas e divertidas, fazendo um ótimo uso das funcionalidades do Dual Shock 4.

Você começa com um personagem caído em um local desconhecido, como num porão. No braço de seu personagem há uma tatuagem, escrito “KLAUS” e a partir daí subentendesse que este é o nome do indivíduo. Sem memória, só lhe resta seguir em frente em busca de respostas.

EI, NÃO ESTOU SOZINHO?

-KLAUS-_20160127004018

- PUBLICIDADE -

Klaus – que acaba virando o nome do personagem -, começa a andar pelos corredores e evitar perigos como buracos sem fim, espinhos, engrenagens, lâminas e afins. A mecânica é muito boa, principalmente quando começa a fazer uso do painel de touch do Dual Shock 4, usado para ativar plataformas ou abrir paredes. No primeiro momento que o jogador usa destes artifícios, Klaus percebe que não está sozinho e começa a dialogar com você, mesmo que somente ele fale.

Ele começa a divagar, a filosofar sobre aquele momento que ele está vivendo, em que mesmo acordando sozinho e sem lembranças num local desconhecido, alguém resolva a ajudá-lo. Chega um momento que ele passa a te chamar de “jogador” e pergunta se não há problema em fazer isso. As falas vão surgindo em locais “mortos” dos cenários, sem atrapalhar nossa visão e aproveitando muito bem os espaços.

Conforme você avança, a interação, narrativa e imersão com o que Klaus fala com você vai tomando proporções cada vez maiores, até mesmo conflitos, fazendo com que ele passe a te desobedecer e faça tudo ao contrário do que você pede. É simplesmente genial a maneira que os produtores criaram essa mecânica.

KLAUS E K1

-KLAUS-_20160128235856

Logo no primeiro capítulo, somos apresentados a K1, um personagem semelhante a Klaus, que usa roupas parecidas com as dele, porém ele não sabe falar (ou aparenta não saber) e é um personagem mais bruto e maior que Klaus, quase um Hulk. Após um determinado acontecimento, ele entra para a equipe e você passa a jogar com os dois ao mesmo tempo. Apertando L1 você corre controlando Klaus e ao apertar R1 corre controlando K1. Então, apertar L1 + R1 e seguir para algum lado, você corre com os dois.

Klaus não possui ataques, ele é um homem comum que usa dois pulos, então fica dependente de K1 para atacar em determinados momentos ou abrir locais inacessíveis se estivesse sozinho. Você pode também apertar triangulo e escolher qual deles você vai querer controlar por vez, mas os dois devem chegar na porta de saída. No geral, trabalho pesado fica para K1 e a parte mais pensante ou em locais de menor acesso com Klaus. K1 inclusive tem um movimento como um Shoryuken, e Klaus pergunta para ele se está tentando dar uma de Ken Masters. Os dois passam a criar um relacionamento com o jogador, chegando a gerar conflitos ainda maiores, frases altamente interessantes e assim a narrativa vai evoluindo.

Mesmo com os dois personagens, a jogabilidade não fica fácil, porém também não chega a ser frustrante. Espere morrer por diversas vezes, com Klaus ou K1, no entanto dá sempre vontade de tentar novamente, até porque o sistema de checkpoint é muito bom e funciona muito rápido. Muitos conceitos dos jogos de plataforma são quebrados em Klaus e outros são criados especialmente para este jogo, que facilmente é um dos melhores que já joguei do gênero, apesar de não possuir a profundida de um Donkey Kong Country, por exemplo.

DESAFIOS ESCONDIDOS

-KLAUS-_20160127013522

Como se não bastasse a forma altamente diferente de narrar os fatos em Klaus, o jogador é convidado a encontrar os desafios espalhados pelos cenários – observe TODAS as direções possíveis -, onde quando Klaus entra neles, é levado para uma espécie de outra dimensão. É como se Klaus procurasse em sua própria mente algo que pudesse fazê-lo lembrar do que está acontecendo com ele.

Estes desafios são, em alguns momentos, mais difíceis que o jogo no geral, e ao final escondem um fragmento de memória que em cada um dos cenários, se você encontrar todos os fragmentos dos desafios, formará alguma parte da vida de Klaus, e é aí que você vai juntando respostas sobre quem realmente ele é e ele mesmo vai supondo o que deveremos fazer em seguida.

-KLAUS-_20160206145005

Klaus é um jogo muito agradável de se jogar também por causa da trilha sonora. Ela nunca cansa, sempre se atualiza e está de acordo com o que está acontecendo. São várias músicas que vão de boas a excelentes, além de todos os efeitos sonoros como quando Klaus vai falar algo e ele dá uma resmungada, que sai pelo auto falando do Dual Shock.

CORRIDA DOS RATOS

Klaus é um jogo bastante especial por tudo que o compõe, como a jogabilidade que já falamos acima, a narrativa, mas principalmente a razão de tudo que está acontecendo no jogo. Sem entregar nada da história, espere por momentos que você vai se sentir até mal, vendo que nossa vida é regrada por pessoas que nos controlam, que fazem a gente fazer coisas que não queremos, ativando uma rotina interminável que quando percebemos, já estamos fazendo a mesma coisa por anos a fio. Klaus, além de um jogo, é uma clara referência aos tempos modernos, onde o homem corre atrás de tanta coisa e no final das contas se vê perseguindo o próprio rabo.

CONCLUSÃO

-KLAUS-_20160206143612

Se você tem um PS4 e não sabe o que jogar nesse começo de ano, dê uma oportunidade para Klaus, um jogo diferente, que sai da mesmice e que tenta um lugar em meio a tantos jogos conhecidos. A La Cosa fez um ótimo trabalho, criando dois personagens altamente curiosos, uma narrativa que só não é perfeita por falta de uma maior profundidade e uma jogabilidade viciante. A falta de mais batalhas contra chefes e o tamanho do jogo tiram um pouquinho do brilho final que o game poderia ter, mas em resumo, Klaus é uma das melhores experiências em jogos de plataformas que você vai encontrar no mercado e na nova geração.

Klaus também é a mais nova forma de percebermos o quanto os jogos indies podem ser inventivos e diferentes. Há um valor sem igual na construção dos jogos deste tipo, que buscam novidades em outros departamentos e não somente na tecnologia com gráficos de ponta. Esse tipo de ação, nós que gostamos de videogames e da magia que os games nos trazem, devemos apoiar.

 [/tps_header]

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LIVES

TODOS OS DIAS

O melhor conteúdo do mundos dos Games para você! São LIVES diárias com os melhores jogos de luta, Últimos Lançamentos, Notícias, Temporadas da “Guerra das Torres (Mortal Kombat)” e da “Guerra das Ruas (Street Fighter)” com os melhores players do momento e muito mais! É só colar e mandar aquele “Salve”