Análise | L.A. Noire Remastered melhora a aparência mas não muda a experiência

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Lançado originalmente em 2011 pela Take-Two e produzido pela Rockstar, L.A. Noire ficou conhecido em seu tempo por ser um salto da indústria com relação à sua qualidade gráfica e similaridades com a série Grand Theft Auto. Apesar de aclamado pela crítica, boa parte do público se viu distante do shooter investigativo.

Anos depois de seu lançamento – mais precisamente, este ano – L.A. Noire retornou para a atual geração de consoles. O game recebeu  uma versão remasterizada que promete preencher as lacunas deixadas pelo título original. Graças a Take-Two e a Rockstar, nós do Combo Infinito pudemos desfrutar do retorno deste game exímio da geração passada.

O primeiro crime nós nunca esquecemos…

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Preciso lembrá-los de que, eu já havia visitado L.A Noire. Quando lançado para o PS3 e Xbox 360, eu fui um dos que havia se interessado pelo título. Naquela época, L.A .Noire causou alvoroço pela forma como o game esbanjava a qualidade gráfica da geração passada. Seu maior trunfo? Os detalhes reproduzidos através da captura intensa de múltiplas expressões faciais. Com isso, o game ficou conhecido mais por seus diálogos e cutscenes do que pela própria trama.

No comando do detetive Cole Phelps na década de 40, somos responsáveis por investigar os acontecimentos de diferentes casos. Vagamos através de toda a cidade, nos deparando com pistas e algumas situações sórdidas.

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Desde tiroteios até assassinatos encomendados, o jogador irá presenciar o trabalho real de um detetive, participando de diversos momentos característicos da profissão de investigador. Em termos de história e imersão, é fato que foi feito um ótimo trabalho com esta obra (indiferente ao console que esteja rodando o game).

A importância de se manter atento

Diferente de outros títulos em terceira pessoa, este aqui faz com que o jogador lide menos com a ação desenfreada e mais com os momentos de perspicácia. O grande destaque de L.A. Noire? Seus interrogatórios.

Em 2011, a Rockstar enfatizou o quão importante são os detalhes no game. Por sermos detetives, é evidente que devemos nos manter atentos não só com nossos suspeitos, mas também com as pistas que podem surgir pelo caminho. O game faz com que sempre busquemos pela verdade através de diferentes meios de investigação. Podemos encontrar alguma evidência que indique o verdadeiro criminoso em determinada situação, ou, confrontar algum suspeito afim de retirarmos uma confissão.

Com a versão remasterizada, o trabalho se torna um pouco menos maçante. Graças ao upgrade gráfico que o jogo sofreu, está um pouco melhor de discernir quais são as pistas úteis e as formas de localiza-las. Neste ponto, trazer L.A. Noire para a atual geração facilitou a experiência com o game. Apesar de composto por alguns confrontos, basicamente as diretrizes do jogo levam o jogador à cruzar a cidade e explorar as pistas deixadas.

Point & Click aprimorado

Apesar da premissa do game ser a de um título Point & Click, L.A. Noire também possui seus momentos de tensão. O game mescla a investigação com o clima característico de seu ambiente. Com isso, o jogador realmente se sente como um investigador.

Durante os interrogatórios – que podemos considerar o ápice das ações de Cole – o jogador terá de prestar atenção na expressão facial dos personagens. Diferentes detalhes são atribuídos a testemunhas e aos culpados, e cabe a nós desvendarmos através de reações, quem são os verdadeiros criminosos. Com a remasterização, a Rockstar melhorou o aspecto gráfico da expressão facial dos personagens, e com isso, ficou ainda melhor de diferenciar quais as “pistas” que os interrogados deixam durante as conversas.

Infelizmente, o game pouco adiciona elementos extras, como o modo Photoshoot. Em geral, L.A. Noire permanece com a mesma estrutura do título já lançado.

Como se sai a versão para o Switch?

L.A. Noire é o grande exemplo hoje de um game estilo GTA para se jogar no Switch. A remasterização no console da Nintendo tem um desempenho misto. Na dock, temos um visual mais detalhado, que fica entre a remasterização do PS4 e Xbox One com a versão da geração passada. No modo portátil, alguns elementos do cenário desaparecem para que o jogo tenha um melhor desempenho. Não chega a atrapalhar e é uma boa solução para manter os 30fps. Na dock, L.A. Noire roda em 1080p e no modo portátil cai para 720p. Como ocorre com Doom e Skyrim, jogar no modo portátil pode ser a melhor opção – e o maior chamativo – do jogo no Switch.

O grande problema da versão Switch é o slowdown que acontece em momentos que estamos no mundo aberto. É mais aparente enquanto jogamos na dock, mas também ocorre no modo portátil. Os FPS caem bruscamente e o jogo fica em câmera lenta.

Os controles acabam sendo o maior diferencial da versão do jogo para o console da Nintendo. Enquanto está rodando na Dock, o game aceita diversos comandos usando o giroscópio dos Joy Cons. No modo portátil, podemos usar o touch da tela do aparelho para resolver os casos de detetive. Mais uma vez, o modo portátil sai na frente, pois com a vantagem da tela de toque, a jogabilidade acaba ficando bem diversificada e mais divertida.

Explorar o cenário apenas tocando na tela e direcionando o personagem desta maneira, faz com que L.A. Noire se torne quase um point and touch.

Veredito

Por fim, L.A. Noire parece melhor, mas não difere muito do game original. A versão para o Switch foi um grande adendo para o público, e é no portátil que sentimos melhor a diferença quanto ao jogo lançado em 2011.

No geral, a Rockstar trouxe a mesma experiência entregue anos atrás para os consoles da atual geração. De fato o game compensa ser conferido, mas isso se você não teve a oportunidade de desfrutar do lançamento da versão normal. Em suma, temos aqui o mesmo título, com direito à algumas melhorias perceptíveis em seu framerate e em sua qualidade gráfica. A remasterização se prova justificável pela qualidade superior, mas mantém o conteúdo original.

A versão do game para o Switch talvez seja a que mais vale a penal. A mudança de joystick e o modo portátil do game facilitam e melhoram a experiência por sua riqueza em detalhes.

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