Análise: Life is Strange Episode 1 – Crysalis – Uma adolescente super poderosa

Life is Strange

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O que você faria se descobrisse que possui o poder de voltar no tempo? E se você deixasse de ser alguém comum e para tornar-se uma pessoa especial com uma responsabilidade altíssima em suas costas pois só você sabe de uma catástrofe que se aproxima, ao mesmo tempo que passa por situações que a vida nos causa e que devemos sempre ser fortes para suportar? Life is Strange tenta colocar tudo isso em um jogo que, ao mesmo tempo que é simples em alguns méritos, surpreende na maior parte do tempo.

Seguindo a linha dos jogos da Telltale Games, como The Walking Dead, Wolf Among Us e Game of Thrones, chega a vez da Dontnod, desenvolvedora de Remember Me, junto com a Square Enix nos trazerem Life is Strange, um jogo episódico na pegada dos antigos “aponte e clique” com uma alta carga dramática e personagens interessantes, aliado a uma história que de início parece um daqueles choraminguentos contos de adolescentes, mas vai demonstrando durante suas 3 ou 4 horas de duração que tudo vai muito mais além, com temas como drogas, assassinatos, família, amizade, desaparecimentos e traição.

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Life is Strange neste primeiro episódio de um total de cinco, nos apresenta os personagens e os detalhes da trama. Começamos o jogo na pele de Max, uma aspirante a fotógrafa que retorna para sua cidade natal após cinco anos para ter aulas de fotografia com um dos professores mais conhecidos e renomados do ramo. Após um acontecimento totalmente estranho, onde ela vê um tornado imenso perto da cidade, Max percebe que possui a habilidade de voltar no tempo e com isso passa a ter uma grande dúvida em sua cabeça: o que isso quer dizer e porque ela possui esta habilidade?

O jogo coloca Max em diversas situações onde a maioria delas exige que ela tome certas decisões. Cada escolha possui uma consequência e o jogo faz questão de lembrar o jogador disso. A grande diferença aqui para os jogos da Telltale é que com o poder de voltar no tempo, Life is Strange deixa tudo na mão do jogador, já que é possível vivenciar cada uma das decisões e tentar medir quais consequências teremos conforme o desenrolar de cada ação. Ou seja, você pode escolher falar ou não falar a verdade para alguém, ver a reação da pessoa e voltar no tempo para fazer diferente. O efeito que cada decisão vai lhe trazer no futuro sempre será um mistério de toda forma e com certeza teremos uma maior noção disso nos episódios seguintes.

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HÁ! EU TENHO UMA ARMA! Mas não tá carregada… Mal ae.

O grande trunfo de Life is Strange está nos personagens e na experiência do jogo. A atmosfera é de um game de detetive, já que Max é uma personagem observadora e como toda adolescente é insegura, curiosa e sempre procura detalhas o que está vendo ou fazendo, muito provavelmente para situar o jogador sobre acontecimentos do lugar. Outro fator bastante interessante é um diário que ela carrega consigo que rende uma boa leitura para quem gosta de detalhes. Com ele, podemos saber muitas informações interessantes sobre a vida de Max, seus motivos para ter se mudado de sua cidade natal e as razões de sua volta. Ela também faz anotações sobre todas as pessoas relevantes para a história do jogo e para sua vida, sendo esta uma ótima forma de entendermos as motivações de cada um deles, ao menos aos olhos de Max.

A experiência e a diversão que o jogo proporciona são abaladas por dois fatores: gráficos simples e sincronismo labial. O gráfico consegue passar uma ótima sensação, porém um olhar mais crítico verá texturas em baixa resolução que podem atrapalhar na experiência enquanto olhos mais sensatos verão a arte envolvida no restante, como tudo parece pensado com detalhes. Mas o mais grave é a total falta de sincronismo labial dos personagens – como mencioando, que parecem bonecos sem vida em diálogos lotados de emoção. Satisfatoriamente, a interpretação e as dublagens (em inglês) são excelentes e acabam segurando a onda, porém é lamentável ver um jogo focado na narrativa e nos diálogos sem um sincronismo labial ao menos aceitável e muito menos expressões faciais decentes.

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“Eu tirei TODAS essas fotos? Parei, vlw, flw.”

 A história do game consegue prender o jogador facilmente, principalmente pelos personagens altamente interessantes e bem construídos. Todos eles são muito bem ligados e com comportamentos diversos, criando várias situações diferentes dentro da mesma história, contribuindo para o ritmo do jogo, que é excelente e nos mantém sempre interessados por cada parte do cenário em  busca de novas pistas. Existem também fotos – opcionais – que Max pode tirar do cenário que normalmente rendem conquistas / troféus e novos diálogos que poderão ajudar a entender os mistérios que cercam o lugar. Afinal estamos na pele de uma adolescente que, além de redescobrir o local onde viveu boa parte de sua vida, ainda passa a descobrir a si mesma através de uma nova habilidade que a permite arriscar mais, conhecer mais dos outros, ir além, já que se algo der errado basta ela levantar a mão direita e retomar a situação de um ponto seguro.

Há um detalhe também digno de nota: o som de Life is Strange é algo memorável, com músicas cantadas inseridas em momentos chave e que combinam muito bem com cada situação, além do som ambiente, sempre condizente com o que estamos vendo na tela. Um trabalho sonoro impecável eu diria.

Life is Strange: Episode 1 – Crysalis é um ótimo começo para o novo jogo da Square e Dontnod e uma grata surpresa nesse início de ano. Aguardarei ansiosamente pelo segundo episódio, principalmente após o final do primeiro. Se você gosta de uma boa história, mistérios, personagens ricos e bem construídos e tem paciência para ler e acompanhar tantos diálogos, não deixe passar Life is Strange de forma alguma!


Galeria de Imagens: Life is Strange Episode 1 – Crysalis

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9 respostas

  1. O jogo é interessante…
    Mas como eu não entendo muito inglês… e aparentemente os diálogos são importantes para se submergir na história… Não vejo motivo pra comprar.
    Mas eu tava vendo o Zangado jogando alguma coisinha… achei legal.

    1. O inglês do jogo é bem fácil Ricardo, fora que a maior parte das coisas ela anota no diário, então dá pra ir traduzindo aos poucos pra entender. No entanto, realmente o diálogo é algo constante no jogo.

  2. Mesmo em inglês, dá para entender sem ter muito conhecimento da língua. Para quem já sabe um pouco, dá para ir aprimorando porque ela usa muitas gírias e expressões muito regionalizadas.
    Para mim, o jogo está semi perfeito…um errinho ou outro como a falta de legendas ou até mesmo dublagem em português, uma leve melhora no sistema de câmera e colocarem um botão para ela dar uma corrida, nem que seja uma corrida leve, poderiam melhorar ainda mais a experiência…

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