Análise: Life is Strange Episódio 2 – Out of Time – Antes do tornado, vem a calmaria

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*Leia sem medo, não há spoiler!

A Square Enix e a Dontnod possuem muitos méritos com Life is Strange, seja pela própria qualidade que o título demonstra, seja pela coragem de entrar em um estilo de jogo dominado pela Telltale Games e suas séries de grande nome, como The Walking Dead e Game of Thrones, que só pelos nomes vendem conteúdo sem muito esforço. Life is Strange é um título original que já demonstrou grandes avanços na mecânica utilizada pelos adventures focados na narrativa e história. E o segundo episódio continua com a mesma qualidade. Pelo bem e pelo mal.

Todas as características do primeiro episódio você vai encontrar em Out of Time, segundo episódio de um total de cinco que Life is Strange possuirá. A jogabilidade mais fluida se comparada com jogos da Telltale, maior liberdade, muitas coisas pra se fazer ou encontrar no cenário. A ideia de procurar pontos importantes para registrar em uma foto, grande paixão de Max, além de trazer conquistas/troféus também adiciona um elemento de exploração deveras interessante pro jogo. Além de se encaixar no contexto, traz sempre ótimos comentários da própria Max.

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Se comparado ao primeiro episódio, as decisões em Out of Time são bem mais interessantes e impactantes, principalmente na parte final e tudo leva a crer que o jogo pode realmente ser muito diferente pra cada pessoa que venha a jogar. Você pode ser peça fundamental em uma investigação, salvar ou não a vida de alguém, ser ou não ser um dedo duro. Tudo funciona muito bem e traz um ar de curiosidade a cada momento que você precisa decidir por um caminho ou outro. Neste caso, o grande trunfo de Life is Strange, que é o controle do tempo lhe dando a possibilidade de decidir, ver o resultado e retomar até o ponto da decisão e mudar sua ideia, conforme os poderes de Max, não somente lhe dá ainda mais liberdade, como também pode lhe trazer ainda mais dúvidas e te deixar mais e mais curioso sobre que tipo de influência sua decisão trará. Graças ao ótimo enredo e narrativa, os momentos de decisão são os pontos mais altos de Out of Time e com certeza de toda a temporada de Life is Strange.

Como mencionado, a narrativa consegue bater de frente com os jogos da Telltale e por muitas vezes até melhor. Vejo o trabalho da Dontnod como uma evolução a tudo que vimos nos jogos de adventure, mesmo que a própria Telltale já tenha inovado demais ao trazer esse estilo novo de contar histórias através dos videogames. A liberdade que Life is Strange lhe dá cria situações dramáticas que se misturam com o que vemos e vivemos em nossas vidas, com personagens complexos, que guardam segredos, que falam o que é importante ou que convém pra elas nos momentos chaves da história. A forma com a qual tudo é contado, narrado e registrado (através do diário de Max) é excelente e prende o jogador que gosta de ir atrás de mais informações dos personagens, da história e do ambiente que tudo ocorre. Isso sem falar da excelente trilha sonora e feitos de sons. A faculdade Blackwell Academy é misteriosa e o desaparecimento de Rachel Amber, grande foco do primeiro episódio, se torna ainda mais importante em Out of Time, mesmo que seja mencionado poucas vezes dessa vez.

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No entanto, o maior ponto negativo do primeiro episódio permanece em Out of Time, que é o sincronismo labial pífio e as expressões faciais pobres. Vários momentos de grande emoção são atrapalhados por modelos de personagens que não correspondem ao tom de voz que a interpretação está demonstrando naquele momento. A Dontnod e a Square poderiam ter consertado esse grave problema do primeiro episódio e permanecer da mesma maneira no segundo é um grande erro. As críticas recebidas no capítulo anterior podem inclusive ter refletido em algumas tomadas de câmeras, pois poucas vezes os personagens possuem foco no rosto enquanto estão falando, sendo nítida a opção de mostrar mais o cenário e os arredores enquanto que os personagens ficam em um canto da tela. Não é uma estratégia ruim, o grande problema é não haver alteração ou evolução na maneira com a qual o primeiro episódio foi executado neste sentido e tudo leva a crer que a temporada inteira vai sofrer com esse mesmo problema.

Outro grande fator de destaque em Life is Strange, como o próprio nome sugere e que fica ainda mais evidente no segundo episódio, é como a vida pode realmente ser estranha. Max era uma garota comum e, deixando seus poderes de lado, ela se envolve em diversos problemas que não tem nada a ver com ela, mas sim com sua melhor amiga de infância. Os efeitos que isso traz pra vida dela e das pessoas ao redor são estrondosos de uma maneira até poética, demonstrada em pequenos detalhes ou tomada de câmeras. E como já vimos no primeiro capítulo e ficou bem claro no final deste episódio, antes da tempestade vem a calmaria (ou isso não ficou evidente com o pôr do sol visualizado por Max e Warren?). Ou seria antes do Tornado vem a calmaria?

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Apesar do fabuloso final do primeiro episódio, Out of Time não consegue surpreender tanto, apesar de ter seus momentos de clímax que não deixam de ser interessantes. Mas como a história começa a tomar um rumo mais complexo, a trama também segue a mesma linha e fica mais conservadora neste segundo episódio, que serve de preparação para os demais. Aos poucos é possível perceber as intenções de personagens que antes eram nada mais que coadjuvantes e como toda boa história de detetive, a grande maioria é suspeita, trazendo um ar de desconfiança excelente nos diálogos. Max não é uma detetive, mas se vê dentro deste papel já que possui um grande poder, e sente que com este poder ela possui grandes responsabilidades, por mais clichê que isso venha a parecer. Resta saber até quando ela poderá voltar no tempo, mesmo que este capítulo demonstre uma evolução no que ela consegue fazer, apesar do custo que isso está trazendo para ela mesma.

No geral, Out of Time é recomendado para você que jogou o primeiro episódio e gostou do que viu, caso contrário vai ficar boiando em tudo que se passa no jogo. É um bom avanço pra história, que promete ser eletrizante no terceiro capítulo.


Galeria de imagens: Life is Strange: Episódio 2 – Out of Time

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