Análise – Ni No Kuni II: Revenant Kingdom é uma magnífica jornada

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Ni No Kuni II – Revenant Kingdom entrega exatamente o que promete: uma aventura. Uma jornada bem feita, com um elenco rico e lugares imaginativos. O jogo é prazeroso neste e outros aspectos, conseguindo garantir uma boa dose de divertimento ao longo de toda sua duração. O sentimento de descoberta sempre está presente e a história só ajuda a elevar isso. Aliás, se formos falar sobre esse título, sua história é por onde devemos começar.

Caindo de paraquedas em um mundo fantástico

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No início de vemos tudo pela perspectiva de Roland, que seria o equivalente ao presidente dos EUA no game. Ele está num mundo muito parecido com o nosso. O personagem está andando em uma limusine quando um míssil nuclear ataca a cidade para onde se dirigia. Seu carro fica acidentado, mas ele sobrevive e nesse momento uma luz o envolve. Ele acaba transportado para o quarto do rei Evan, da casa Tildrum, governante do reino de Ding Dong Dell. O jovem monarca pensa que Roland vai atacá-lo e procura os guardas. Sem que Evan saiba, um golpe de estado está em andamento e os próprios guardas tentam matar Evan. Roland socorre o rapaz e, juntos, eles fogem do castelo.

Durante a fuga eles são ajudados pela governanta do castelo e cuidadora de Evan, Nella. Após escaparem, Evan se vê sem um reino e Roland se encontra preso em um outro mundo. Eles decidem se ajudar para que possam reconstruir o reino do garoto e encontrar respostas para os motivos de Roland estar lá.

Os personagens surpreendem por serem simples, mas com papéis e personalidades extremamente distintos…”

A partir daí começa uma jornada na qual o jogador passa a ser apresentado à um mundo rico e com muitos personagens interessantes. O elenco coadjuvante à dupla principal é colorido e muito diversificado. Os personagens surpreendem por serem simples, mas com papéis e personalidades extremamente distintos.

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O grupo funda um reino novo, com o objetivo de unificar o mundo e trazer uma paz duradoura. Para isso Evan e sua trupe passam a viajar e conhecer os monarcas de outros países.

Um mundo rico e colorido

Ni No Kuni II

A equipe da Level-5, a desenvolvedora do jogo, soube trabalhar no desenvolvimento dos cenários. Todos são cheios de detalhes interessantes e únicos em suas próprias formas. O país Broadleaf é mais moderno, logo vemos monitores, máquinas e um ar de desenvolvimento industrial no local, com pouca presença da natureza. Já Goldpaw é um reino que preza jogos de azar como estilo de vida. A cidade é cheia de neons e cassinos, mantendo a aparência de uma Las Vegas com um ar oriental.

A população dos reinos é composta por humanos e seres antropomórficos. No caso, homens gato, cachorros e sereias. Algumas dessas raças acabam por terem algum rixa com outra e, certamente isso reflete no andar da história.

As cores refletem muito da atmosfera do ambiente. Hydropolis, um reino com base na pesca e água, conta com cores mais frias, como azul e verde-água. Enquanto Broadleaf, mais industrial, usa tons mais acinzentados e marrons. Sempre conseguimos admirar e sentir o quão bem feitos são os cenários. Assim como os designs de criaturas.

Ni No Kuni II tem um bestiário de dar inveja

Sim, como todo RPG existem pequenas lutas para realizar o famoso grinding. Lutamos contra ratos, aves, assim como wyverns que carregam machados e hamsters. Além de diversos outros tipos de criaturas. Muitas são variações, mas sempre deixam um ar de singularidade em cada um deles. Temos diversos chefes pelo jogo também muitos possuem designs extremamente criativos e detalhados.

Um carinho foi feito com muitas das criaturas de Ni No Kuni II e, apesar do papel delas ser genérico para jogadores de RPG, a forma como elas são apresentadas é singular. Um sopro de criatividade em comparação àqueles que continuam usando as mesmas ideias para criar inimigos. Porém, ao enfrentar esses inimigos descobrimos, infelizmente, uma falha nesse maravilhosos título.

Fácil, extremamente fácil

Não há desafio. Após fazer um pouco de grinding e conseguir um bom equipamento, o jogador consegue dar uma surra em inimigos 5 ou 8 níveis mais fortes com uma mão nas costas. Os chefões terem um bom design, mas suas batalhas são simples. Mesmo com sentimento de aventura constante, faltou um detalhe: a sensação de perigo.

Em muitos jogos do gênero vemos o clássico cenário: se há um ponto de save, itens de cura e uma área aberta a frente, jogadores já se preparam para uma luta contra um chefe. Em Ni No Kuni II vemos as mesmas situações, mas após as primeiras batalhas, some completamente a ansiedade para a luta. Um chefe se torna uma parada obrigatória antes de continuar o jogo. Ao mesmo tempo que isso é bom e inclusivo, a falta do desafio pode afastar diversos jogadores.

Em suma, Ni No Kuni II dá uma ótima experiência, uma ótima aventura, mas peca na hora de oferecer desafios à altura da jornada. Não se sinta afastado por isso, é apenas um ponto negativo para tudo que o título oferece. A emoção e a história ainda estão ali, só faltou um pouco de sal. Convidamos vocês a experimentar o jogo, disponível para Playstation 4 e PC.

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