Análise: No Man’s Sky – Desbravar o Universo não é pra qualquer um

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Antes de mais nada tenho plena certeza que você já deve ter ouvido de tudo por aí: No Man’s Sky não cumpriu o que prometeu; É um Minecraft no espaço; É um jogo monótono; É repetitivo; As batalhas não estão a altura; É um indie disfarçado de triple A; e muitas outras coisas, e devo dizer que muitas delas tem um fundo de verdade, mas depende de você levar isso pra frente ou tentar aproveitar as qualidades que o jogo oferece.

No Man’s Sky é um jogo com a temática da ficção científica com alguns elementos de aventura, exploração e sobrevivência. O game tem uma proposta super ousada de tentar simular o nosso universo, tendo registrado milhões de espécies e que inclui cerca de 18 quintilhões de planetas.

Não é incrível, mas é diferente de uma maneira positiva

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A experiência de No Man’s Sky não é realmente a coisa mais incrível que já foi oferecida, mas de uma coisa você pode estar certo – é algo diferente do que você está acostumado. A princípio pode causar um impacto muito mais negativo do que positivo, pois o jogo te pega desprevenido por realmente não ser o que estava sendo vendido.

Normalmente, o início de um jogo serve para você aprender comandos, entender o universo e tudo o que está a sua volta, porém com No Man’s Sky isso não acontece de maneira natural, porque você já começa no meio de algo e tem que ir para um lugar fazer o que você ainda não sabe. Sim, é bem confuso, mas com o tempo você acaba assimilando a proposta.

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Os gráficos não são lindos e maravilhosos, nem perto do que o Playstation 4 poderia oferecer, mas voltamos aquela velha ideia da proposta – a beleza existe, mas tem uma limitação visível. Aí você diz: “Ah Alepitecus, você está remando contra a maré ao defender esse jogo dessa maneira“, respondo com um simples – sim, mas a minha intenção é honesta e genuína. Eu realmente descobri que sou um jogador apreciador da proposta de No Man’s Sky – lembrando que é única e diferente das que estão por aí.

Descubra que tipo de jogador você é

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O gameplay não é algo muito dinâmico, mas não pode ser resumido ao que muitos dizem por aí – Minecraft do espaço. Realmente há algumas semelhanças, como o fato de você coletar materiais a partir de certas matérias primas, mas há outros quesitos super importantes dentro do jogo como a economia (que na minha opinião é um dos pontos mais legais), a interação com os animais (tantos os hostis quanto os passivos), a descoberta de novas palavras de vários idiomas, a interação com aliens, a descoberta de novos mundos pilotando sua nave, as batalhas galácticas (tudo bem que não são lá aquelas coisas) e as batalhas em terra. É realmente interessante você se pegar pensando em quais locais seriam mais prováveis nascer certo tipo de elemento, pois é exatamente daquilo que você precisa para reabastecer sua nave, ou criar itens importantes para combate ou qualquer outro objetivo.

Viajar entre planetas é interessante, porém a coisa fica muito mais bacana quando você muda de galáxia, uma vez que começa a entender o verdadeiro significado da exploração dos mundos, algo que, pra quem gosta de ficção científica, é fascinante. A ideia de visitar outras civilizações não é nova – até hoje há pesquisas para saber se há vida em outros lugares – mas pela primeira vez podemos ver isso dentro de um jogo, onde o objetivo principal é explorar.

Nosso lema é ousadia e alegria

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Um elemento super peculiar desse game é a criação procedural de tudo o que está a sua volta. Cada galáxia, constelação, Planeta, e local que você visita tem uma vegetação diferente, vida animal, clima, relevo, topografia e toda a geografia de um local. Isso é realmente impressionante quando você se interessa pelo que o jogo tem a oferecer. Obviamente nem todos os bonecos saem tão legais, ou seja, em alguns você percebe que não combinam o corpo com a cabeça e o resto, mas a maioria é muito bacana e para aquele jogador que gosta de explorar, é um prato cheio.

No Man’s Sky não é um game para todo mundo, porém você só descobrirá se ele é feito pra você se jogar“, disse Alepitecus. Essa frase pode parecer meio óbvia, mas se refletir um pouco, pode encontrar o verdadeiro sentido. Realmente eu senti na pele. No início, tinha quase absoluta certeza que não iria gostar, mas descobri que sou um apreciador desse game só após um tempo de jogatina. A princípio achava que estava sendo levado por uma contradição natural da maré negativa, mas com o tempo percebi que aquilo realmente estava me empolgando e foi muito interessante experienciar essa novidade. Portanto sou prova viva de que só dá pra saber se gosta ou não de No Man’s Sky jogando, pois não há uma comparação definitiva para ter certeza que você é o cara pra entrar nesse universo.

O destaque negativo vai para as batalhas, tanto em terra, quando no céu. São ora enfadonhas, ora sem personalidade. A visão do personagem é em primeira pessoa, e a Hello Games tinha inúmeras referências para trazer um combate mais elaborado, inimigos mais interessantes, porém pareceu extremamente inexperiente e amador nesse ponto. Acredito que esse seja o maior erro desse jogo, apesar de haver outros quesitos um tanto quanto desagradáveis, como a repetitividade da maioria das ações. Confesso que demorei para enjoar do game, mas acredito que esse é o ponto que mais está afastando os jogadores.

O personagem em si não tem carisma nenhum, mas a voz que controla todo o sistema tanto da nave, quanto o de seus equipamentos lembra um pouco a voz do google e as vezes a Glados – Portal, ou seja, é de casa.

Conclusão

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Confesso que é bem difícil gostar de No Man’s Sky no início. O jogo não te prepara, não te convida e não te deixa na sua zona de conforto, mas te desafia e isso deve ser entendido da maneira correta, senão o fracasso será iminente. Reconheço isso ser uma falha, pois qualquer produto que pretende fazer sucesso precisa captar seu espectador/cliente/consumidor nos primeiros momentos, mas nem sempre funciona dessa maneira.

A falta do modo online, na minha visão, é algo extremamente prejudicial para esse tipo de jogo. Interagir com outras pessoas, batalhar, completar missões em coop seria não apenas um atrativo a mais, mas sim essencial para manter um dinamismo pouco visto em No Man’s Sky.

Acredito que Sean Murray e sua equipe de desenvolvimento (Hello Games) do game tiveram ideias ousadas e audaciosas, mas pecaram em coisas que são vitais para o sucesso do jogo. Eu, particularmente, aconselho esse título para aqueles que são exploradores de origem, gostam de vasculhar, de pesquisar, de entender a complexidade de uma mecânica bem diferente. Mas repito, você saberá realmente se é um adepto de No Man’s Sky se jogá-lo.

Confira o trailer logo abaixo

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Uma resposta

  1. Concordo em grau e gênero … Estou curtindo a proposta do jogo.. aproveitando o melhor das explorações e me maravilhando com o tamanho dos plantas gerados e toda a diversidade e particularidade de cada planeta….

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