Análise | Persona 5 – Se tiver paciência terá uma ótima experiência

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Para aqueles que nasceram na era dos RPGs em tempo real, pouco sabem dos grandes nomes que moldaram a industria de games com o os ataques em turnos.

Uma mecânica clássica e impecável

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Por uma infeliz falta de oportunidade essa foi a minha primeira interação com o jogo da série Persona e declaro publicamente que a primeira impressão foi um choque muito grande de estilo de jogo. Nos anos 90, os RPGs eram dominados pelos desenvolvedores japoneses, consolidando uma mecânica muito interessante baseada nos famosos “ataques por turnos”. Isso perdurou durante um bom tempo, mas com a modernização e e evolução da dinâmica, o turnos foram substituídos pelo tempo real, deixando essa mecânica obsoleta e a gente acabou desacostumando.

Títulos de renome modificaram sua forma de se comportar – Final Fantasy é um grande exemplo – mas alguns ainda permanecem com a jogabilidade clássica, por turnos, mas com diferentes ideias. Para aqueles que não são acostumados com esse estilo, vão ter um pouco de dificuldade de entender alguns comandos e sequências de ataque, mas nada que alguns minutos de jogo esclareçam com tranquilidade.

Persona tem um sistema de batalhas excelente conseguindo, depois que você memorizar os comandos, agilizar muito o processo nas batalhas. Você tem um botão definido para cada ação, ou seja, você pode traçar sua estratégia antes de começar a batalha, e assim pode dar uma dinâmica a mais.

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Outro aspecto muito comum em jogos de RPG são as diferentes elementais. Basicamente você tem Fogo, Gelo, Raio, Energia, Luz e outros que podem mudar o status como Aumento de Atk, Def, Dormir, Confundir, e vários outros efeitos para que o combate fique mais estratégico.

Persona

Cada personagem tem o seu persona, que é uma espécie de avatar representativo, que busca basicamente refletir os desejos reprimidos da pessoa. Essa Persona é simbolicamente representado por uma máscara, reforçando a ideia de mostrar quem é você por trás daquele acessório, e esse se manifesta em uma dimensão diferente criada pelo subconsciente das pessoas chamada de metaverso. Você conhecerá companheiros ao longo de sua jornada com a habilidade de ativar suas personas com características distintas, mas só você, protagonista, é capaz de adquirir vários avatares.

Uma das coisas mais importantes quando você adquire um persona é saber que seus golpes são essenciais para enfraquecer os adversários. Todo inimigo tem um ponto fraco e encontra-lo fará você vencer a batalha com muito mais facilidade. Há uma particularidade muito interessante que é o sacrifício de persona. No início do jogo, você é transportado para uma dimensão que é comandada por Igor. Nela você conhece mais das habilidades que cada persona tem, mas principalmente pode sacrificar duas personas para criar uma terceira mais forte. Isso te possibilita traçar novas estratégias e coletar aliados mais poderosos para enfrentar os inimigos mais evoluídos.

A vida como ela é

Se tem algo a ser aplaudido em Persona 5 é a história. Não há nada de tão inovador, mas deixa as coisas tão interessantes que você joga por querer saber o que virá a seguir. Você joga com um estudante que foi expulso de sua escola e é tachado como um garoto problema. Não apenas já com esse problema, uma vida normal de estudando também reflete para o personagem. Em Persona 5 você lida com Bullying, abuso de autoridade, assédio sexual e muitos outros percalços que um estudante comum deve enfrentar. O mais bacana de tudo isso é que o que você faz na vida real, interfere diretamente em seu desempenho e no comportamento de alguns elementos dentro da dimensão em que você irá enfrentar os inimigos.

A Narrativa segue de um jeito misterioso e muito interessante, porém há um problema seríssimo: Se você não tiver paciência, irá desistir na primeira hora de jogo. Persona 5 é um game que busca te trazer uma experiência narrativa que poucos jogos tem hoje em dia. Muito texto, muito diálogo, muita história acaba cansando bastante no início. Depois de algumas horas você consegue engrenar e ter uma experiência espetacular.

Tararam – taram tam tam tam tam tam tam

Essa música não sai da cabeça, mas, por incrível que pareça, ela não é irritante. Persona 5 tem um conjunto de aspectos técnicos muito redondos, trazendo muita qualidade em cada um deles. A trilha é toda trabalhada para te emocionar em cada situação e te faz cantarolar em inúmeras oportunidades.

O visual é muito peculiar e bem feito. Traz uma experiência muito conhecida vista bastante nos animes. Algumas transições e cutscenes lembram bastante o estilo de desenho japonês.

Outro ponto que não é necessariamente negativo, mas tem um entrave para o público brasileiro é a falta da legenda em português. Sabemos que muitos dos jogos japoneses não são localizados para o PT-Br, mas eu, como um bom fã de Anime, teria uma experiência muito mais imersiva se o áudio fosse em japonês com as legendas em português.

Concluindo, Persona 5 é um jogo que começa lento, explicativo e te apresenta uma complexidade razoável, porém, ultrapassando essa barreira, você terá um jogo com uma história muito boa, interações ótimas, mecânica excepcional e uma experiência incrível. Caso você não esteja acostuma a esse estilo de jogo, dê uma chance, seja paciente, procure entender o que o jogo está te propondo e você não se arrependerá.

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