Análise: Quantum Break traz forte narrativa em um misto de jogo e série de TV

Compartilhe

quantum-break-analise-03

Remedy sendo Remedy

- PUBLICIDADE -

Alguns anos atrás, mais precisamente quando o CD virou o padrão para distribuição de games no mundo todo, muitos jogos traziam cenas em CG entre as fases, outros até vinham com cenas em Live Action, com atores de verdade, para contextualizar e reforçar a história do jogo. Quantum Break me faz lembrar dessa época, e também do quanto era legal pegar um jogo single player e se enfiar na história que ele trazia, até chegar no chefe final.

Em um misto de jogo, de “Você decide” e de série de TV, Quantum Break finalmente chegou ao Xbox One e também para PC. Como todo grande exclusivo e que carrega consigo uma grande produção, fica a dúvida: vale a pena? Vamos saber agora!

O Retorno da Remedy

quantum-break-analise-01

- PUBLICIDADE -

Pra quem ainda não manja, Quantum Break é o mais recente exclusivo a fazer barulho nos consoles. O jogo é desenvolvido pela Remedy, foi anunciado em 2013, junto com o console da Microsoft e marca o retorno da desenvolvedora que tem como mente pensante Sam Lake, escritor e Diretor Criativo que interpretou Max Payne no primeiro jogo da série da Rockstar, que foi desenvolvido pela Remedy,

O estúdio também trabalhou no excelente Max Payne 2 e no Xbox 360 foi responsável por Alan Wake. Já deu pra ver que se tem alguma desenvolvedora que manja de jogos com histórias intensas e foco no single player é a Remedy e o seu currículo contou MUITO para que Quantum Break tivesse o resultado esperado.

Jogo, filme ou série?

quantum-break-analise-06

Com grande foco na narrativa, Quantum Break conta a história de Jack Joyce, interpretado por Shawn Ashmore (X-men, The Following), que após estranhos eventos, adquire poderes relativos ao tempo, o que permite que ele tenha diversas vantagens contra inimigos que surgem em seu caminho.

O que temos que ter em mente aqui é que Quantum Break é um jogo focado na experiência Single Player, misturando os conceitos que conhecemos de jogos com cenas não interativas e levando isso além, com episódios da série de Quantum Break ocorrendo entre os Atos (fases), completando o que a gente vê jogando. Isso cria um formato inédito nos games, onde o jogador realmente precisa pegar a pipoca e o refri pra ver mais um episódio da série, antes de continuar no jogo. Tanto a série quanto o game não funcionam sozinhos, então não pense que a série é um extra, pois na verdade é parte importantíssima do próprio jogo.

Não é algo como Metal Gear Solid 4 que tinha sequências não interativas a todo momento e o jogador não sabia quanto tempo teria que esperar pra jogar novamente. Aqui o jogador tem até um player a sua disposição. 

Controlando o tempo

quantum-break-analise-05

Sem dúvida alguma, Quantum Break não inventa a roda, mas é um ótimo jogo de tiro com elementos diferenciados. Podemos usar coberturas para atirar nos inimigos, como fazemos em Gears of War e Uncharted. Não é necessário apertar nenhum botão para que Jack se esconda e não tome saraivadas de tiros na cara, ele mesmo reconhece que há um muro a sua frente e se abaixa.

Mas a graça está mesmo é em usar os poderes de controle de tempo que Jack possui. Ele pode criar uma bolha ao redor dos inimigos e atirar nela, fazendo com que uma onda de energia venha a explodir nos mal feitores. Pode se esquivar e ao mesmo tempo tornar o mundo a sua volta em câmera lenta, criar um escudo de energia para se proteger e muito mais. A jogabilidade sai de um jogo de tiro “ok”, para um jogo de tiro frenético, diferente, bem viciante e que sem dúvida bebe da fonte da experiência que a Remedy tem com Max Payne, que tem como característica mais forte o uso do bullet time e câmera lenta.

Cada novo encontro com os inimigos você passa a traçar mais estratégias, ainda mais que cada um dos poderes possui uma recarga independente. Então, você pode ir fazendo combos de poderes até derrotar todo mundo. Mas não pense que será fácil, pois alguns inimigos são imunes aos poderes de Jack e só podem ser derrotados após muito custo ou ataques por trás. Cabe ao jogador conseguir identificar cada tipo de inimigo durante o combate para criar a sua investida.

Visual e som de primeira, com um custo

quantum-break-analise-02

Um dos pontos mais positivos de Quantum Break é seu visual, pois os personagens são idênticos às suas contra partes reais, criando uma transição fácil entre o jogo, as cenas não interativas e a série. As feições dos personagens são muito verdadeiras, criando um bom nível de imersão.

Os cenários estão excelentes, mas para manter o visual em alta, o jogo usa de recursos até velhos, como algo desmoronando ou portas que emperram para que não seja possível retornar até uma das áreas anteriores. Então, não espere por um mundo aberto ou liberdade para voltar para o início de uma fase. No entanto, os efeitos das viagens no tempo criam momentos únicos em que os cenários do jogo se comportam de uma forma totalmente diferente do que já vimos em outros jogos, como se o tempo fosse quebrando em determinados pontos. Existem cenas que eu parava e ficava imaginando como era possível aquilo ter sido reproduzido em tempo real no game,

História e narrativa muito bem produzidas

quantum-break-analise-07

Apesar da jogabilidade insana, dos gráficos incríveis e do som lotado de músicas animais, o grande chamativo de Quantum Break é a história e a forma que ela é contada. Como a base do jogo são as viagens no tempo, é um assunto que gera muitas teorias e o próprio game vai jogando isso pro jogador através de e-mails, documentos, notícias no rádio e muito mais.

Então, para entender realmente Quantum Break, é preciso ler muito, explorar bastante e tentar encontrar o máximo possível dos colecionáveis, juntar tudo e criar a sua teoria.

As Bifurcações e suas consequências

quantum-break-analise-04

Quantum Break possui alguns momentos de grande decisão, que são as bifurcações. Esses momentos acontecem logo após completarmos algum arco (que geralmente é dividido em 3 ou 4 fases) e o jogador é colocado na berlinda, tendo que tomar decisões baseadas na ética. Cada decisão influencia na história do jogo e da série, fazendo valer a pena uma nova jogada ou retomar a jogatina a partir de alguma das bifurcações. Até os documentos, os assuntos tratados nos e-mails, personagens que lhe acompanham, tudo está apto a mudar caso você tome uma ou outra decisão.

Esse sistema de escolhas não é novo, é possível ver em jogos como The Walking Dead da Telltale, mas a maneira que a Remedy aplicou para influenciar na série e no jogo é bem interessante e deve ser usado em mais jogos no futuro.

Conclusão

Com ação incrível, poderes empolgantes, jogabilidade insana e estratégica, a grande novidade de jogo + série da Remedy consegue encontrar o equilíbrio entre jogar videogame e assistir a uma boa história na TV. Apesar de sensacional e muito bem produzida, com um elenco de peso, a série deixa muitas pontas soltas, poderiam ter explorado mais alguns personagens, mas como um jogo Quantum Break consegue ser destruidor. Se você tem um Xbox One ou PC, precisa jogar Quantum Break agora!

https://www.youtube.com/watch?v=eU17_kd-e4w

Compartilhe

LIVES

TODOS OS DIAS

O melhor conteúdo do mundos dos Games para você! São LIVES diárias com os melhores jogos de luta, Últimos Lançamentos, Notícias, Temporadas da “Guerra das Torres (Mortal Kombat)” e da “Guerra das Ruas (Street Fighter)” com os melhores players do momento e muito mais! É só colar e mandar aquele “Salve”