Análise | Raiders of the Broken Planet – Ambicioso e divertido, mas incompleto e confuso

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Cada vez mais os shooters em terceira pessoa se destacam por seu aspecto social, eis que a MercurySteam decide focar seus esforços em Raiders of the Broken Planet. O título seria então sua nova promessa de jogo duradouro. Sua premissa envolve uma mistura de trabalho em equipe, habilidades especiais, muito tiroteio, chefões absurdos e ondas intermináveis de inimigos. Há quem diga que essa seja a fórmula geral para um bom jogo. No caso de Raiders of the Broken Planet, seu pior pecado talvez esteja em seu formato.

Mas vamos lidar com a questão desde o início, já que há alguns pontos que temos que discutir.

Uma jornada interplanetária

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Em Raiders of the Broken Planet não há um protagonista definido. Mesmo que o capitão da equipe de caçadores tome a frente na maioria das vezes. O jogador possui a disposição todos os integrantes da equipe e pode utiliza-los em qualquer uma das missões da campanha.

A trama do jogo consiste na busca dos Raiders por uma maneira de ter acesso ao Planeta Despedaçado e seus recursos sem que caia nas mãos de outras facções galáticas. Até então tudo parece muito simples, mas conforme o tempo passa, parece que os eventos tendem a se perder em sua própria linha de raciocínio. Dado o fato de que a campanha do game é divida em partes, os acontecimentos fazem com que o jogador fique sem entender o que está acontecendo.

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O fato da história do jogo não ter sido disponibilizada de uma vez – como estamos acostumados – pode significar um problema para o público. A primeira campanha Alien Myth é simplesmente curta demais para suprir a vontade de continuar jogando. Apesar do padrão de missões estabelecido ser fácil de ignorar, a falta de aprofundamento é o que chega à desanimar.

O que “realmente importa”

Mas se a campanha não chega a agradar tanto por enquanto, a ação frenética e as ondas de inimigos intermináveis servem como uma boa distração. Raiders of the Broken Planet é perfeito para jogar com os amigos, dado o fato de que cada habilidade extra em uma missão se prova extremamente valiosa.

O game possui um estilo assimétrico de shooter sci-fi, onde sua maior proposta é a jogatina 4v1. Os jogadores são capazes de montar equipes diferentes com personagens que se complementam. Apesar de poucos, os personagens já lançados são deveras interessantes e cada um possui suas peculiaridades mecânicas.

Cada personagem faz parte de uma classe subdivida no jogo. Existem atiradores de elite, personagens mais “parrudos” para suprir dano e até mesmo furtivos. A variedade tanto no aspecto visual de cada integrante quanto em suas habilidades mostra que a Mercury está visando diferenciar o leque de opções em seu título. O combate corpo-a-corpo também é outro grande destaque dos personagens. Além de ataques, é possível realizar execuções devastadoras.

Os inimigos alternam entre desafiadores e robôs ou soldados simplesmente “burros“, enquanto que os chefões do jogo conseguem se tornar um grande pé no saco em alguns momentos.

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Parece interessante, mas continua faltando alguma coisa…

O fato do conteúdo ser limitado pelas próprias atualizações faz com que à primeira vista Raiders of the Broken Planet deixe à desejar. Mas esse não chega a ser um caso tão crítico.

À medida em que o restante da campanha do jogo é lançada, novos personagens também serão disponibilizados e com isso o conteúdo será rotacionado. Quando solo, o título da MercurySteam mostra-se desafiador, com inimigos que causam dano absurdo. Inclusive, há chefões e até inimigos comuns capazes de executar o jogador em um só golpe.

Aventurar-se pela galáxia acaba se tornando um trabalho complicado – e as vezes ingrato.

Quanto ao cenário do jogo, a desenvolvedora investiu forte em lugares que mesclam a presença da cultura espiritual presente no universo e o contexto científico do jogo. Existe uma espécie de atmosfera única e que poderia ser melhor explorada. Talvez fosse o caso de mapas maiores, já que os cenários podem parecer “apertados“.

Talvez seja muito cedo para uma opinião conclusiva

Divertido, ambicioso e até mesmo cativante para aqueles que gostam de um bom tiroteio e ação científica. Mas, infelizmente pouco aproveitável. Raiders of the Broken Planet sofre com a falta de conteúdo adicional em seu lançamento, o que faz com que o investimento no jogo pareça algo que não compensa.

Atualmente o título deve render em torno de 3 a 4 horas caso o jogador queira retornar a campanha em outras dificuldades. Com relação à mecânica de Raiders, o jogo não foge muito ao padrão de correr, atirar e usar habilidade, o que faz com que seja fácil de se adaptar.

É complicado definir especificamente uma nota para algo que está incompleto de forma proposital. Por enquanto Raiders of the Broken Planet não parece fazer jus ao investimento à longo prazo. Eu particularmente pretendo acompanhar o restante do jogo à medida que as novas campanhas serão lançadas. A história é interessante, mas é necessário colocar a paciência a prova para desfrutar do novo jogo da MercurySteam.

Raiders of the Broken Planet já está disponível para Xbox One, PS4 e PC. O capítulo Prologue pode ser adquirido de graça nas lojas das respectivas plataformas.

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