Análise: Resident Evil Revelations 2 – Episódio 1: Colônia Penal

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*Atenção: O review abaixo é apenas do primeiro episódio do jogo. Os demais serão disponibilizados toda semana, conforme o lançamento oficial de cada episódio. Fique tranquilo que separaremos nossas impressões gerais dos spoilers 😉

Resident Evil foi um sucesso enorme de crítica e público até a mudança drástica que aconteceu na quinta versão da série. Logo depois Resident Evil 6 foi um fiasco e colocou em dúvida a qualidade da franquia a partir dali. Então, a Capcom lançou um novo jogo para o 3DS e penso que nem mesmo a desenvolvedora conseguia imaginar o quanto Resident Evil Revelations era bom e nos lembrava da época de ouro da franquia. Posteriormente o mesmo game foi lançado para PS3, Xbox 360 e PC com gráficos melhorados, controles ajustados para os consoles de mesa e o sucesso só continuou. Então ao invés de fazer um Resident Evil 7, porque não continuar o spin-off que tem mais cara de Resident Evil do que a própria série hoje em dia?

Foi o que aconteceu! Resident Evil Revelations 2 foi lançado na última terça-feira, 24 de fevereiro, e tenta continuar na mesma linha de seu antecessor com um jogo mais focado no terror e no suspense com todos os elementos do Survival Horror, gênero que ele mesmo popularizou em 1996. A diferença aqui é que, pela primeira vez na história da franquia, o jogo é dividido em capítulos lançados separadamente. Apesar de o primeiro RE Revelations também ser dividido em episódios como uma série de TV para contar sua narrativa, todo o conteúdo do jogo foi lançado de uma vez. Em Revelations 2 a Capcom tenta entrar no mesmo barco da Telltale, dividindo o jogo em episódios. Com quatro capítulos da história principal e dois extras, teremos Resident Evil Revelations 2 durante um mês inteiro.

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O jogo se passa entre Resident Evil 5 e 6 e resgata dois grandes nomes do universo de Resident Evil: Claire Redfield e Barry Burton. O game então se divide em duas histórias interligadas, sendo a primeira delas com Claire e Moira, filha de Barry Burton. Durante uma confraternização na Terra Save, uma organização que ajuda regiões afetadas por armas biológicas pelo mundo da qual Claire faz parte e Moira estava em seu primeiro dia, as duas são levadas por pessoas altamente armadas e desconhecidas. Claire então acorda dentro de uma sela em um lugar que parece uma prisão e percebe que há uma pulseira em seu pulso, ao mesmo tempo que a sela se abre. Ao sair, ela ouve Moira e todo o seu jeito maluco de ser gritando, querendo também ser libertada. As duas partem em busca de saber onde estão, como foram parar ali, o que quer dizer essa pulseira e como vão conseguir voltar pra casa. Além disso, uma voz misteriosa teima em falar com elas sobre como o medo pode influenciar em suas decisões e ações a todo momento, lembrando muito o filme Jogos Mortais, mas de uma maneira mais leve, demonstrando que essa voz ou essa pessoa quer levar as duas até seus limites.

A segunda parte do primeiro capítulo nós jogamos com Barry Burton, o mesmo que ajudava Jill Valentine em Resident Evil (e tenho certeza que era ele também no final do terceiro jogo, pilotando o helicóptero). Barry vai até uma ilha misteriosa procurar por sua filha, Moira, mas ao chegar no local ele vê uma criança chamada Natalia, que começa a ajudá-lo em sua busca. A garotinha possui algumas habilidades, mas falaremos sobre elas já já.

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É possível alternar entre os personagens para explorar os cenários ou combater os inimigos, sendo Claire a pessoa que usa armas de fogo para derrubar as criaturas e Moira a moça da lanterna, que tem olhos de lince e encontra itens onde você menos espera. Quem jogou o primeiro Revelations vai perceber na mesma hora que Moira e sua lanterna substituem o detector de itens que havia no jogo anterior, virando uma tarefa mais rápida e divertida. Na história de Barry ele é o homem do chumbo e Natália além de encontrar itens escondidos – na mesma função de Moira, também pode sentir a presença de inimigos mesmo através de paredes.

Um Resident Evil para a nova geração! Mais ou menos…

O visual do jogo, apesar de rodar em 1080p e 60FPS nos consoles da nova geração, utiliza a mesma engine dos últimos games da franquia, que já demonstra uma certa idade com texturas com menor número de detalhes, modelo de personagens com bons detalhes mas são mais simples se comparados com jogos mais recentes, mas em nenhum momento compromete a experiência. As dublagens continuam com a qualidade de sempre e os efeitos sonoros são excelentes, ajudando a manter o clima de suspense no mesmo nível do primeiro Revelations e dos primeiros jogos da franquia. Você sente um certo medo, talvez uma aversão aos inimigos, e definitivamente o jogo assusta. Mas claro, não chega nem perto de jogos como The Evil Within, Outlast ou P.T. e sinceramente, não acho que essa seja a intenção dos produtores. Apesar de ter os elementos de terror, as cenas de ação e batalhas característicos de Resident Evil continuam aqui.

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Com Claire, o jogo se parece muito com o primeiro Revelations, enquanto que com Barry as coisas mudam um pouco, já que você anda mais esgueirado, tentando encontrar o inimigo antes que ele te encontre. A jogabilidade nessa hora é totalmente inspirada em The Last of Us e apesar de não possuir a mesma profundidade, ficou bem legal. Barry já começa muito bem armado, mas logo o jogo lança mais desafios ao ponto de realmente você usar todo o poderio bélico do personagem.

A história parece manter a qualidade dos outros jogos da série, apesar de ainda a maior parte dos mistérios estarem guardados para os episódios seguintes. Imagino que a partir do segundo as coisas esquentem ainda mais, já que o final do segundo episódio irá representar a metade do jogo completo. Os novos personagens como Moira e Natalia trazem diversas possibilidades para a narrativa e no primeiro episódio isso bem construído e explorado. Torço para que de alguma maneira tenhamos mais personagens conhecidos para realmente nos sentirmos dentro de um jogo da franquia Resident Evil.

Enquanto esperamos pelo segundo episódio, existem modos online para aumentar a longevidade de Revelations 2, como o modo RAID em que você entra em cenários específicos e enfrenta hordas de inimigos. Seus records vão sendo computados e comparados com os de outros jogadores, onde todas as notas possuem alguns critérios para serem definidas. Para quem gosta de jogar com os amigos, existe também a opção de jogar com a tela dividida em um modo co-op local.

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De uma maneira geral, mesmo nos consoles da nova geração, Resident Evil Revelations 2 não parece com uma evolução da série, mas sim um jogo que usa muito bem as mecânicas que Resident Evil estabeleceu até hoje, com influências de outros jogos mais recentes. O primeiro episódio não vai muito além na história, mas nos situa ao ponto de nos prender, cria aquela sensação de curiosidade e de espera pelo próximo episódio, além de querer saber mais sobre a trama, principalmente após o final deste primeiro episódio. Apesar de tecnicamente não ser perfeito, Resident Evil Revelations 2 consegue manter o legado do primeiro Revelations e de toda a série Resident Evil. É a afirmação que a Capcom está ouvindo os jogadores e está se esforçando para colocar a série nos trilhos e a esperança para que Resident Evil 7 seja um jogo muito diferente do que foi o 6. Sinceramente não achei o 6 tão problemático assim, ele me divertiu bastante, porém é fato que a essência da série se perdeu e sinto isso ao jogar Revelations 2 e o Remake em HD do primeiro jogo. Estes sim são verdadeiros jogos da série Resident Evil.

Terça, dia 3 de Março você confere o review do segundo episódio, onde vamos dividir toda a parte técnica do jogo dos spoilers, pra que você não leia nada que comprometa a sua experiência. Então, até o próximo episódio de Resident Evil Revelations 2!


Galeria de imagens e trailer de Resident Evil Revelations 2

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4 respostas

  1. Apenas li a respeito e assisti a gameplays (mas foi bastante coisa). Mas, acredito que no quesito Gráficos (se for levar em conta a nova geração), Experiência (por hora não vi nada muito diferente dos últimos residentes, ou algo novo que seja ‘muito interessante’) e talvez Replay, até foram bem generosos nas notas, hehe
    0/

    1. Grande Oscar! Cara, você chegou a jogar o Revelations 1? Sinceramente, o gráfico não é ruim, porém nada espetacular e a nota reflete que ele faz bem seu papel, até por ser um jogo episódico. Normalmente esses jogos possuem gráficos bem abaixo da média e Revelations vai na onda dos jogos da Capcom, na mesma qualidade.

      A experiência é muito boa, principalmente por poder jogar com duas duplas de modo separado e o modo RAID. Se está em dúvida em jogar, gostou do Revelations 1 e gostava dos RE antigos, pegue sem medo, até porque o preço ajuda bastante nessa decisão.

      Valeu pelo comentário! Abraços!

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