Análise | Shiness: The Lightning Kingdom se prende em sua eterna sensação de ‘nostalgia’

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À primeira vista, ao olhar para arte seja da capa ou de qualquer publicação relacionada, o que você pensa ao se deparar com os personagens presentes na trama de Shiness: The Lightning Kingdom? Por reflexo – ou talvez instinto – eu acabei ficando tanto curioso quanto entusiasmado, talvez porque o formato da arte apresentada para os personagens seja similar aos do estilo mangá, fazendo uma breve alusão à tempos remotos e esquecidos da minha linha cronológica, onde reinavam títulos japoneses de RPG. Consequentemente fiquei curioso para descobrir o que a Focus Home Interactive teria a nos oferecer através do game, e o resultado, você confere na análise que se encontra bem aqui abaixo!

“Rapaz, isso aqui tá maior do que eu imaginei”

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Apesar de parecer simples e até mesmo dar a impressão de algo pouco duradouro, Shiness: The Lightning Kingdom se mostra muito maior em questão de seu universo e até mesmo de sua trama, ao longo de uma campanha que se prova extensa à medida que o jogador aumenta seu progresso com os personagens.

A ideia central do game coloca os personagens Chado e Poky, ambos da raça Waki, em meio à uma espécie de guerra que já dura “15 ciclos astrais” entre diferentes raças – enquanto que ambos tentam chegar às Ilhas da Vida, seguindo caminho através das instruções de uma criaturinha mística conhecida como Shiness. Apesar de parecer simples, à medida que o jogador avança, descobre que há ainda mais tramas internas ocorrendo do que apenas estes dois problemas centrais apresentados, e isso o induz à continuar e explorar outros caminhos além dos promovidos pelo seu objetivo primário.

A jornada de Chado e Poky inicia quando a nave de ambos colide em um mundo jamais explorado por eles, e à partir daí, o jogador é introduzido a outros personagens que se juntam à sua equipe, e tornam-se peças chave na trama – tanto na viagem dos protagonistas, quanto na guerra contra os Adoryans. Por se tratar de um RPG cuja base possui grandes inspirações em  franquias já conhecidas do gênero – tais como Final Fantasy – o game desempenha um bom papel ao entregar ao jogador uma história não só empolgante, como também a executa de forma dinâmica, ao apresentar trechos da história em formato de tiras de um exemplar de mangá.

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Tantos combos quanto menus e status

Apesar de ser classificado especificamente como um RPG, o sistema de batalhas de Shiness funciona à partir do confronto direto – sem a presença da clássica troca de turnos. Durante um combate, o jogador poderá assumir o comando de todos os 3 personagens de seu grupo (sendo 3 o número máximo de integrantes simultâneos presentes durante o combate e a exploração), enquanto que realizará combos que variam desde ataques físicos à combinações que usufruem da energia dos personagens. Outro detalhe da dinamicidade dos confrontos, é o fato do jogador ter de se atentar à uma espécie de barreira fixada que delimita a área do confronto. Esta barreira serve para que o jogador possa recarregar a energia de acordo com o elemento representado pela cor da mesma, o que garante que seja possível executar diversas conjurações durante o embate.

De fato, o sistema de batalhas é o principal atrativo do título, pois à medida que o jogador avança na história, é possível liberar novos e devastadores ataques, além de múltiplos feitiços que se provam úteis em diversas situações. Mas como nem tudo é um mar de rosas, o processo para se adaptar à todo esse sistema pode ser um pouco demorado – e as vezes frustrante.

O jogador precisa lidar com diversos menus diferentes cujo o objetivo é delimitar não apenas os combos sequenciais, como também atribuir cada tipo de ataque à cada categoria especifica, fazendo com que a customização acabe se tornando algo tedioso durante as primeiras horas de jogatina.

Fórmula nostálgica

A combinação entre gráfico e trilha sonora criada pela Focus Home consegue se destacar como um dos maiores aspectos do título. À partir do momento em que fui apresentado à tela de início, e quando enfim iniciei minha aventura após algumas cenas, me senti como se estivesse visitando um RPG feito em meados de 2003. De certa forma, é quase impossível não sentir como se todo o ambiente – por mais diferente e atual que seja – fosse familiar, causando uma grande sensação nostálgica que há muito talvez não sentimos em um título do gênero.

Muito do que é visto, as vezes no cenário ou até mesmo algum detalhe dos personagens, pode facilmente arremeter à lembranças de qualquer outro título – RPG – que fosse de PS2, pois de fato, a sensação de nostalgia torna-se indescritível, ampliada com o uso gráfico do cel shading em cenários bem decorados e com cores vibrantes.

Olhando em baixo do sofá

Contudo, antes que você fique empolgado, devo-lhe alertar, existem alguns probleminhas que também se destacam por aqui. Infelizmente alguns aspectos técnicos acabam por deixar à desejar em situações onde o game supostamente deveria se consagrar.

A câmera durante a tela de combate tende a não ajudar, por facilmente ser ofuscada por algum detalhe do cenário – sendo uma tarefa árdua manuseá-la em determinados momentos ou cenários. Outra grande frustração (e que se não me engano eu já citei, mas vou citar por via das dúvidas), é o fato do jogador perder um certo tempo considerável para se adaptar aos diferentes tipos de menus e suas formas de navegação. Sério, existem colunas que até poderiam ser dispensadas.

Comandos referentes à exploração também não contribuírem totalmente para uma experiência mais agradável. Como experiência pessoal, houveram algumas boas vezes em que ao tentar executar um simples salto, o personagem não percorria a distância certa, mesmo sendo da mesma proporção que o salto base de cada personagem. E por fim, mas não menos importante, existem muitos confrontos contra chefes em que os mesmos conseguem distribuir ataques absurdos ininterruptos por todo o cenário, enquanto que sua única opção se torna sentar e chorar em posição fetal, enquanto observa seu personagem ir à óbito – ou usar muitos itens de cura durante o confronto, e receber uma nota horrível pela pontuação perdida.

E o veredito é…

Apesar dos problemas técnicos e do tédio que muitos dos diálogos presentes no game poderão causar, Shiness: The Lightning Kingdom serve como uma boa inspiração para aqueles que buscam JPRG’s um pouco mais conceituados, ou até mesmo “clássicos” – e que tenham uma certa paciência, principalmente aos donos do Xbox One que possuem poucas opções neste gênero. Se deixadas de lado as adversidades em função de comandos e outros empecilhos, é possível se aproveitar bem da ótima narrativa e do sistema de combate que permanece com uma premissa deveras interessante.

O game já está disponível com versões para Xbox One, PS4 e PC.

 

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