Análise: The Division é complexo, viciante, arrojado e ao mesmo tempo repetitivo

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Desde que World of Warcraft dominou as jogatinas no PC com um game infinito, pra jogar com os amigos e cheio de possibilidades, o modelo de negócios dos MMO’s se expandiu, caiu na graça do povo, mas mesmo assim teimava em não invadir os consoles. Então, a Bungie largou mão de Halo e da Microsoft, se aliou a Activision e nos trouxe Destiny, um jogo que bebe de todas as fontes dos MMO’s, com um apelo absurdo que vai de encontro com o público harcore dos consoles.

O modelo deu certo, Destiny é um dos jogos mais jogados e lucrativos da atual geração. Vira e mexe a Bungie traz mais conteúdos, RAIDs e missões para o jogo. O sucesso abriu os olhos de empresas gigantes, dentre elas a Ubisoft, que paralelamente também desenvolvia o seu MMO com jogabilidade de grandes títulos focados nos videogames, que desde 2008 estava em produção e em 2013, durante a E3 daquele ano, o jogo foi finalmente demonstrado, deixando a platéia e quem assistia a apresentação de casa simplesmente babando.

O que pega em Nova York?

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Durante a Black Friday, um dos eventos mais badalados dos Estados Unidos – que o Brasil tenta imitar sem muito sucesso -, uma pandemia se espalhou através de notas bancárias, deixando Nova York reduzida ao caos. Todos os serviços básicos começaram a falhar e a população se vê perdida na rua, sem comida, água, medicamentos e afins. Cabe a você, um dos agentes da “The Division”, tentar manter a ordem e atender aos pedidos do Presidente dos Estados Unidos, de salvar o que resta.

Já deu pra ver que a missão não é fácil, vai exigir muito de seu personagem, que pode ser criado logo no começo do jogo com a aparência que você desejar (sem a profundidade da criação de personagem de Fallout 4, mas atende bem). A história, que não é o forte do jogo e serve apenas de plano de fundo, leva o jogador a encontrar diversos inimigos que estão por trás do vírus, ao mesmo tempo que mantém Nova York de pé com o que sobrou dela.

O jeito Ubi de ser

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Quando anunciado, The Division chamou muito a atenção pelo visual. É fato que o jogo, em seu lançamento, não possui o mesmo gráfico apresentado na E3 de quase três anos atrás, o que é desapontante, seja por parte da Ubisoft ou da atual geração, que não consegue reproduzir o visual que as desenvolvedoras prometem nos estágios iniciais de desenvolvimento. No entanto, apesar de as promessas no quesito visual terem sido cumpridas pela metade, The Division é um colírio pros olhos.

Algumas coisas não estão de acordo com a qualidade geral técnica visual do game, como objetos que atravessam paredes ou demais objetos do cenário. Mas no geral, tanto nos consoles, quanto no PC, The Division é muito bonito, mesmo que esteja longe do que a Ubisoft prometeu. Apesar que já deveríamos estar acostumados com isso.

Mundo aberto cheio de missões – Sem as Ubitowers

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The Division possui um mundo aberto cheio, lotado, abarrotado de coisas pra fazer. Isso é ótimo em jogo que possui elementos de RPG, pois a cada nova missão ou tarefa realizada, o jogador adquire pontos de experiência que serão muito úteis no futuro. Temos de tudo, desde missões principais, secundárias, os ecos que mostram acontecimentos nas ruas de Nova York e muito mais.

Tudo isso é embalado pelo visual do jogo, carregado de destruição em meio ao inverno americano que inunda as ruas de neve, com carros destruídos, batidos, abandonados e que agora só servem de barricada para os tiroteios entre as gangues inimigas e os agentes da The Division.

Os 3 pilares da evolução

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Alguns minutos após o início do jogo, somos apresentados ao QG da divisão, onde logo de cara a gente já consegue ver que as coisas não vão muito bem. A ala médica, de segurança e de tecnologia estão desativadas e cabe a você encontrar cada um dos responsáveis por elas em missões específicas para cada um.

Ao botar tudo no ar, a evolução do jogo se baseia totalmente nessas três alas, com cada equipamento possuindo vantagens e desvantagens para a saúde de seu personagem, equipamentos que ele carrega e capacidade de usar aparatos tecnológicos.

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No mapa, é possível jogar missões que também são específicas para cada uma das alas, que lhe dão pontos para evoluir e aumentar cada uma delas. Ao realizar uma missão que possua o ícone da ala médica, você pode ganhar pontos para habilitar mais um espaço para carregar med kits, como consequência de seu “investimento” em determinada parte da ala que não estava ativa ou que evoluiu.

Este sistema lhe garante que, além de aumentar o level do personagem, você também deixe o seu QG mais forte. Além disso, temos também a evolução das armas, que podem ter equipamentos que melhoram seus atributos instalados nelas, criando uma necessidade de se jogar cada vez mais em busca de peças que possam ser úteis e levels para que seja possível portar determinada arma. Acredite, The Division é complexo – pro lado bom – e vai fazer você ficar no menu de equipamentos por bastante tempo.

Prepare-se para o local mais perigoso de Nova York

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Tá certo, você já tem uma ideia de como The Division funciona se você leu até aqui. Mas ainda existe mais um chamativo, a Zona Cega – ou Dark Zone. Aqui, o jogo muda completamente, seus levels são outros, existem armas específicas que só podem ser conquistadas aqui e muitos suprimentos também. O que pega é que na Dark Zone, que é um local que foi dado como perdido e que possui os inimigos mais perigosos do jogo, tudo está tão contaminado que precisa ser extraído do local de forma especial, usando um helicóptero. Mas é aí que mora o perigo e toda a estratégia do jogo, já que na Dark Zone é que você vai realmente conseguir evoluir o seu personagem.

Pra começar, nunca vá até lá sozinho ou se o fizer, trate de fazer amizade com alguém. Andar em grupo é a opção mais sensata pra você que quer se dar bem por aqui, pois a qualquer momento o game se torna um PvP frenético, traiçoeiro e desmedido. Todo mundo quer o que você conquistou, e mesmo quando você chama um helicóptero não estará seguro, nem mesmo com seu amigo do lado. Há qualquer momento ele pode se tornar um traidor, pegar seus itens e te deixar rastejando pedindo por ajuda. Simplesmente não confie em ninguém.

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As vezes esse formato de jogo da Dark Zone dá nos calos, pois os traidores podem surgir de todos os lugares. Mas você pode tirar vantagem disso, simplesmente caçando todos eles. No mapa, cada um dos traidores é demonstrado com uma caveira vermelha e seu nick name também fica em destaque. Então, ao invés de dar bandeira para eles, trate de eliminá-los!

A estratégia é simples: veja se o cara está sozinho, qual o seu level e se você achar que aguenta com o indivíduo, o caçe. Chegue de surpresa, pegue-o desprevenido e ao derrotá-lo, ganhe recompensas como um homem da lei que não admite que exista traidores na Divisão.

As mesmas missões e inimigos Bob Esponja

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Tudo em The Division é bastante empolgante, mas tem horas que fica bem repetitivo. Os pontos de interesse do mapa trazem muitas missões, todas bem semelhantes e por diversas vezes você tem que andar muito pra chegar até cada uma delas – bem que poderia ter um DLC com uma bicicleta que já ajudaria rsrs -. Mesmo assim, o sistema de level é tão completo e recompensador, que mesmo sabendo como será a missão seguinte, você acaba jogando mais uma. O problema é que se torna massante caso você não esteja preparado para enfrentar uma horda de inimigos, apertar um botão, enfrentar outra horda com coletes mais fortes e por fim, uma nova horda que traz um inimigo mais forte com ela, como um chefe. É como um ciclo, em todas as missões, com inimigos sempre muito parecidos uns com os outros. Talvez o grande desafio da Ubisoft para manter The Division interessante por mais tempo seja justamente ter inimigos diferentes e chamativos, algo que em Destiny, por se tratar de aliens e personagens mais fantasiosos, fica mais fácil de fazer.

Tudo é bem parecido e a falta de uma história realmente empolgante também acaba criando um clima maçante. Os inimigos insistem em não cair, mesmo com muitos tiros, o que também pode gerar um estranhamento. No entanto, se lembrarmos que The Division se trata de um RPG, é mais do que normal que os inimigos precisem tomar muito dano para, então, tombar. Porém, como estamos enfrentando humanos e sabemos o que uma bala bem dada na cabeça pode causar, até o mais defensor do jogo há de admitir que soa estranho descarregar um pente de 30 tiros de fuzil na cabeça de algum maluco e o cara continuar de pé, tranquilão e favorável.

Conclusão

The Division é uma das melhores cartadas da Ubisoft nos últimos anos. Uma nova IP, diferente do que estamos acostumados, com uma jogabilidade em terceira pessoa a lá Gears of War e um sistema de evolução viciante. No futuro, tudo pode ficar ainda melhor com mais Raids, missões, expansões e conteúdos extra, mas já em seu lançamento The Division é um grande jogo. Fora a repetição, que talvez nem chegue a te irritar, tudo funciona muito bem e faz deste um dos principais jogos da geração, principalmente pensando no custo benefício, já que conteúdo e missões não faltam, além de tudo que ele traz jogando online. A Dark Zone é a cereja do bolo, uma ótima ideia para gerar duas formas de se jogar o mesmo game. Sem dúvida alguma, vale o seu investimento.


 

Galeria de imagens: The Division

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6 respostas

  1. The Division é um ótimo game! Porém os servidores da bugsoft são muito instáveis…nem dá para jogar as vezes.

    1. Passo por poucos problemas desse tipo, mas no início, logo que o jogo chegou pra gente, perdi o save duas vezes por quedas do servidor. Depois normalizou e não tive mais problemas. Qual a plataforma que você joga?

      1. Eu jogo na plataforma PC, fiquei uns dias sem jogar, quero retornar hoje, ainda estou no level 20, se quiser me adc na Uplay depois: allissonsamin.

  2. Ainda não joguei o game, mas a julgar por outros games que, a época do seu lançamento, também receberam uma enxurrada de elogios, criticas, etc (como por exemplo Last of us, Watch Dogs, etc), não dá pra se empolgar tanto assim com esse The Division.

    A principio, o game não traz assim nada de tão revolucionário e interessante (pelo menos..eu acho), além de exibir uma temática até bem comum em outros games (o fim do mundo, epidemia, virus, blá blá blá). O proprio The Last Of Us experimentou isso, até ganhou uns premios por ai, mas…já parece ter caído no esquecimento. Frustrante.
    Espero que o tédio não tenha se instalado entre as grandes desenvolvedoras de games…

    Contudo, também espero poder retornar aqui após jogar o game, pra poder postar comentários positivos em relação à experiência com o game.

    Abraço.

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