ATENÇÃO: O texto a seguir possui spoilers dos episódios anteriores e do episódio 10 da 5ª e última temporada de Bates Motel. Se você não assistiu ou pretende assistir, recomendamos conferir antes de ler esta análise.
Depois de cinco anos no ar, Bates Motel chega ao seu fim. Criado por Carlton Cuse, Kerry Ehrin e Anthony Cipriano, o seriado tinha como foco contar a história de Norman Bates, psicopata do clássico filme de terror de 1961, Psicose. A trama gira em torno da família Bates, que vive em um local pacato da cidade White Pine Bay, em Oregon, se tratando de um “prequel” do filme para mostrar mais da infância do cômico personagem que sofre psicose.
Foi um total de cinquenta episódios divididos em cinco temporadas, produzido pela Universal Studio e exibido no canal norte-americano A&E. No Brasil a transmissão ficou nas mãos da própria Universal em seu canal por assinatura.
Mas e agora? Será que o final atendeu as expectativas? O seriado concluiu de uma forma que se conectava ao filme? Todas essas questões serão respondidas nesta análise, vamos por partes e vem comigo!
O que aconteceu?
Depois de tanto suspense e foco na vingança de Romero a Norman, eu esperava no mínimo um encontro impactante acompanhado de uma briga digna entre os dois, mas infelizmente não foi nada disso. Romero viajou quilômetros de distância, fugiu da prisão, levou um tiro, roubou carros e dinheiro e até invadiu uma delegacia, um cara realmente determinado e focado no que iria fazer, no caso, matar o Norman. Mas não tenho palavras para dizer o quão impressionado e atordoado que fiquei ao ver que Romero havia sido morto da forma mais banal possível.
Um ex-xerife que parecia entender de tudo e de todos, sabia das medidas seguras e necessárias para cumprir sua missão de vida, morreu por Norman Bates ao ficar de costas para ele em uma floresta distante, gelada e escura. Ah! Para completar o pacote de burrice, deixou sua arma no chão, curioso não? Norman nem suou, bastou algumas pedradas na cabeça de Romero seguido de tiros da sua própria arma, porque havia deixado solto no chão enquanto chorava sobre o corpo de Norma. Que decepcionante…
A parte mais louca e interessante!
Uma das partes mais interessantes deste episódio final é as lembranças detalhadas e malucas de Norman após matar Romero, ele definitivamente havia ficado louco, ofuscando totalmente a realidade e vivendo em um mundo imaginário com sua mãe. A atuação de Freddie Highmore novamente ganha destaque aqui, não apenas neste episódio, mas em todo seriado. Sua atuação como Norman Bates é convincente e fantástica, a forma como ele conseguiu expor um personagem com dupla personalidade psicótica é de louvor.
A memória de Norman estava apagada, apenas mantendo lembranças de seu irmão Dylan. É como se a série estivesse começando tudo novamente. Um momento onde refletimos o quão preocupante é a situação de Norman, afinal ele estava foragido da polícia, mas após matar Romero, voltou a sua casa como se nada tivesse acontecido.
Personagens inutilizados de uma hora para a outra…
Nesta temporada tivemos diversos acréscimos de personagens, me sinto frustrado com a forma como tudo chegou ao fim para eles. A xerife Jane Greene que parecia ser de grande importância ao fim da série, foi colocada em segundo plano depois de tudo o que aconteceu, toda sua “responsabilidade” de justiça foi transferido ao Dylan que se negava a matar seu irmão. Voltando ao personagem Romero, outro que teve uma história e laço de relação totalmente independente dos demais, de um segundo ao outro, morreu da forma mais banal possível. Não podemos esquecer da Marion, interpretada pela Rihanna, que apareceu em pouco menos de três episódios e foi descartada da forma mais sem graça possível.
Isso dá a impressão de “fim de novela” onde “tudo é resumido, e tudo dá certo”, talvez Bates Motel precisava de mais uma temporada para trabalhar melhor os novos personagens?
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O final!
Depois de lutar contra a pena de morte de Norman, Dylan resolve dar um fim a tudo o que está acontecendo. O final ao menos foi apreensivo, criando um suspense onde o telespectador cria mil e uma teorias antes de chegar a cena final. Foi tenebroso ver Norma Bates morta e sentada na mesa de jantar, isso é comprovado até mesmo na reação de Dylan ao ver sua mãe, para finalizar é claro que tivemos a famigerada batalha até a morte de Norman com alguém contra a seus comportamentos, no caso seu irmão. Nada podia ser feito àquela hora, Norman estava louco o suficiente para determinar que apenas um sairia vivo daquela casa e no caso foi…. O Norman. O avanço para cima de Dylan fez com que ele não tivesse escolha a não ser disparar a arma em Norman.
Dylan ao menos não foi preso, foi um disparo em legitima defesa e com isso, apesar de ter ficado abalado com todo histórico de sua família e por ter a morte de seu irmão em suas mãos, ele conseguiu viver feliz com Emma e sua filha, demonstrado em uma pequena e feliz cena onde todos eles se encontram no centro de uma grande cidade.
Bates Motel nos garantiu inúmeras emoções, episódios recheados de suspenses e mistérios, se tornando uma das minhas séries favoritas, geralmente de um a dois episódios entre dez, cometiam erros. Um elenco escolhido a dedo, uma história focada nos personagens de Vera Farmiga e Freddie Highmore, ambos conseguiram cumprir seu papel de Norma e Norman. Mas este último episódio deixou a desejar ao comparar a qualidade de roteiro dos episódios anteriores que pouco decepcionava, tudo foi resumido de uma forma grotesca, largando muito potencial fora. E você o que achou do episódio? Escreva nos comentários!
E é aqui que deixo meu check-out no Bates Motel e nos vemos por ai! Até mais!
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