Crítica| A Múmia abre o “Dark Universe” com o pé direito

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A múmia é o mais novo reboot do personagem queque tanto demonstrou sucesso e potencial nos cinemas em várias épocas. O mais recente que acompanhamos, foi a trilogia que começou em 1999 com o ótimo filme A Múmia, obteve uma sequência sensacional em 2001 – O Retorno da Múmia, e fechou em 2008 com o desastroso A Tumba do Imperador Dragão.

Ignorando o terceiro filme, os dois primeiros são referências em filmes de aventura, ação e um humor sadio e cheio de sarcasmos bacanas e mensagens escondidas. Um filme que tinha Brendan Fraser como protagonista (Rick O’ Connel), o que na época funcionou absurdamente; Rachel Weiz (Eve) como a coadjuvante e Arnold Vosloo como o monstro. Pois bem, 9 anos se passaram e chegou a vez de Tom Cruise levar essa franquia poderosa em diante.

A Múmia

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Ao ver o trailer a minha primeira reação foi a descrença. Não sabia exatamente o que esperar, ou achava que sabia e não gostava da ideia. O fato de trazer uma múmia mulher era muito interessante, mas funcionaria nos tempos modernos e com uma narrativa similar ao que ocorreu no passado recente? A resposta para essas perguntas foram surpreendentes e tem tudo a ver com a ideia da produtora de trazer um Universo próprio, mas chegaremos lá.

A história de origem do monstro não foge muito daquilo que já conhecemos. A múmia, nesse caso a filha do faraó, o trai e é condenada a ser mumificada viva, ou seja, o famigerado destino pior do que a morte. Um ponto interessante é que dessa vez, eles aprofundam um pouco mais na mitologia Egípcia, a qual envolve o deus da morte, Set, crucial para as intenções da empresa. A parte interessante e um ponto de virada importante, chega quando estamos nos tempos atuais – que não cabe aqui dizer para não estragar a experiência-, mas a ideia que foi concebida e o jeito que passaram foi uma ótima surpresa. Em certos momentos você até consegue tecer teorias, que não são difíceis de chegar no denominador correto, mas não deixa de ser interessante.

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Na trilogia anterior, vimos a Múmia, Imhotep, com poderes sobrenaturais intensos e bem plásticos na telona, dessa vez, vimos um pouco menos do visual (ele ainda está lá, mas não tanto) e mais do mecânico voltado para o suspense/terror. As cenas da monstra – enquanto não completamente formada – traz referências de filmes de terror como O Chamado e outros do gênero, que tem como intuito causar aquele incômodo só de olhar. Destaque positivo para a atriz, Sofia Boutella – Ahmanet/A Múmia – que conseguiu cativar, entreter e causar o sentimento desejado no espectador.

A escolhas foram muito bem feitas, tendo momentos bem tensos, mas sem deixar a aventura de lado.


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O herói ou…

Tom Cruise foi contratado para protagonizar o filme e fazer o papel de “mocinho” e cá entre nós, o cara ainda tem muita lenha pra queimar. Não que alguém pudesse duvidar, pois o ator ainda faz filmes de ação como poucos, mas algumas cenas à lá Missão Impossível, nos fazem crer que não haveria outra escolha. Como muitos dizem por aí: “Ninguém corre como Tom Cruise“, acredito que deverá ser modificado para “Ninguém corre e nada como Tom Cruise“. O ator vive Nick Morton, um soldado sem escrúpulos que se vê em vários dilemas, mudando suas maneiras de pensar no decorrer do filme.

Ao lado do herói, há um personagem que encaixa muito bem para esse filme, que é a companhia de seu amigo, Vail (Jake Johnson), que ora chega uma forma, ora de outra completamente distinta, ambas funcionam. Sem contar que ele também está incumbido de ser o alívio cômico do filme, o que pode no início ser difícil de engolir, mas depois você quer vê-lo mais em tela. Vale citar o papel interessante de Jenny Halsey (Annabelle Wallis) direcionando as atitudes do herói e servindo como norte para a sua jornada.

O diretor, Alex Kurtzman, conseguiu direcionar muito bem a narrativa, deu um ritmo muito interessante para o filme, ao mesmo tempo que te deixa curioso com o que ocorrerá na tela, bem como traz referências de possíveis personagens que a Universal trará. Isso ainda vai gerar muitas teorias por aí.

Dark Universe

Esse filme da Múmia não funciona apenas como um filme solo, mas sim como o início de um projeto audacioso e com um potencial absurdo. Nos moldes da Marvel e da DC, a Universal quer reunir todos os monstros de grande sucesso que tem em seu poder, e trazer para as telonas com o intuito de formar um universo fechado e interligado.

Nesse primeiro, temos o conhecimento da Múmia e de Dr. Jekyll (Russel Crowe) – que tem cenas muito boas, diga-se de passagem -, mas em certos momentos do filme, podemos ver pedaços do monstro da Lagoa Negra, Crânio de um Vampiro (Drácula), e outros pedaços de criaturas que serão introduzidas no universo. Temos a confirmação de Johhny Depp como Homem Invisível, Javier Bardem como Frankenstein e, talvez The Rock como Lobisomen.

Claro que o filme não é perfeito. Algumas cenas de ação são forçadas para mostrar a verdadeira força do herói, ou até mesmo aquele romance quase desnecessário e que funcionaria bem melhor se não existisse, ou até mesmo casos onde sabemos que aquela piada podia ter sido melhor elaborada.

O momento final poderá ser visto de maneira equivocada, portanto entenda o seguinte: A Universal está criando o seu grupo de monstros, e esse filme funciona como ponto de partida, portanto, em um certo momento você poderá se incomodar com a direção que tomada, mas se pensar de uma maneira geral, conseguirá vislumbrar um futuro brilhante para essa nova era.


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Conclusão

A Múmia é o filme que dá o Start no Dark Universe criado pela Universal, e o faz com o pé direito. Alguns deslizes, ou coisas que seria por bem serem feitas de outra maneira, mas mantém ótimas atuações, cenas e efeitos especiais dignos, uma história que funciona bem solo, mas que tem uma responsabilidade enorme em criar um alicerce para o que está por vir e cumpre bem esse papel. Um filme super divertido e que com certeza te divertirá. Recomendo fortemente.

Trailer

 

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8 respostas

  1. Ué? Todo mundo falando mal do filme e nesse site dizendo que é bom, critica e leitores (na verdade pela quantidade de comentários que aparecem nesse site, acho que os leitores são os próprios criticos).
    Pois é, opinião é que nem bunda, cada tem a sua. Vou esperar sair no Now, daí eu assisto.

    1. Cara, nós, coincidentemente, acabamos discordando em muitas opiniões com a crítica nacional e internacional. O que posso te dizer é que essa é a minha opinião sincera. Respeito a sua de esperar sair no now, mas se vc der uma chance, acho que pode gostar.

      1. Pois é, depois de algum tempo os leitores estão confirmando que o filme não vale a pena, meu irmão assitiu e disse que é ruim. Acho que vou esperar é sair na “Tela Quente”.

    1. Ninguém apagou nada cara…seu comentário inicial continua aqui. E você diz que ninguém comenta baseado em uma matéria. Parabéns…

      1. Pois é, foi mal, no meu tablet acabou não aparecendo (acho que tá na hora de eu trocar de tablet).

        1. trocar de tablet?? kkkk o que isso tem a ver?? teu comentário mostra como apagado ali acima “Esse comentário foi apagado.”

          1. Na verdade depois do alerta do Ariel eu apaguei o 2° comentário que eu fiz, e agora aparece como apagado. O meu tablet está muito devagar e o refresh não responde corretamente.

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