Crítica | Death Note da Netflix – O que vale e não vale a pena no filme

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O que é uma adaptação boa para o cinema? Por muitas vezes nos pegamos julgando o que é ou não é uma obra adaptada. O cinema busca inspiração em diversas fontes, como livros, quadrinhos e até mesmo os mangás. Adaptar algo em um filme quer dizer que necessariamente há total liberdade para desvirtuar a ideia original ou precisa ser algo próximo da obra que o filme se inspira?

Essa é uma questão que provavelmente não exista resposta. Tudo gira em torno da qualidade final do filme, que precisa se posicionar efetivamente sobre que público ele pretende agradar e alcançar: os fãs ou o público geral. Death Note da Netflix parecia desde o começo não ligar muito pra quem viu o anime ou leu o mangá, mas foram essas pessoas que de tanto falar do filme nas redes sociais, atiçaram a curiosidade do público geral para um longa do serviço de streaming, algo que não lembro de ter visto acontecer com nenhum outro filme. Até agora, todo mundo falava apenas das séries da Netflix e, pelo bem e pelo mal, finalmente a plataforma consegue chamar a atenção para um filme. Ou seja, missão cumprida.

Onde Death Note da Netflix acerta?

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Sabendo que a ideia de Death Note da Netflix poderia não ser a história original do manga e anime em um filme, algo que as produções cinematográficas japonesas da Warner fazem muito bem, cheguei a conclusão que Death Note da Netflix é uma boa forma de quem nunca ouviu falar ou nunca se interessou pela história, de finalmente entrar neste universo. Conseguiram transformar o complexo e inteligente roteiro original em algo mais fácil de entender, o que com certeza não agradará nem um pouco quem já conhece a história, mas facilita para o público geral.

Apesar de ter os nomes dos personagens que já conhecemos, Death Note da Netflix é uma espécie de universo paralelo do mangá e anime, e mesmo que Ryuk não tenha a mesma personalidade que tinha antes, se transformando em um demônio que manipula o usuário do caderno, a parte visual do personagem e a atuação de Willem Dafoe ficaram ótimas. A corajosa ideia de trazer um L negro, totalmente diferente do que vemos na obra original, acaba se mostrando legal pela interpretação do ator Lakeith Stanfield, que fez bem suas pesquisas e incorporou o personagem de uma maneira convincente, até que o roteiro começou a acabar com tudo que ele construiu e o transformou em uma pessoa desesperada que executa ações e pensa depois.

Onde Death Note da Netflix erra?

Light não é, nem de longe, um personagem interessante como na obra original e talvez a desculpa pra que ele seja tão diferente é que, teoricamente, não se tratava do mesmo personagem do mangá. Light Turner pode ser considerado um alguém completamente diferente de Light Yagami. Yagami é estrategista, inteligente, frio, calculista, mais perigoso que o próprio Shinigami. Essa característica do personagem principal é o que faz Death Note ser tão cultuado, trazendo ao espectador a visão do vilão e é uma pena que o filme da Netflix tenha procurado uma maneira mais simples de representar o portador do caderno. É decepcionante saber que quem não viu o mangá ou anime, possa acabar não conhecendo o brilhantismo que há por trás dos personagens originais, a real importância de Death Note e tenha em mente algo mais simples na cabeça, com personagens menos interessantes que o filme apresenta.

O roteiro é mediano, usa bem algumas questões e ideias criadas no mangá e anime, mas escorrega feio demais em outras ideias mais simples, em busca novamente de facilitar as coisas para o espectador. O filme traz 95 regras e faz uso de umas 5 pra guiar o seu roteiro, dando a entender que qualquer coisa estranha que viesse a acontecer, teria a desculpa de que estava escrito nas regras. As regas são tão importantes quanto os pensamentos e atitudes dos personagens, pois como em qualquer jogo, elas ditam o que cada lado da história poderá fazer para sair vencedora. Mas em Death Note da Netflix elas soam como uma desculpa para fazer bobagens no roteiro.

Vale a pena?

Quem já viu o anime, mangá e os filmes japoneses, tem mais uma obra pra continuar lembrando o quanto a história de Death Note é incrível. Mas não terá reviravoltas mirabolantes, ideias inteligentes, personagens marcantes. Para estas pessoas, vale pela curiosidade e pelo exagero positivo das mortes, que ficaram realmente boas.

Para quem nunca ouviu falar de Death Note, tem agora na Netflix, a oportunidade de conhecer o universo, se familiarizar com o caderno e os Shinigamis, mas não pode parar por aí. É necessário ir além e aproveitar a própria Netflix para assistir o anime (que também está disponível no serviço) e entender o motivo de existir um filme sobre a obra e também ver com os próprios olhos como Death Note da Netflix é um filme medíocre, que não chega aos pés do que a obra original e seus filmes representam. Mas se este é o preço que se paga para apresentar Death Note para um público maior, que seja.


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33 respostas

  1. Tem todos os mangás e adorei a animação…e tentando ver esquecer por um momento a obra original não é de todo horrivel não.

  2. Eu não vi a animação mas achei um filme aceitavel… Tende a melhorar mais pro final do filme mas o personagem principal é bem chatinho no começo msm só seu ato final que é bom

  3. Uma das maiores histórias de detetive de todos os tempos virou uma novelinha, foi de c@g@r no p@l .

  4. O Light conseguiu controlar uma folha do Death Note? Ele escreveu que a folha cairia no fogo, mas na minha opinião o caderno não tem poder para controlar objetos, então acho que foi uma falha de roteiro. Estou certo ou não?

      1. Então pode acontecer qualquer idiotice que está valendo, pois existem “regras não explicadas”?

        1. Bom, tem um livro que mata as pessoas quando se escreve o nome delas nele. Porque não pode controlar outros acontecimentos? Acho que me lembro de, no anime, o garoto fazer um teste com o livro e o shinigami ficar surpreso dizendo que ele não sabia que aquilo funcionava. Acho que vale até usar regras que não estão no livro 🙂

          1. O caderno pode controlar os atos daqueles que vão morrer, poucas horas antes da morte. Controlar objetos é uma invenção desse filme (lixo).

          2. Então. O filme inova. Ninguém esperava por essa, nem o fã mais fervoroso que conhece de cabo a rabo todas as 255(?) regras. Ponto pro roteirista. 😀

          3. O Death note possui 56 regras. O filme enoja, nem o cara mais ignorante no que diz respeito ao anime, imaginaria uma cagada em tão grande escala.

          4. Nem gosto de anime. Mas deturpar uma obra, da forma como foi feito é passível de criticas. Valeu por assumir a derrota, com certeza meu ego esta inflado.

          5. Só há um campeão amigo. Se um ganha, o outro perde. KKKK

      1. Verdade, acho que foi essa a intenção do diretor, MAS na minha opinião não funcionou, pois o caderno caiu de uma grande altura, e a folha foi voando “magicamente” até cair no fogo, até parece que o Light estava controlando o vento. E se não houvesse fogueira naquele lugar, o que aconteceria com o papel? Se ele tivesse escrito: “a pessoa Xpto vai pegar a folha do caderno e queimar” aí sim eu acreditaria, agora “a folha vai cair no fogo” me parece algo muito vago e sem sentido.

        1. Você está assumindo que o caderno só controla as pessoas. Mas ele também rasgou uma sacola de compras que causou a primeira morte do filme, logo…

          1. Bem lembrado, a morte começou pela sacola rasgando, isso só mostra como o filme é ruim! As mortes me lembraram os filmes Premonição, que é besta também. O Death Note serve para matar as pessoas, e antes delas morrerem a dono do caderno consegue controlar suas ações, mas obviamente não pode controlar objetos e nem pode fazer com que algo que seja impossível fisicamente de acontecer aconteça.

          2. Se você gostou do filme ou não, é subjetivo. Eu gosto de alguns filmes Premonição (do primeiro e um pouco do segundo, os outros eu não gostei). Não vi problema nem na mudança das regras do livro e nem na mudança das personalidades dos personagens. O casal protagonista do filme é muito mais factível, o do anime é uma aberração, na minha opinião.

          3. Verdade, gostar ou não é subjetivo. Agora, uma regra escrita e determinada deveria ser imutável na minha opinião. Imagina mudar a regra que o Super Homem não se enfraquece com a kryptonita, mas se enfraquece ao chegar perto de plástico, faria sentido?

          4. Seria ridículo… Só que não tem uma regra escrita dizendo que o death note não tem o poder de fazer algo acontecer, que ele só controla o ato das pessoas. E na série animada existem passagens onde uma regra que não está escrita é descoberta pelo protagonista. São longas cenas onde ele faz algum teste pra ver se é possível fazer algo que não está escrito na lista de regras.

      1. Obviamente que não, o Death Note só controla as pessoas, e no caso de alguém escrever “morte por acidente” qualquer coisa possível fisicamente acontece. A questão é que o Light no filme escreveu que a página cairia na fogueira, ou seja, ele controlou a ação da página, e sabemos que o Death Note não tem esse poder de controlar objetos.

  5. Sempre achei lamentavel a falta de imaginacaçao aliada a falta de respeito, reconhecimento do trabalho alheio. Pegar uma obra e mudar pelo ego pessoal, para dar uma “cara” nova… francamente, raras foram as que deram certo, rarissimas, os que procuraram seguir o mais fiel possivel os trabalhos ja feitos, esse, em boa parte conseguiram reproduzir de forma a agradar seus reais autores bem como o publico ja cativado.
    Essa, eu achei apenas, RIDICULA,

  6. Eu fui ver já sabendo que não teria muito do mangá/anime na adaptação. É um filme bom, exagerado nas mortes. A construção das personagens foi o que matou. Deixaram o Light muito bobão. Gostei da forma como eles usaram a Mia/Misa pra fazer tudo acontecer e com ctz o Ryuk é bem mais cuzão no filme do que no anime. Porém a construção da cena final foi muito boa. Deu aquele gostinho do Yagami original pela frieza e forma de como tudo foi planejado.

  7. Acho que gostei do filme, achei ele aceitável, porque não esperava que ele ia ser igual ao anime, o problema da galera foi esperar que o filme fosse idêntico, tanto história quanto os personagens ! Se fosse idêntico não teria graça, ia ser igual aqueles live-action tosco de DN. Mas eu tenho que concordar que eles poderiam fazer sim um roteiro um pouco melhor, os personagens parecia que não tinham vida, tirando o “L” na minha opinião, que ficou bem legal !

  8. Detestei!
    Retratou um Light irresponsável ligado no modo “aleatório”, uma Misa (Mia) interesseira que só estava com ele por que queria o caderno (acredite – me senti falta até de ver aquela adulação dela pelo Light do anime). Tivemos um L impulsivo (como assim???) e Dafoe, única cousa que achei bem feita no filme. Mas é uma adaptação, não tem como cobrar fidelidade…

  9. Animes tem historias maravilhosas que em alguns momentos, precisam de 100 epis pra poder explicar e mesmo assim o subentendido existe nas historias.
    Achei que a netflix esta de parabens, pois é uma versao adaptada da historia, e nao estava seguindo a historia original. Como no caso da Misa que se torna uma personagem surpresa. O Ryuk esta de parabens, talvez se houver um filme 2 ele possa surpreender.
    O L foi o personagem que me surpreendeu mais, talvez se o filme fosse mais longo, o ator reria desenvolvido melhor mas achei ele fantastico. Em varios momentos eu vi o L do anime nele.
    Mas embora todos tenham um discursinho pra falar mal do filme, isso é uma adaptaçao americana que incluiu japoneses e deu creditos ao verdadeiro criador. Diferente de hunger games que faturou uma grana pesada numa historia baseada no battle royale. Infelizmente o filme foi maravilhoso mas dificil nao ver o battle royale naquele filme, sem creditos ou ao menos citado pelo autor como inspiraçao.

  10. a unica coisa boa que achei do filme foi o pai do Light ele atuou bem :/
    Diferente dos outros personagens,enquanto na obra original o L NÃO pegava as coisas com as duas mãos sempre pegando com dois dedinhus,no filme o “L” pega de qualquer jeito wtf e agia impulsivamente e ainda por cima fica olhando na velocidade da luz o ambiente(bem desnecessário)
    E o Kira não tinha a sua frieza,não manipulava não era inteligente e foi manipulado por quem?Pela Misa.
    A Misa era pra ficar adulando o Light e ter o seu próprio shinigami e seu próprio caderno que foi totalmente esquecido no filme
    E por último quando alguém toca no caderno pode enxergar o shinigami mesmo que não seja o tutor’-‘
    Achei o filme muito ruim não tem nem comparação com o trama orginal que decepção ;-;

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