Crítica: Inferno marca o retorno de um professor Langdon diferente

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Dan Brown é um escritor norte-americano renomado o qual escreveu livros extremamente cultuados como Anjos e Demônios, Código Da Vinci, Fortaleza Digital e entre eles Inferno.

Dois deles, Anjos e Demônios e Código Da Vinci também viraram longas de Hollywood com Tom Hanks na pele do protagonista, professor Robert Langdon. Em ambos os primeiros filmes, professor Langdon precisa desvendar vários enigmas para escapar da morte, encontrar grandes relíquias da humanidade e desvendar segredos escondidos por séculos.

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No terceiro longa adaptado para o cinema, novamente vemos o professor entre a vida e a morte, porém dessa vez, de uma maneira um pouco diferente do que vimos anteriormente.

O Inferno de Dante

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O filme começa com Langdon no hospital sem saber como foi parar ali, porém, durante seus sonos ilusórios, o professor se vê no Inferno, o mesmo criado por Dante Alighieri, poeta italiano criador de uma das obras mais famosas da história – A Divina Comédia. A título de curiosidade, o Inferno que Dante definiu ainda são conceitos utilizados até hoje.

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Digo sem medo que, visualmente, o Inferno criado para esse filme é um dos melhores que já vi em um longa metragem. Visual muito interessante, conceitos bizarros e absurdos que conseguem se conectar ao filme. Arrisco dizer que são as melhores cenas do filme, que deixam com vontade de saber mais daquele inferno amedrontador e angustiante.

A dinâmica substitui o cérebro

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Uma das minhas grandes críticas aos dois primeiros longas era a falta de ritmo. Dessa vez a resolução de enigmas e a parte em que o professor Langdon faz de melhor, que é usar o cérebro, dá lugar a mais ação, velocidade e dinâmica. Apesar de sentir falta de toda aquela mística e descoberta de quebras cabeças bem elaborados, confesso que o filme ganhou muito em ritmo e ficou muito mais agradável que os anteriores.

Infelizmente não tive oportunidade de ler essa obra de Dan Brown (infelizmente porque sou fã e li Anjos e Demônios e Código Da Vinci), talvez por esse motivo não saiba definir exatamente a construção do roteiro. Digo isso porque nos dois primeiros longas, as surpresas aconteciam do começo ao fim. Inferno tem muito menos reviravoltas e plot-twists, porém as que estão contidas no filme, são bem empregadas.

O homem errado na hora certa

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No melhor estilo Indiana Jones (professor e aventureiro) professor Langdon está sempre metido nas piores encrencas da humanidade. Detalhe muito interessante desse “herói” é que ele sempre NÃO deseja estar naquela situação, mas quando se vê envolvido, consegue extrair o máximo de destreza e raciocínio lógico possível – qualidades essas que o coloca num patamar de um dos grandes salvadores do mundo – de repente ao lado de heróis como Superman, Batman e outros…Por que não?

Dessa vez, o professor é colocado dentro do Inferno propriamente dito, de uma maneira bem mais abrupta e violenta. Acontece que um bilionário (Ben Foster), obcecado pelo fim do mundo devido ao excesso de pessoas no planeta, desenvolve um vírus que dizimará mais da metade da população, alegando que só assim a humanidade conseguiria se salvar de si mesma. Caçado por inúmeras organizações, o bilionário morre e consigo leva o paradeiro do vírus para o túmulo, porém deixa pistas as quais se referem a Divina comédia de Dante, e que somente Langdon e a sua mais nova aliada, doutora Sienna Brooks (Felicity Jones), poderão encontrar.

A história perde personalidade

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Um dos grandes méritos dos livros de Dan Brown é ter uma história muito profundo e ligada aos elementos históricos. Dessa vez, talvez pela escolha de dinamismo e velocidade, ela ficou em segundo plano deixando a plot muito mais fraca e menos interessante. Um erro grave, pois é algo que eles tinham feito muito bem nos primeiros.

O roteiro está a cargo de David Koepp (que também trabalhou em Anjos e Demônios) junto com a direção de Ron Howard, o qual dirigiu os dois primeiros da franquia. Ou seja, juntos novamente conseguiram trazer coisas novas para a série, mas perderam um pouco a mão na narrativa.

Destaque positivo para as atuações. Tom Hanks parece muito mais solto que nos outros longas da série, talvez pela maior qualidade dos seus coadjuvantes diretos, ou por realmente ter encarado o personagem de uma maneira diferente. Felicity, Ben Foster e Omar Cy formam um elenco de peso e muito coeso.

O gênio das trilhas sonoras, Hans Zimmer, dá um show de como fazer você se conectar com o inferno verdadeiro. É impressionante como a música desenvolvida por esse maestro consegue te fazer imergir naquele universo, ainda mais sendo algo desse gênero – místico e cheio de suspense misturado com ação.

Concluindo, Inferno, na minha visão, é a adaptação mais interessante dos livros de Dan Brown. Infelizmente a grande habilidade de professor Langdon – descoberta de enigmas e quebra-cabeças – foi sacrificada para criar uma atmosfera mais veloz e dinâmica. De qualquer maneira, Inferno é um filme que modifica os moldes construídos nas adaptações anteriores, o que fez bem ao longa. Com boas atuações, visual muito interessante, Tom Hanks e companhia fazem um bom trabalho e que merece ser visto.

Confira o trailer do filme que será lançado dia 13 de Outubro de 2016

https://youtu.be/SMMgF-8G1og

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2 respostas

  1. Gente, a melhor coisa do livro é o final e o do filme é completamente diferente. Mudaram completamente a história. O final do livro nos deixa de boca aberta. O final do filme parece coisa de seriado. Odiei.

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