Em 2009 um incidente com avião da US Ariways 1549, em Nova Iorque nos EUA chocou o mundo. Pássaros entraram nas duas turbinas no avião parando os dois motores e o piloto, numa manobra milagrosa, conseguiu posar a aeronave no Rio Hudson, em Nova Iorque, salvando as 155 pessoas que estavam naquele local. Seu nome: Capitão Chesley Sullenberger, ou como ficou conhecido mundialmente, “Sully”.
Quanto mais real, melhor
Qualquer filme de ficção que simule um acidente, costuma trazer o sentimento mais nobre daquele que assiste. Coragem, determinação, força de vontade, bondade… Agora, se tudo aquilo que está vendo, for real, isso se potencializa de uma maneira inimaginável.
Filmes baseados em fatos reais, qualquer que seja o tema, traz uma veracidade, uma imersão e uma envolvência tão forte, que parece que tudo aquilo está acontecendo com você, ou pelo menos alguém que você conhece. Obviamente toda a produção contribui para esse engajamento, bem como a atuação dos atores e ninguém melhor do que Tom Hanks para fazer você acreditar em cada segundo desse filme. Acompanho a carreira de Hanks há muitos anos e nesse filme ele demonstrou o porquê é merecedor de todas as estatuetas que possui – inclusive acho que tem chance de levar mais uma.
Do céu ao Mar em 208 segundos
Capitão Sully e sua tripulação passaram por uma das maiores provações de suas carreiras, e talvez um dos maiores milagres envolvendo um incidente com avião, porém isso você já sabe. O interessante do filme é propor o que aconteceu naqueles poucos segundos entre a colisão dos pássaros nas turbinas até aterrissar no mar.
A mídia acompanhou exaustivamente tudo o que ocorreu, mas em Sully, O herói do Rio Hudson, ficamos a par de como a mente do piloto, transtornada com tudo aquilo que acontecia, se comportou. Também tivemos a chance de acompanhar de perto a reação do departamento de aviação americano.
O Fator humano
Em tudo o que fazemos em nossa vida, seja bem ou mal feito, temos como dever absoluto trazer para a equação o fato de que somos humanos e estamos sujeitos a cometer erros, a ter medo, falhar, principalmente quando enfrentamos uma situação que evolvida vida ou morte.
Ter a consciência de tudo o que o Capitão Sully imaginou, de como ele pôde, em sua total experiência e destreza, salvar aquele grupo de pessoas, e do que ele enfrentou depois, quando puseram a sua atitude em cheque, nos faz pensar que nos momentos mais difíceis é que sabemos quem somos de verdade.
O diretor do longa, Clint Eastwood, conseguiu de maneira magistral passar toda a emoção do acidente e, ao lado de Tom Hanks, deram vida a um grande personagem que já ficou marcado na história da humanidade, mas que também fez jus à sua grandeza, apresentado no cinema.
Concluindo, Sully – O herói do Rio Hudson é um filme emocionante que fará você embarcar naquela aeronave, sentir o medo, o desespero dos passageiros, ao passo que sente a coragem e firmeza do seu capitão e, como o piloto mesmo disse: suas almas e corações estarão conectados por todo o sempre. Recomendo fortemente.
