Gerente da Warner fala do mercado de games brasileiro, dublagens e Star Wars

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Estivemos presentes no evento de lançamento do videoclipe dos DJs TropKillaz para o game Need For Speed e aproveitamos a oportunidade para conversar com Alessandra Koster, Gerente de Marketing da Warner Games Brasil, e Marcelo Costa, Relações públicas, que conversaram conosco em papo altamente descontraído interessante sobre os produtos, jogos e a parceria da EA, Warner e Capcom.

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Confira na íntegra como foi a entrevista e saiba qual será o futuro de Battlefront e outras franquias famosas das produtoras acima.


Combo Infinito: Como começou a parceria entre a EA e a Warner, para não somente distribuir, mas também localizar os jogos aqui no Brasil?

Alessandra Koster: Isso aí é uma estratégia nossa. A gente encabeçou isso, fomos os pioneiros. Tem dois grandes motivos para poder simplificar. Um deles é a gente se diferenciar do mercado, isso agrega valor ao título para o consumidor. Tem o título Vanilla, que é o básico, mas tem outros com brindes e coisas que diferenciam. Segundo ponto é pra diminuir o que a gente chama de Gray marketing. Nós queremos prestigiar o consumidor que compra o produto aqui e tem uma localização brasileira. Se ele não comprar aqui ele não tem o benefício do Brasil. Todos os clientes varejistas do país usam os nossos produtos, se a pessoa comprar de um que não é varejista ele não vai ter essas vantagens.

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Marcelo Costa: O produto que a gente lança, apenas o SKU brasileiro tem a localização nacional, e é o mesmo que a gente manda pra Sony e Microsoft. Ou seja, é esse que vale.

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Combo InfinitoO mercado brasileiro vem crescendo muito nos últimos anos, principalmente pelo investimento que há em ações diferenciadas, como os eventos que a Warner promove por aqui, como o clipe do Tropkillaz para o Need For Speed. Vocês tem noção do quanto tudo isso é importante para nós, jogadores brasileiros?

Alessandra Koster: Sim, isso é um prestígio enorme. Globalmente o mercado cresce com números de dois dígitos. O mercado brasileiro continua crescendo, apesar do impacto da alta do dólar. É um mercado de entretenimento muito grande e que o brasileiro vê muito valor. E pra gente, nós buscamos uma diferenciação de produto, seja com bons títulos, como o mercado de games é muito volátil, mas a gente tem uma estratégia muito interessante, que a gente não depende só de novos lançamentos, nós trabalhamos muito com franquias. Need For Speed é um exemplo clássico, a gente trabalha muito bem a franquia dele, mas também trabalhamos no lançamento. A ideia desse Need é fazer um Reboot da franquia, então você traz todo repertório do Underground num título novo, com um grafismo melhor, com a melhora da nova geração que trouxe novos recursos, mas é sempre pensando nas grandes franquias. Pra gente o Brasil, seja Warner, EA ou Capcom é a menina dos olhos. Eles vêem muito isso, como prestigiar o consumidor brasileiro que vem ganhando um espaço grande no cenário de games. E a gente vai se diferenciando com localização. com bundles, trabalhando franquias, trazendo bons títulos. Ano que vem a gente tem um mercado promissor, com títulos interessantes que eu não posso falar agora. Mas os que eu posso dizer são os que já foram anunciados como: LEGO Marvel Vingadores, Resident Evil 0 HD Collection, Mirrors Edge Catalyst, Plants Versus Zombies Garden Warfare 2 e muitos outros.

Combo Infinito: Tem uma dica do que está por vir, de repente, pra aguçar a mente dos jogadores?

Alessandra Koster: A Dica que eu posso dar é que vamos continuar trabalhando franquias GRANDES.

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“Brasil, prrreecioso!”

Combo Infinito: Podemos esperar alguma coisa de Senhor dos Anéis? Um Shadow of Mordor 2?

Marcelo Costa: Olha a gente pode esperar agora, já em Novembro, a gente vai lançar um Sombras de Mordor GOTY, que chega no dia do Black Friday. Traz o jogo completo com o Season Pass. E aí o ano que vem continuaremos trabalhando nas franquias grandes.

Combo Infinito: As dublagens que existem na maior parte dos jogos que vocês localizam, são excelentes. É algo que podemos contar para os futuros jogos da Warner, Capcom e EA?

Alessandra Koster: Sim, a gente sempre vai pensar nisso. O jogo tem que estar totalmente localizado. Claro que depende do título a gente traça uma estratégia. Por exemplo, Lego Batman 3, como ele tem um toque de humor, nós trouxemos humoristas bastante conhecidos, o Rafael Infante e o Marcos Veras do porta dos fundos. Foi muito bom em termos de PR. Eles criaram um sinergia muito boa na gravação. Enfim cada título tem uma estratégia pensando num público diferente e que faça sentido pro consumidor.

Combo Infinito: Ainda nas dublagens, mudou alguma coisa, após a recepção do público, quando a Pitty e o Roger trabalharam em Mortal Kombat e Battlefield?

Alessandra Koster: A nossa estratégia é: Se a gente acha que aquele talento faz sentido pro nosso jogo a gente vai apoiar do começo ao fim. Seja na gravação seja no personagem, seja no antes e na pós venda. Se pra gente fez sentido aquele personagem, com aquela tradução, aquele talento, a gente vai continuar apoiando. Todos os talentos que trabalhamos esse ano fizeram sentido pros jogos, e a gente vai continuar trabalhando pro ano que vem. Jogos com dubladores sendo oficias de filmes, oficiais de jogos, enfim, nada riscou a imagem.

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Alessandra Koster e Thiago Leifert durante a BGS 2015 – (Foto: Arquivo pessoal de Alessandra Koster)

Marcelo Costa: A Warner é pioneira na localização de jogos no Brasil. A gente tem muitos casos de sucesso, FIFA, Shadow of Mordor, Mad Max e outros. O trabalho do FIFA do Thiago e Caio é referência dentro da EA. A brincadeira que eles fazem durante o gameplay, a química que eles tem, traz uma descontração que muitos comentaristas de outros idiomas não tem. Então é um trabalho diferenciado.

Combo Infinito: Star Wars Battlefront tem tudo pra ser um lançamento de grande peso, principalmente pelo novo filme e a própria qualidade do jogo. Quais são as expectativas pro jogo em termos comerciais?

Alessandra Koster: EEEXCELENTES (risos). A Disney tem feito um trabalho de franquia muito bom. A gente fala que é um trabalho em triângulo – Warner, Disney e EA. A gente vem conversando muito no trabalho da marca Star Wars. Eles estão trabalhando de uma maneira massiva e é isso que a gente quer pro nosso título também. E a receptividade está cada vez melhor. Semana que vem, dia 19 tá quase aí, e a gente está numa ansiedade muito interessante. ELe é complementar ao filme, vai ter uma DLC do episódio 7. O filme vem com o episódio 7 e a gente comça com o 4, 5 e 6, mas teremos uma DLC que abordará o episódio 7. Será uma experiência incrível e completa.

Combo Infinito: Haverão bundles temáticos, como o PS4 com o controle do Darth Vader, sendo vendidos aqui no Brasil?

Alessandra Koster: Inicialmente a gente vai lançar o títulos vanilla, mas a gente tem estratégias de dar continuidade e trazer novidades para o game. Na medida que a gente for sentindo a receptividade, vamos colocando novidades.

Combo Infinito: Na sua visão, qual a maior dificuldade de se trabalhar com um público que possui um poder aquisitivo relativamente menor que os grandes pólos? Existe alguma estratégia diferenciada, no ponto de vista de Marketing pra atingir esse público?

Eu acho que hoje o Brasil tem um lado positivo dos parcelamentos. Isso ajuda o brasileiro a escolher o que vai comprar. A gente analisa as janelas de lançamentos, pensando na escolha do gamer. Hoje em dia está mais barato comprar aqui do que nos EUA pela alta do dólar. Nós não somos varejistas, a gente traz a parte do publisher, mas o varejista discute bastante conosco e ele busca opções para o consumidor poder pagar. Isso foge um pouco da nossa alçada, mas reforço que o mercado está crescendo. Entretenimento é uma coisa que dificilmente vai cair aos olhos do consumidor. Dos grandes lançamentos que fizemos, em performance, todos foram incrivelmente bem.

Combo Infinito: O que falta para o Brasil se tornar uma potência tão grande na indústria dos games, quanto Estados Unidos, Canadá, Japão e Europa?

Alessandra Koster: Olha a gente hoje tem uma BGS, que é uma das primeiras da América Latina, que é uma feira que traz uma experiencia muito boa pro consumidor. A gente ficou muito feliz de ter feito essa BGS, trouxemos muito mais atrações que no ano passado, jogos incríveis, então eu acho que o Brasil já está indo para esse mérito junto com grandes países como Japão, China Canadá, EUA. Somos o primeiro da América Latina, passamos o México. A gente está muito em linha, crescendo tanto quanto os demais países. Se você olhar globalmente a América Latina, incluindo o Brasil que é o primeiro, ele cresce 18%, sendo que os outros crescem numa média de 4 a 5%. Os outros mercados citados estão mais estabelecidos, mas estamos mais acelerados no crescimento.

Foi um excelente papo com a Alessandra e o Marcelo e esperamos que vocês tenham aproveitado bastante para ficar mais informados sobre o que a Warner, EA e Capcom pretendem com o mercado brasileiro. Se ficou alguma dúvida, faça sua pergunta nos comentários que, quem sabe, eles mesmos não respondem.

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Uma resposta

  1. Excelente entrevista! Realmente, todo mundo que conheço que trabalha na indústria fala muito bem da Warner no Brasil. Parabéns pelo trabalho.

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