Análise: God Of War Ascension

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God-Of-War-Ascension---ReviewGod of War Ascension é o quarto jogo da série construída nos consoles, o sétimo no total. Exclusivo do Playstation 3 foi desenvolvido pela Santa Monica Studios e publicado pela Sony Computer Entertainment.

Tudo começou em 2005 no Playstation 2, quando foi lançado o primeiro game da série trazendo Kratos, o espartano mais violento da história, buscando vingança pela morte de sua família. A partir daí GOW se tornou um dos carros chefes da Sony por construir algo que trouxe um misto de diversão, narrativa de qualidade e mecânica de jogo muito bem feita. O estilo hack and slash já existia em outros games, e bons games por sinal (Devil May Cry, Soul Reaver, etc), porém a desenvolvedora soube captar o que já existia e evoluir para um patamar onde se tornaria referência.

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Com o sucesso do primeiro jogo a expectativa para o segundo era óbvia, e sem dúvida nenhuma, ouso dizer que a expectativa foi superada. Gráficos de encher os olhos, um dos melhores do console, trouxe uma experiência que seria marcante na história dos games, sem falar nas batalhas cada vez mais épicas com criaturas e deuses da mitologia grega.

Um terceiro viria para fechar a trilogia principal. Dessa vez lançado para a geração atual foi um ótimo jogo, como esperado, e com o suporte do PS3God of War III veio com gráficos absurdos e conseguiu fechar a trilogia com muita dignidade. Mas a crítica já pegava no pé, acusando a franquia de usar sempre a mesma receita alterando poucos ingredientes, o que não era bem uma mentira, mas a qualidade do jogo ofuscava qualquer ponto negativo.

Imagens dos três primeiros games da série.
Imagens dos três primeiros games da série.

Pois bem, quando achávamos que ficaríamos órfãos da série, foi anunciado God Of War Ascension. Muito se comentava que tipo de narrativa ele traria, já que a trilogia estava encerrada. A solução mais plausível foi trabalhar em cima da história de Kratos antes do primeiro jogo, ou seja, uma prequel. A ideia foi interessante só precisaríamos saber se seria bem executada, e a Sony mais uma vez não decepcionou.

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A narrativa busca trazer um personagem diferente do Kratos que já conhecemos. Esse game não se chama ascension a toa, ascension em português significa ascensão, portanto se analisarmos detalhadamente, a fúria do espartano foi aumentando a cada game e o desafio desse era mostrar como essa “semi-insanidade” começou.

A trama coloca Kratos logo após a morte de sua família e, por incrível que pareça, a tristeza consome o espartano. Atordoado com toda situação ele não sabe o que realmente aconteceu, e assim inicia o game com o protagonista buscando a verdade, quando descobre que deuses e as fúrias estão por trás de toda desolação. O objetivo da história era fazer com que o personagem mostrasse pontualmente sua humanidade que aos poucos se esvai e gradativamente traz o Kratos destemido que derrotou o Olimpo – Missão cumprida.

Kratos dentro da ilusão das fúrias com sua esposa.
Kratos dentro da ilusão das fúrias com sua esposa.

Os gráficos do jogo estão muito bem feitos, tanto dos personagens quanto do cenário. Cenas épicas vistas de cima com ampla visão dos oceanos, estátuas gigantes, e terras longínquas apresentam imagens cinematográficas, não devendo nada à Hollywood. Em todos os outros GOW’s havia criaturas enormes, deuses gigantes, mas dessa vez a palavra correta a se usar é Titânico. O tamanho da maioria dos inimigos principais é intimidador.

Gráficos muito bem feitos!
Gráficos muito bem feitos!

Destaque positivo para a jogabilidade de GOW Ascension. Em todos os games da franquia, víamos sempre um gameplay muito semelhante, um padrão que apesar de funcionar muito bem e agradar a maioria estava ficando batido. É óbvio que a jogabilidade não está completamente diferente, mas itens importantes foram adicionados para tornar esse quesito mais interessante. Quando Kratos está prestes a finalizar os inimigos, entram em cena os Quick Time Events, que consiste em apertar botões específicos nas horas certas, mas nesse jogo foi acrescentado mais liberdade durante essa parte, onde o jogador deve bater nas criaturas e se esquivar no momento correto.

A duração do jogo é curta, apesar de os outros não serem jogos muito longos que demandavam muito tempo, mas nesse foi exagerado, ao passo que o multiplayer supre um pouco essa falha. Esse modo de jogo foi muito bem implantado, uma espécie de MOBA onde um time de gladiadores se enfrenta e quem fizer a maior quantidade de pontos sai vencedor. Também existem outros modos e features que fazem este quesito um dos principais atrativos para o game – Vale a pena conferir.

Outra novidade importante de se comentar é a total tradução e a dublagem em português. Nós do combo infinito já tivemos a oportunidade de entrevistar Bia Menberg, uma atriz e dubladora profissional que dublou o game Forza Horizon, e nos posicionamos como total a favor desse tipo de iniciativa, principalmente para proporcionar ao jogador brasileiro total compreendimento da história. A qualidade da dublagem é inegável, porém devemos pontuar a péssima renderização do som em português com falhas na maioria das falas e sons muito baixos.

Outro ponto negativo é a pouca variedade de batalhas épicas que costumava ser marca registrada dos outros games da série. Os “chefes” estão muito fáceis de enfrentar, deixando a dificuldade para as criaturas normais (devo confessar que estou escrevendo esse review atrasado porque empaquei justamente em uma parte perto do final, onde górgonas e outras entidades me impediram de concluir o jogo antes).  

Maldita V@!#%!$ (*@& @!#(*
Maldita V@!#%!$ (*@& @!#(*

A primeira vez que tivemos contato com God of War Ascension foi na BGS de 2012, e lá pudemos ver um resquício de como funcionaria a mecânica desse jogo. Pois é, desde aquele dia, até o final do game a expectativa era grande e, diferente das críticas que têm aparecido por aí, God Of War Ascension está aprovado. Não é o melhor game da franquia, mas conseguiu manter a qualidade, trazer elementos novos, e com uma boa narrativa tornou-se um game indispensável.

 Deixe aqui o seu comentário sobre esse game. E nunca se esqueça que…

“A busca pela verdade é a destruição…”

http://www.youtube.com/watch?v=Eqd81u_vnco

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10 respostas

  1. Belo review, Alepitekus!

    Eu gosto muito da franquia e joguei o 1, 2 e 3. O que eu mais gosto na série (além da pancadaria, claro) é a escala dos cenários e como eles funcionam no contexto geral do jogo. Às vezes, você está em uma fase e nem sabe que aquilo é, na verdade, uma parte de uma coisa gigantesca (às vezes, até mesmo um monstro). Isso é genial e me lembra o clássico Golden Axe, quando você lutava em cima de uma águia, mas só conseguia perceber isso direito quando chegava na cabeça dela.

    1. Verdade mesmo cara..isso é impressionante, o jogo de câmeras é feito com mta qualidade e tambem é uam marca muito forte na série…nesse ficou mto evidente neh, nakelas estatuas doidas la rsrsrs….

  2. Bela análise meu brother! Eu achei alguns problemas no game, mas talvez o hype que eu criei me fez não perceber alguns valores na narrativa. Agora a parte técnica está impecável, com a exata ressalva no som. Eu joguei em inglês, pois me acostumei com a voz do Kratos, e mesmo na linguagem original o som tem problemas, mesmo que não sejam os problemas citados da dublagem brasileira. São ligeiras travadas no som, algo que não acertaram nem no 4º patch. O Multiplayer foi uma das coisas que mais joguei, mas logo enjoa. No mais, é Kratos, é bom!

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