Curta narrado por Rodrigo Santoro concorre no Primetime Emmy Awards
Sobre os trilhos de uma miniatura da cidade de São Paulo em 1940, uma delicada e envolvente história de amor entre um entregador de jornais e uma florista acontece. Aliás, a história acaba de colocar o Brasil entre os finalistas do 72° Primetime Emmy Awards, o principal prêmio global dado a obras e profissionais da indústria televisiva.
Dirigida por Ricardo Laganaro, o curta é produzido pelo estúdio ARVORE e com vozes de Rodrigo Santoro (inglês) e Simone Kliass (português). “A Linha” conta uma narrativa interativa em realidade virtual (VR) desenvolvida para ocorrer no formato inédito. A obra inova ao permitir que o usuário interaja com a experiência usando o próprio corpo ao invés de controles e é uma porta de entrada para o grande público experimentar a tecnologia de VR.
“A Linha” chega ao Emmy como finalista na categoria “Outstanding Innovation in Interactive Media”. A premiação premia empresas ou pessoas responsáveis pela criação de programas ou obras interativas notáveis e impactantes. Segundo o diretor Ricardo Laganaro, “ter reconhecimento pela Academia da Televisão é uma honra que pode dar ao Brasil”. De acordo com ele, é incrível ter uma chance de ser o “protagonista em uma nova linguagem dentro da realidade virtual”
“A Linha representa o que há de mais avançado no uso de imersão em narrativas interativas. O corpo do usuário substitui o controle e os movimentos. Isso não só desenrola a história, mas inspira uma autorreflexão intencional”
Em seguida, confira:
O curta o coloca no centro da narrativa e conta uma história universal de amor. Ele ainda adiciona camadas de significado e compreensão, especialmente sobre rotina e medo de mudanças. Repleta de emoções, combina ainda a interação corporal da realidade virtual com inovações técnicas. Para além disso, ainda forma uma trama conceitual que tornam suas escolhas artísticas possíveis.
A obra é a primeira experiência lançada comercialmente para Oculus Quest. Também é a pioneira a usar o novo recurso de rastreamento de mãos (hand tracking), ampliando a imersão do usuário e seu senso de participação na trama.
Pedro e Rosa
Os protagonistas de “A Linha” são Pedro e Rosa. Ambos são dois bonecos em miniatura perfeitos um para o outro. Contudo, relutam em superar suas próprias limitações e viver uma história de amor. Com 15 minutos de duração, o usuário é transportado para a versão em miniatura de São Paulo nos anos 1940. É um cenário em que Pedro, um entregador de jornais, repete todos os dias. A cada ciclo, porém, o personagem permite a si mesmo uma pequena escapada para colher uma flor amarela e deixar, anonimamente, para Rosa, a florista.
Tudo acontece sempre da mesma forma. No entanto, algo inesperado acontece: as rosas amarelas acabam. Então, Pedro é forçado a enfrentar um medo: escolher outro caminho para tentar encontrar novas flores. Esta pequena e ousada atitude revira totalmente seu universo particular. Ele passa a enxergar seu mundo sob uma perspectiva diferente. E, assim, carrega o usuário sutilmente para o meio de um grande impasse criado pela mudança na rotina.
“Adotamos referências da cultura brasileira para explorar uma narrativa regional com conflitos universais. A Linha’ reflete as características e peculiaridades do seu ambiente. Contudo, é vista dentro de um contexto familiar por pessoas de qualquer lugar do mundo”
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Fonte: The Line