

Jogos para celulares pouco têm aproveitado de sua plataforma. Smartphones têm recebido centenas de títulos ao longo do ano, em sua maioria obras completamente esquecíveis. Porém algumas delas entendem o aparelho para o qual foi lançada e tenta tirar proveito disso; e isso é o que A Normal Lost Phone faz.
A Normal Lost Phone é fruto de um protótipo desenvolvido na edição deste ano da Global Game Jam pelo estúdio francês Accidental Queens. Desde então o jogo vem sendo polido e estendido para ser lançado como um título completo em 2017 para dispositivos iOS e Android, além de uma versão de PC por meio do Steam.
O jogo consiste em encontrarmos um telefone perdido e buscar no aparelho informações para que achemos o proprietário. Durante o processo, iremos explorar a fundo a intimidade de Sam, aquele que perdeu o celular, através de mensagens, fotos e aplicativos. A exploração não terá fins somente de encontrar o dono do smartphone.
A narrativa se desdobrará a partir de buscas em que conheceremos toda a vida de Sam, incluindo seus familiares, amigos e relacionamentos. As pistas encontradas no aparelho ajudarão a descobrir o que aconteceu com o jovem que ao completar 18 anos de idade desapareceu misteriosamente.
A ideia de A Normal Lost Phone não é inédita. No passado, jogos como Cibele e Sara is Missing aproveitavam-se das mesmas mecânicas para uma experiência semelhante. De acordo com a Accidental Queens, o jogo será diferente de ambos, abordando temas como a chegada da idade adulta, homofobia, depressão e pressão dos pais. Tudo isso será apresentado por meio de mensagens de texto, permitindo assim que o jogador forme sua opinião sobre Sam.
Esse tipo de experiência traz à tona um questionamento que pode também ser aplicado a outras obras dos videogames, que as próprias desenvolvedoras reiteram na página do título do Steam. “O jogo faz uma simples pergunta: se você fechar o app mas ainda pensar sobre o jogo, você realmente parou de jogar?”, lê-se na descrição.
A Normal Lost Phone será lançado com suporte a múltiplos idiomas, incluindo o português do Brasil, no dia 26 de janeiro de 2017.