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Análise | High Hell cumpre sua promessa de ser horrível em todos aspectos propositalmente

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A parte divertida de se jogar jogos independentes é as diferentes propostas e experiências que nos proporcionam. Sejam elas curtas ou longas e fora dos padrões dos games. Muitos deles não dão certo no mercado e outros acabam mudando a indústria. E se você acha que já viu todas propostas existentes no mundo dos games, High Hell pode te surpreender. Desenvolvido pelo estúdio indie Beast Cartel (o mesmo do sucesso Gang Beast) e distribuído pela Devolver Digital, o game te coloca na pele de um personagem sem nome que procura sair combatendo o crime nos locais mais malucos e sem lógica que você já viu nos games. E quando digo “malucos e sem lógica”, estou levando bem a sério a afirmação. Você enfrentará chipanzés com lavagem cerebral, robôs assassinos e uma alta quantidade de criminosos.

A grande sacada de tudo é que o game promete ser horrível em todos aspectos. O trailer de lançamento do game é a prova existente a essa afirmação. É praticamente uma sátira a “qualidade” duvidosa do game. Mas será que um jogo com a promessa de possuir baixa qualidade é divertido? Até onde a falta de qualidade em aspectos importantes afeta a experiência e a diversão?

Entre neste louco e psicótico mundo de High Hell e confira nossa análise abaixo:

High Hell é como nos velhos tempos…

Um dos grandes aspectos de gameplay em High Hell é a dinâmica. O protagonista anda rapidamente e é capaz de eliminar a maioria dos inimigos com um único acerto do projétil da arma. Arma que a propósito, é a única do arsenal disponível no game. Se movimentar rapidamente e a todo momento além de reflexos rápidos é essencial para sobreviver e superar os inimigos. A sua vida é extremamente pequena, porém ela é regenerada assim que você eliminar um inimigo ou encontrar uma espécie de “kit médico” pelo nível, lembrando um pouco dos jogos clássicos de tiro e ação.

Aqui não tem complexidade quanto ao objetivo. O game é composto por uma missão principal e secundária. A principal geralmente é fazer algo maluco como desativar uma máquina de salsichas. A secundaria não fica muito atrás, como por exemplo: coletar cinco filhotes de cachorros ou libertar os demônios filhotes. O segredo de se jogar High Hell é você não entender o que está acontecendo ou o porquê de aquilo estar acontecendo, apenas aceite e siga em frente.

Até o carregamento é insano!

Você percebe que os desenvolvedores estavam inspirados em transformar High Hell em uma experiência bizarra quando a loucura e nonsense afeta até a tela de carregamento. Cada nível possui um loading único e interativo que lembra um pouco de jogos como Assassin’s Creed e Rayman que permite realizar alguma ação enquanto o game carrega.

Mas aqui, a interação é levada a outro nível. Não espere fazer nada importante ou de sentido, enquanto aguarda o game carregar. Você poderá cozinhar algumas salsichas, colocar fogo em dinheiro ou então fazer um boneco trocar para poses esquisitas e bizarras. Isso é apenas a ponta do iceberg que você verá durante os carregamentos do game.

“Inteligência” Artificial

High Hell não permite que você defina um nível de dificuldade, o que pode frustrar alguns jogadores mais casuais ou menos experientes com o gênero. Apesar de simplicidade nas mecânicas que se trata apenas de andar, atirar, pular e coletar objetos, o game apela na quantidade de inimigos no nível. A inteligência artificial do game não se preocupa em ser de alta qualidade, os inimigos realizam uma tarefa por vez, sendo: atirar, agachar (independente se possui ou não um obstáculo para se proteger) e se aproximar do jogador ao se afastar.

Agora multiplique isso por quatro ou cinco vezes e some com sua pequena vida que zera com poucos ataques inimigos. High Hell exige no mínimo uma experiência prévia com o gênero ou estilo de game. Aos que gostam de desafios, ele traz a possibilidade de se fazer speedruns, competindo entre os jogadores para ver quem é mais rápido no gatilho e que consiga concluir o nível no menor tempo possível.

Direção de arte que deixa a desejar

O que High Hell possui para te atrair pela jogabilidade, pode te decepcionar no visual. O game aposta em um estilo próprio de arte, mas por mais que se tente levar a sério que o jogo oferece, é possível ver que o estilo não se foi aplicado da melhor forma. Os cenários e personagens são extremamente simples, com pouquíssimos polígonos, textura e detalhes são terríveis. O game traz a sensação que você está jogando um protótipo, o que não pode agradar muitos.

A trilha sonora pode ser o único aspecto interessante da direção de arte do game. Músicas empolgantes e originais que podem elevar o nível da ação durante os conflitos com os inimigos.


High Hell pode ser que não atraia o público gamer em massa. O gameplay nonsense, frenético de curta duração pode ser mais atrativo aos jogadores mais velhos e amantes do gênero, em vista que o seu único atrativo é o gameplay, ainda assim cometendo falhas propositais ou não. O game foca em ser uma sátira e em não levar nada a sério, me colocando até contra a parede na hora de fazer esta análise. Avaliando-o de forma critica, o game é totalmente descartável, mas a ideia é entrar no clima de game trash e focar na diversão que o jogo proporciona.

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Luis Felipe

Redator no Combo Infinito e Game Designer. Gosto de escrever sobre jogos, jogar e de produzi-los!

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