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Análise: Killing Floor 2 traz ação, emoção e terror em jogo cooperativo de primeira

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Há quem reclame que um jogo não pode deixar de ter uma campanha single player, enquanto que outros reclamam que um jogo para um jogador seria bem melhor se tivesse um modo online assim e assado. Fato é que existem diversos tipos de propostas, todos os formatos podem funcionar muito bem, tudo depende da jogabilidade, criatividade e mecânicas, que podem ser capazes, ou não, de manter os jogadores ligados na tela se divertindo com um game. Então, neste ponto, pouco importa se é single ou multiplayer, o que importa é se divertir com um jogo.

Killing Floor, de 2009, era um game que sabia usar muito bem os artifícios de um título focado no modo online, mas ao invés de colocar os jogadores contra outros jogadores, o desafio consistia em procurar se defender e sobreviver a ondas de ataques zumbis, como uma espécie de tower defense, onde a torre é você mesmo. O projeto nasceu de um mod para Unreal Tournament 2004, que ganhou proporções maiores nas mãos da Tripwire Interactive, e agora no dia 18 de novembro o estúdio lançou Killing Floor 2 para os consoles, sequência direta do seu jogo de 2009 que chegou ao PC no ano passado e como muitos jogos hoje em dia, não tem single player e é focado totalmente no multiplayer.

Tiroteio no maior estilo Arcade

Killing Floor 2 tem até um enredo que serve de background onde um experimento que não deu certo deixou os humanos semelhantes a zumbis, mas nada disso aqui é importante e assim como muitas obras e filmes que usam este apocalipse como tema é apenas uma desculpa para que tenhamos algo para mirar e atirar, ou atirar sem mirar. Assim como outros jogos de tiro cooperativos, você joga junto com outros players escolhendo classes, que vão desde médicos, suportes (que distribuem armas, balas, dinheiro), comandante e muitos outros. Todos precisam trabalhar juntos para defender-se de ataques de criaturas horrendas e que vão ficando cada vez mais difíceis com o passar das ondas de ataque, que podem ser até 10 ondas. Quanto maior a dificuldade, maior a diversão e a quantidade de coisas malucas que vão ocorrendo no jogo.

A cada Zed (nome dado aos zumbis do jogo) que o jogador derruba, ele ganha uma quantidade em dinheiro para gastar na loja em cada intervalo das ondas de ataques dos inimigos. Existe pouco mais de um minuto em que o jogador deve encontrar e gastar sua grana nessas cabines, que trazem armas, coletes e balas. O próprio jogo mostra onde estão essas cabines através de setas que aparecem no chão, facilitando as coisas para o jogador. Apesar de haver um teor de realidade no momento que usamos as armas, tudo aqui é feito para ser divertido, então não espere algo aos moldes de um Call of Duty ou Battlefield.

Armas para todos os gostos

No entanto, é justamente no que diz respeito às armas que Killing Floor 2 se destaca, pois existem diversos tipos delas. Temos desde pistolas, que podem ser adquiridas aos pares para que você possa atirar com as duas mãos, até espingardas, metralhadoras, lança granadas e muitos outros. Pra quem gosta de um combate corpo a corpo Killing Floor 2 traz opções que vão desde pás até Katanas, criando efeitos bem interessantes na hora de matar os inimigos. Existem armas curiosas também, como uma lançadora de pregos que é bastante útil e bem barata.

Uma das coisas mais legais e que fazem você ver o efeito de cada arma é uma espécie de câmera lenta ao melhor estilo Sin City, que deixa o jogo em preto e branco, somente o sangue fica em destaque e algumas explosões no cenário, enquanto tudo corre devagar. Neste momento, se você está dando tiros, é possível ver o projétil atravessar o cenário até atingir as entranhas do inimigo. Se você está usando uma espada ou objeto de mão, ele corta e dilacera os inimigos lentamente, com efeitos bem interessantes. Tudo pra fazer a carnificina ainda mais empolgante.

Inimigos e chefes

Os Zed são uma espécie de clones biológicos que não deram certo, criados pela Horzine Biotech, então não são exatamente zumbis infectados por algum vírus. Existem diversos tipos deles, desde os mais comuns, que tentam alcançar o jogador correndo e gritando, outros mais encorpados que tem escudos ou armas de curto alcance, uma espécie de inimigo humano que anda numa forma de aranha; mulheres que desaparecem e aparecem na sua frente, outras que gritam, criando um campo de força capaz de barrar seus tiros e alguns brutamontes, que vão desde um açougueiro BIRRRRL, um lançador de foguetes, até um gordalhão cheio de ácido na barriga.

Todos são bem perigosos, principalmente se pegam você desprevenidos pelo cenário que traz inimigos de todos os lados. Mas a cereja do bolo está nos chefes das fases. Ao final das 10 ondas (se você joga com um número menor de ondas de inimigos sinta-se envergonhado), um chefe aparece para enfrentar todos os seus amigos e você. Neste momento, apenas poder de fogo não resolve nada e é necessário que aqueles que possuem melhores armas recebam ajuda daqueles que podem fornecer balas, pra que o combate nunca pare e o inimigo seja abatido o mais rápido possível, para daí então, o grupo ser declarado vitorioso. Essas lutas contra os chefes também envolve os inimigos comuns e geralmente são épicas e bem complicadas.

A falta de uma campanha

Sem dúvida alguma seria pra lá de interessante ter um modo single player em Killing Floor 2, mas a proposta do jogo é do modo online e isso ele faz muito bem. Porém, seria legal demais poder explorar os acontecimentos por trás da criação desses clones macabros e saber exatamente quem são os vilões. Então, se você gosta realmente de jogos desse tipo, verá em Killing Floor 2 um jogo que trará muito tempo de diversão, mas em algum momento a repetitividade do formato e da jogabilidade, mesmo com 12 cenários diferentes, vai acabar te pegando, mais cedo ou mais tarde.

Outro problema que deixa um pouco a desejar é a qualidade gráfica, que não é ruim, mas tem alguns problemas de texturas e qualidade. Alguns inimigos enroscam no cenário, deixando uma sensação de que um polimento aqui e ali deixaria o jogo quase impecável.

Divertido até o momento que se torna repetitivo

Killing Floor 2 é definitivamente uma das melhores opções de jogos cooperativos online no momento, com diversas armas e muita coisa legal pra explorar, além dos 12 cenários disponíveis e a quantidade insana de inimigos que aparecem no jogo, aliados a uma trilha sonora de primeira com o melhor do Heavy Metal. A diversão é o ponto forte do game, junto com uma mecânica bem construída. A longevidade do jogo vai depender de cada pessoa, já que alguns poderão jogar 10 horas e já deixar o game de lado, como alguns poderão apostar suas fichas em aumentar o level de seus personagens para enfrentar desafios maiores, o que vai levar muitas horas pra conquistar.

Então, vai do seu gosto. Se você curte ou sente falta de games do gênero, como Painkiller fez muito bem durante um tempo (mesmo que a comparação seja de um jogo single player com um multiplayer), Killing Floor 2 vai te recompensar por horas a fio. Se você não gosta do gênero, vale a pena arriscar depois de ver o game em alguma promoção por aí.

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Ariel Souza

Já inventaram o PS4, o Xbox One, portáteis com jogos de console e até celular com capacidade de PC. E ainda tem gente me enviando solicitação de jogos no Facebook.

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