Durante a GDC 2014, o criador de Shenmue,Yu Suzuki, declarou que ele continua interessado em continuar a história de Ryo, algo que a SEGA não o fez durante os últimos anos e até mesmo acabou perdendo os direitos sobre a marca Shenmue, o que praticamente jogou um grande balde de água fria nos fãs série. Porém, quando Suzuki foi questionado se ele gostaria de concluir a saga que ele criou, a resposta foi bastante animadora.
Sorrindo, ele respondeu: “Mas é claro que eu quero produzir, se eu tiver a oportunidade certa”. Segundo ele, o Kickstarter pode ser uma boa opção para isso.
O bate papo de Suzuki durante a GDC, foi focado no desenvolvimento do primeiro Shenmue para Dreamcast – uma obra prima em minha opinião. Ele explicou que o protótipo original do jogo era chamado de “The Old Man and Peach Tree” (O Velho e a árvore de pêssego), passava-se em 1950 na China e tinha um personagem em busca de um mestre de kung fu chamado Ryu.
Ryu… já vi esse nome em outro jogo de porrada.
Este protótipo evoluiu para Virtua Fighter RPG: Akira Story, que posteriormente veio a tornar-se a terceira parte de Shenmue, que nunca vimos, nunca jogamos e quem sabe agora com a vontade de Suzuki, algo mude.
Suzuki ainda falou para a galera presente na apresentação sobre a política de “desenvolvimento sem fronteiras“, no qual ele contratou roteiristas, dramaturgos e diretores de cinema para ajudar a criar cenários e muitos outros elementos do game, e não apenas desenvolvedores de jogos.
Uma das artes de Shenmue. Na época, o game era um dos mais bonitos já lançado.
Ele também compartilhou uma informação interessante e engraçada que aconteceu na fase de desenvolvimento do game, que na verdade, foi um bug, um erro, que se originou na criação de um “mundo único”. Cada um dos personagens não jogáveis – os chamados NPCs – possuíam inteligencia para viver suas vidas através de um programa diário. Porém, um dia, a equipe notou que a área do distrito do armazém, uma das mais visitadas no game, estava totalmente vazia.
“A causa foi uma loja de conveniência”, explicou Suzuki. “Na parte da manhã, todos os NPCs no distrito foram buscar seu almoço na loja de conveniência, e muitos deles não conseguiam sair do local, pois haviam ficado presos.”
Eu vejo que eles conseguiram alcançar um senso de realidade animal com isso, pois quem é que não fica preso em locais lotados, todos os dias não é? No entanto, trata-se de um jogo, e alguma solução deveria ser tomada, e foi feito o seguinte:
“Tivemos que colocar uma porta automática na loja e limitar a ocupação máxima interna.”. Achei justo.
Caras e minas, esse tipo de informação é muito valioso. Shenmue nasceu no Dreamcast, e nunca ouvimos falar destes problemas que eles passaram. É muito curioso e engraçado ver como um jogo pode gerar situações imprevisíveis em que a equipe precisa trabalhar unida para resolver. Mas que seria interessante ver este erro ocorrendo no game de vez em quando seria, fala aí!
E você, está aguardando sentado pela terceira parte de Shenmue? Ficou animado com o que Suzuki compartilhou e suas vontades? Comente!
Já inventaram o PS4, o Xbox One, portáteis com jogos de console e até celular com capacidade de PC. E ainda tem gente me enviando solicitação de jogos no Facebook.