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Crítica | Vidro (Glass) fecha a trilogia de Shayamalan com grandes surpresas

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A reunião de personagens de outros filmes em um grande embate se tornou algo comum no mundo dos super-heróis. Marvel e DC são destaque neste caso. Mas antes mesmo da onda dos filmes de super-heróis começar, M. Night Shyamalan havia lançado Corpo Fechado. Naquele filme, Bruce Willis, no papel de David Dunn, descobre que tem um corpo ultra resistente. Mas ao mesmo tempo, ficamos sabendo que Elijah Price, ou Mr. Glass, também não era um cara normal. Contudo, seu poder não vinha de seu corpo, mas de sua mente. Daqueles tipos de vilões que são extremamente inteligentes e estrategistas.

Pois bem, os anos se passaram e vimos o nascimento de um novo filme, chamado Fragmentado. Desta vez a grande estrela era James McAvoy no papel de Kevin Wendell Crumb e suas 24 personalidades. Em uma atuação memorável McAvoy era o destaque de um filme que dividiu um pouco as opiniões. Embora eu ache até hoje que é um grande filme. Corpo Fechado e Fragmentado haviam estabelecido então um novo universo. Seria o Shyamalanverso?

Agora com Vidro (Glass), temos o final da trilogia. Enquanto Corpo Fechado era focado em David e Fragmentado em Kevin e a Besta, Vidro, como o próprio nome diz, é focado em Mr. Glass. Mas de certa forma, os três personagens são importantes em nível de igualdade.

Esqueça dos trailers de Vidro

Embora os trailers dos filmes possam nos deixar preparados para o que realmente veremos, os de Vidro não são tão condizentes assim com o que vi. Os trailers me fizeram que Glass trataria de uma grande batalha entre o bem e o mal. A Besta contra o Vigilante. Mas nada é tão simples quando se trata de M. Night Shyamalan. O diretor sabe criar mistérios como ninguém e as reviravoltas que saem de sua cabeça também são excelentes, formando um roteiro um pouco inesperado.

Em Vidro ele nos faz pensar que o filme vai por diversos caminhos, quando na verdade não vai. É uma das premissas do roteiro, que nos coloca dentro dos planos de Mr. Glass. E como todo bom vilão, ele sabe como nos enganar. Assim, as grandes lutas que poderiam acontecer com o poder da Besta e a força do Vigilante de David Dunn não acontecem. Temos apenas algumas cenas em que mais parece um braço de ferro do que lutas em si. Duas criaturas muito poderosas, muito resistentes, que definitivamente não são muito humanas. Mas que possuem suas fraquezas. Afinal, todo super-herói tem sua própria Kryptonita.

Ao mesmo tempo, os personagens secundários possuem um papel bem importante. São como sidekicks. Talvez em sua trilogia, M. Night Shyamalan tenha nos mostrado o que ele mais gosta do mundo dos quadrinhos. E também tudo que ele não gosta e iria querer mudar se fosse possível. Ainda que construa seu próprio universo, se confundindo com o que a Marvel faz hoje, Vidro e tudo que os três filmes representam, possam ser vistos como uma crítica ou homenagem aos filmes mais atuais de super-heróis. Mas Shyamalan não deixa isso claro. Ele nos deixa pensar a respeito.

Super-heróis realmente existem?

É interessante ver como Vidro fez bom uso de tudo que Shyamalan construiu com Corpo Fechado e Fragmentado. Inclusive temos cenas inéditas de Corpo Fechado em Vidro. O longa consegue passar pelas dúvidas que David Dunn tinha ao descobrir o que seu corpo poderia fazer, até a certeza que Mr. Glass tem sobre a existência dos super-humanos. Isso é ainda mais expandido com Kevin e a Horda. Mas tudo isso seriam delírios ou desvios de suas mentes e cérebros? Seria realmente possível que humanos façam o que eles fazem? Estas e outras dúvidas são jogadas nas nossas mentes e nas dos personagens.

Assim, temos um filme muito mais cabeça do que poderíamos esperar. Existem cenas de ação, mas são minoria. A maior parte do filme é um grande quebra-cabeça, que tenta desvendar os mistérios destes três personagens. No entanto, muito mais vai surgindo pelo caminho. Certamente Vidro poderá deixar uma parcela de sua audiência decepcionada. Talvez ele nem seja o melhor dos três filmes desse universo que Shayamalan criou. Mas é inegável que a experiência é muito boa. Glass é capaz de causar diversos efeitos nos expectadores, onde um deles também é a decepção. Contudo, o que conta aqui é a experiência pessoal de cada um, uma vez que, com o elenco que tem, com os ótimos personagens, Vidro é bem divertido e imersivo, mas seu final é algo que talvez não agrade todo mundo. Embora tenha sido MUITO corajoso.

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Ariel Souza

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