

Um dos jogos mais comentados durante a E3, Dragon Ball Fighter Z agradou tanto quem é fã da saga de Akira Toriyama quanto quem não é, com suas lutas rápidas de 3v3 lotadas de referências ao anime.
A produtora do game Tomomi Hiroki concedeu uma entrevista durante a transmissão do evento no Twitch e deu vários detalhes sobre as escolhas criativas para o jogo. Uma das perguntas que muitos se faziam era: qual foi o motivo dos produtores escolherem a jogabilidade de um game de luta em 2.5D, já que Dragon Ball vinha fazendo relativo sucesso com os jogos 3D da Bandai Namco?
Segundo Hiroki, a decisão ocorreu por dois motivos. Primeiro é que, segundo ele, muitos fãs dos jogos de luta de Dragon Ball estão nos jogos antigos da série, que eram em 2D. Trazer os guerreiros Z para um jogo de luta 2D foi como levar a franquia para suas origens.
A segunda e maior razão para a escolha é o momento atual do cenário de eSports. A ideia dos produtores é que Dragon Ball Fighter Z seja fácil de entender enquanto um espectador e fácil de se conseguir jogar. A combinação de Dragon Ball com um jogo de luta 2D foi a melhor maneira que encontraram para isso.
“Eu vejo que isso é muito fácil para as pessoas consumirem, ser uma audiência do jogo e espectador. Nós pegamos bons elementos no cenário de eSports – os jogos de luta 2D são obviamente um grande elemento do eSport – e Dragon Ball que é obviamente uma plataforma realmente muito grande, poderá figurar nos torneios de jogos de luta 2D.”
“Então tentamos unir estes dois elementos que foram realmente criados para serem combinados um com o outro”.
Apesar dos jogos da Arc System Works, como Guilty Gear e Blazblue, serem direcionados para jogadores mais harcore, parece que o time de desenvolvimento vem tentando trazer aos jogadores uma nova visão com Dragon Ball Fighter Z. Para se ter uma ideia do quanto eles estão se esforçando para tornar o jogo popular, todos os 6 personagens que estavam disponíveis na E3 2017 para que o público pudesse testar o título, são providos de golpes e movimentos básicos e de fácil execução para uma adaptação rápida de qualquer jogador.
“Nós escolhemos estes seis personagens porque seu estilo de luta é o que eu chamaria de ortodoxo e padrão. Eles possuem movimentos muito conhecidos dos jogos de luta mais famosos, o que torna fácil para as pessoas do evento poderem interpretar e jogar”.
Vamos torcer para que a facilidade de acesso ao jogo não o torne um game muito diferente dos demais no sentido competitivo. Apesar da reclamação geral em torno de Street Fighter V com relação a baixa dificuldade de se conseguir executar os combos e comandos, o game não deixa de ser técnico e depende bastante da paciência para conseguir se dar bem nas lutas. Que Dragon Ball Fighter Z siga o mesmo caminho e se torne um jogo fácil de se jogar, mas recompensador para quem decidir ir além.
Dragon Ball Fighter Z será lançado no ano que vem, ainda sem data definida, para PC, PS4 e Xbox One.