Próximo jogo de Ken Levine, criador de BioShock, sofre com problemas no desenvolvimento
Nos meses finais da sétima geração dos consoles, BioShock: Infinite estreou e causou comoção. O título recebeu muitos elogios quando foi lançado inicialmente, e o futuro parecia brilhante para o chefe do estúdio, Ken Levine. Porém, já se passaram oito anos desde que ele fez qualquer contribuição notável para o espaço de jogos, e seu novo jogo pode estar com problemas.
Ambição parece ser a palavra-chave quando se trata de Ken Levine e seus problemas recentes. Segundo uma reportagem publicada pela Bloomberg, de Jason Schreier, grande parte do problema pode ser encontrado em Levine e em seu estilo de gerenciamento. Ex-funcionários do seu estúdio, a Ghost Story Games, descrevem Levine como uma pessoa difícil de trabalhar, principalmente, por conta da sua grande liberdade.
Segundo os próprios funcionários, Levie tem “dificuldade para comunicar sua visão e afasta ou intimida subordinados que o desafiam ou não atendem às suas expectativas“. Esta seria a principal razão para as constantes alterações no planejamento e até a saída de quase metade da equipe original da sua produtora. Os profissionais revelaram que ele já jogou “meses de trabalho fora”, dificultando o processo e causando “burnout” em muitas pessoas.
Estilo autoral de Ken Levine traz desafios
Financiado pela publicadora Take-Two, a Ghost Story Games começou com aproximadamente 12 funcionários, dos quais mais da metade já deixaram a empresa. Um dos cofundadores, Mike Snight, afirmou que o objetivo inicial era criar um game que se passaria em uma estação espacial habitada por três facções, cujo lançamento estava previsto para 2017. Mas o escopo do projeto era aparentemente maior do que a equipe poderia lidar e, aparentemente, foi reiniciado várias vezes.
De acordo com a Bloomberg, parte do atraso decorre do estilo e do perfeccionismo da gestão de Levine. Segundo Schreier, é relativamente comum Levine descartar semanas ou até meses de trabalho, exigindo mudanças de direção, e ainda insistindo na apresentação de qualidade AAA. Não se sabe por que a Tale-Two, a editora por trás dos jogos BioShock que concordou em um contrato de 15 anos com o novo estúdio de Levine, não intervém.
Schreier presume que a Take-Two adota uma atitude indiferente com ele porque a editora respeita seu “status”. Com isso, a equipe atual da Ghost Story Games duvida da capacidade do estúdio de lançar seu primeiro projeto em questão de pouco tempo, afirmando que ainda serão necessários alguns anos de trabalho. Apesar disso, porém, alguns devs de Schreier disseram que o projeto finalmente está no “caminho certo”.
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Fonte: The Verge
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