Será mesmo uma ameaça?
Nascido em junho de 2017, o Game Pass, a princípio apenas um mero serviço de games do Xbox, ao longo destes quase 5 anos se mostrou ser um excelente modelo de negócio para a Microsoft, para os estúdios e para nós jogadores. Contudo, para Ed Fries, ex-executivo da Microsoft, que fazia parte da equipe de lançamento original do Xbox, mas saiu em 2004, o Game Pass é prejudicial a indústria de games e o comparou o sucesso do serviço como o Spotify foi para a indústria da música, quando perguntado o que ele faria se ainda estivesse na Microsoft com toda essa ascensão do serviço.
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“A única coisa que eles estão fazendo que me deixa nervoso é o Game Pass. O Game Pass me assusta porque existe uma coisa um tanto análoga chamada Spotify que foi criada para a indústria da música.”
“Quando o Spotify decolou, destruiu o negócio da música, literalmente cortou a receita anual do negócio da música pela metade. Isso fez com que as pessoas simplesmente não comprem mais músicas.”
“As pessoas não compram músicas no iPhone, por exemplo, porque você compraria? Eles estão todos no seu aplicativo de serviço de assinatura. A Apple disse que vai retirar a compra de músicas porque ninguém mais as compra.”
“Então temos que ter cuidado para não criarmos o mesmo sistema no negócio de jogos. Esses mercados são mais frágeis do que as pessoas imaginam. Eu vi a indústria de jogos se destruir no início dos anos 80. Eu vi o negócio de software educacional se destruir em meados dos anos 90… eles literalmente destruíram um mercado multibilionário em poucos anos.”
“Então o Game Pass me deixa nervoso. Como cliente, adoro. Eu amo o Spotify como cliente: tenho todas as músicas que sempre quis… é um ótimo negócio como cliente. Mas não é necessariamente ótimo para a indústria.”
“Em algum momento, deu uma guinada e tudo tinha que estar [no Spotify]. A porcentagem de todos os jogos que estão no Game Pass ainda é pequena, e há muitos jogos. 200 jogos por semana são lançados no Steam e mais do que isso no celular.”
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Embora haja essa dura crítica contra o modelo de negócio que o Game Pass tem, ainda temos empresa contrárias a este tipo de modelo e que, até então, não se renderam a este tipo de modelo de negócios, diferente da indústria da música, como, por exemplo, a Sony e a Nintendo.
Mesmo que a nova PS Plus seja uma resposta ao sucesso do Game Pass, ainda haverá compras de títulos exclusivos da PlayStation, da Nintendo e de qualquer outra empresa que não ache viável levar seus títulos para serviço de games do Xbox. Diferente da indústria da música, a indústria de games ainda está bem enraizada no arcaico modelo de negócio e ainda não se rendeu ao mercado digital.
Afinal, você concorda com a fala do ex-executivo da Microsoft? Comente! Por fim, acompanhe tudo que está acontecendo no mundo dos games clicando aqui.
Fonte: VGC
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