Crítica | Doutor Estranho é a mais clara evolução dos filmes da Marvel

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O Universo Cinematográfico da Marvel já está estabelecido e não tem mais nada para provar a ninguém, a Disney e a própria Marvel fazem a roda girar com todos os conceitos que a Marvel Studios alavancou nos últimos anos, que deu vida aos seus maiores personagens dos quadrinhos na telona. Mas convenhamos que com Guerra Civil 3, apesar de ser um bom filme, muito do que se apresentou não era nada novo, faltou até mesmo coragem para fazer uma produção com a mesma pegada dos quadrinhos, onde a morte significa realmente a morte.

No entanto, as próprias histórias dos quadrinhos começam a ser responsáveis pela evolução dos filmes da casa das ideias, com a inserção de novos personagens que vão nos levar para uma fase mais mística do que conhecemos até agora, e não haveria um personagem mais adequado para essa nova fase do que Stephen Strange, o Doutor Estranho.

Um poder que nasce da fé

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Estamos diante de mais um filme de origem, que vai mostrar como o Doutor Stephen Vincent Strange se torna o herói místico Doutor Estranho. Doutor porque Strange é um neuro cirurgião muito cheio de si, que num determinado momento de muita confiança e, quase que como uma punição por seus atos, sofre um terrível acidente de carro em uma das cenas mais bem feitas do gênero que já vi no cinema. É uma mistura de sons e movimentos bruscos dentro e fora do carro que deixa qualquer um impressionado.

Strange, antes um homem da ciência, se vê num momento de busca interna em que somente a elevação de sua mente e de sua fé poderiam lhe dar um sentido de vida, tudo isso após ele ouvir falar de um Ancião que poderia curar suas mãos, altamente danificadas no acidente de carro e que agora eram responsáveis por ele não poder mais exercer sua profissão. No entanto, tudo que ele conhecia sobre o mundo deveria ficar de fora de sua nova jornada e quando ele finalmente entende que caminho deve seguir, seus poderes e inimigos começam a surgir, e é aí que o filme e o roteiro entram em momentos altos de beleza e qualidade.

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Mais uma vez a Marvel acertou no elenco

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Costumo dizer que um dos grandes diferenciais de um bom filme de Super Herói é a escalação de um bom elenco, principalmente nos papéis mais importantes, pois como há um material original sobre o assunto, como os quadrinhos, qualquer deslize se torna motivo de crítica pelos fãs mais entendedores do universo da Marvel (ou DC). O ator que se dispõe a pegar um papel como do Homem de Ferro, Batman, Superman, Capitão América, Homem Aranha, precisa realizar um estudo minucioso a fim de realmente se tornar a contraparte Live Action do personagem em questão. Benedict Cumberbatch caiu como uma luva para o Doutor Estranho, mesmo antes dele ser mostrado em movimento no papel. Ao ver os trailers não havia mais dúvida, ele é o Doutor Estranho e no filme, em todos os momentos, não há do que reclamar.

Os demais atores escolhidos para o elenco também arrebentam, como Tilda Swinton (Anciã), que entrega uma personagem misteriosa, cheia de segredos e dona de um conhecimento sobre multiverso da Marvel que é invejável. Benedict Wong (Wong), que vem realizando bons papéis no cinema e TV, como o imperador da série da Netflix, Marco Polo. Chiwetel Ejiofor (Mordor) não teve tanto destaque assim, mas sem dúvida alguma ele vai aparecer no segundo filme de uma maneira singular.  Rachel McAdams (Christina Palmer) já é uma atriz de renome, que esteve no aclamado Spotlight. E por fim, Mads Mikkelsen (Kaecilius) é o grande vilão do filme, em busca do poder negro que há nos ensinamentos da Anciã. O cara manda bem em tudo que faz também e não é diferente em Doutor Estranho.

O melhor visual para um filme de Super Herói

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Como falamos lá em cima, a Marvel entra num momento mais místico, teremos vilões de outras galaxias, nossos Super Heróis vão penar pra dar conta de tudo. Era necessário um personagem como Strange pra elevar a mente de todos. Strange é um telepata dos mais fortes do mundo da Marvel, capaz de destruir planetas se ele quiser, tamanho o poder que ele possui. Sua junção aos Vingadores será algo muito mais que natural, e a mescla de conceitos que veremos entre o habitual quebra pau dos filmes da Marvel com a magia do universo de Strange, será algo, no mínimo, curioso. E uma das cenas pós créditos de Doutor Estranho mostra onde veremos o personagem novamente, então não saia da sala antes de assistir (são duas cenas).

Toda essa magia que envolve o personagem e seu universo criou o filme mais bonito de Super Heróis que teremos notícias nos últimos anos. São efeitos incríveis, misturando planos diferentes, numa pegada meio “A Origem multiplicado por 10”, como se estivéssemos numa viagem sem volta na cabeça de Strange e nos segredos que o multiverso esconde. As cenas iniciais do ensinamento e descobrimento do Doutor Estranho junto com a anciã são um verdadeiro deleite, uma viagem incrível que o personagem divide com o espectador. Sem dúvida alguma aquelas cenas ficarão marcadas na sua memória por um bom tempo.

O jeito Marvel de ser com um pouco mais de drama

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Muita gente não gostou de Batman V Superman por sua pegada meio Dark, densa demais. Outros não gostaram tanto assim de Guerra Civil por ser um filme alegre demais, que falha em pontos cruciais do roteiro. Em Doutor Estranho temos uma mescla destes estilos de filme de Super Heróis, com uma pegada dramática por conta das condições de Strange em abandonar a sua carreira, o que era mais importante para a sua vida e os descobrimentos que sua nova forma de viver o trouxe. No entanto, o mal que assola o mundo no filme é até difícil de distinguir, ficando entre o mal terreno e o espiritual. Talvez a promessa de que teríamos o filme da Marvel mais próximo do terror não tenha sido cumprida, mas sinceramente, não vi necessidade para tal elemento dentro do longa.

Os efeitos especiais e os poderes do próprio Strange, aliado à relíquias e a dimensão espelhadas necessitam que você veja este filme em 3D na maior tela que conseguir. É um filme específico para o cinema, que vai perder muito de sua essência se visto em casa. Estes mesmos efeitos são utilizados pra criar momentos mais obscuros e que nos fazem pensar o que mais está escondido no mundo desconhecido da Marvel, capaz de ser alcançado somente por aqueles que são muito poderosos e que nunca saberemos se chegará ao limite onde tudo será do conhecimento de todos, é quase como algo infinito. Sem dúvida o universo da Marvel deu um salto incrível com Doutor Estranho, necessário pra mantermos o interesse em suas histórias e ótimo para a estreia de Strange.

Não há do que reclamar

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A fórmula da Marvel está de volta em Doutor Estranho de uma forma mais corajosa, criando um filme que não tem bobeirinhas, somente uma pitada de humor nas horas certas e do jeito certo. As cenas de pancadaria estão soberbas, misturando magia com técnicas de luta e muito efeito especial. O que mais gostei de ver é que o filme foi fiel, até certo ponto, à origem do personagem e conseguiu inserir elementos que o colocam dentro do Universo Cinematográfico da Marvel. E olha que não gostei tanto de Guerra Civil, pensava que Doutor Estranho poderia ter alguns escorregões, mas mesmo indo ao cinema com o hype a milhão, não consegui pensar em nada que pudesse tirar um mísero ponto da nota do filme. O que faz de Doutor Estranho um filme OBRIGATÓRIO!

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