Lost in Random: The Eternal Die Review I Análise

Lost in Random: The Eternal Die

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Desenvolvido pela Stormteller Games e publicado pela Thunderful, Lost in Random: The Eternal Die é uma sequência de Lost in Random, lançado em 2019, que foi desenvolvido pela Moon Hood, do recente The Midnight Walk, e publicado pela EA.

Diferente do título original, The Eternal Die seguiu uma abordagem distinta ao apostar no subgênero roguelite, embora o conceito e a mitologia sobre dados permaneçam intactos.

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Com lançamento previsto para o dia 17 de junho nas plataformas PS5, Xbox Series, PC e Switch, o Combo Infinito teve a oportunidade de jogar o game antecipadamente graças ao envio de uma cópia da versão de PC (Steam).

Diante de tantos títulos roguelite no mercado, será que Lost in Random: The Eternal Die vai conseguir se destacar e, sobretudo, inovar? Afinal, este subgênero está inflado de títulos que repetem a fórmula clássica, mas sem tantas novidades.

Se acomode-se, pois agora irei dizer se Lost in Random é tudo isso mesmo

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Expandindo o Universo

The Eternal Die é uma sequência de Lost in Random, de 2019. Desta vez, assumimos o controle da Rainha Aleksandra, que inclusive é a vilã do jogo de 2019. Nesta ocasião, Aleksandra, Rainha do Aleatório, perdeu tudo. Privada de seus poderes e presa em um reino sombrio e cheio de pesadelos, ela precisa confiar em suas habilidades e em sua fiel companheira, Fortuna — um dado cheio de carisma e poderes quando utilizado. Juntas, elas irão em busca de vingança para derrotar aquele que a tirou de seu trono.

A ideia de colocar o jogador no controle da vilã do primeiro jogo é algo bastante ousado e pouco comum. The Last of Us Parte 2, por exemplo, fez isso muito bem, embora tenha dividido opiniões. Em Eternal Die, essa ideia também funciona, pois quem jogou o game original vai identificar que a protagonista deste jogo foi a antagonista do anterior. Embora o impacto não seja comparável ao jogo da Naughty Dog, The Eternal Die se preocupa em trazer fatias do passado da rainha, bem como personagens que outrora foram vítimas de sua autoridade. Guiado por personagens carismáticos e de design marcante, Lost in Random: The Eternal Die é uma jornada de redenção — não apenas em status, mas pessoal.

A Stormteller conseguiu me convencer a jogar com uma vilã e ainda assim ter empatia e torcer por sua jornada. Ao longo da narrativa e das tentativas, memórias sobre seu passado são reveladas, o que expande ainda mais o contexto e este lado humano da rainha — algo que não vimos no primeiro jogo.

Desafiador

The Eternal Die traz todo o pedigree do roguelite: escolhas a serem feitas durante a progressão e randomização dos cenários. Porém, aqui há um mapa para guiar o jogador e permitir viagem rápida, caso deseje fazer alguma compra em uma sala com mercadoria antes de enfrentar o chefe. Usar esse mapa é uma forma de deixar o jogador ciente de onde está indo, bem como montar sua estratégia. Você não é obrigado a explorar todo o mapa. Se encontrar a sala do boss e estiver em boa situação, já pode ir direto para ele em vez de se arriscar explorando o restante e chegar enfraquecido.

Aleksandra tem um arsenal variado: espada, arco, lança e até uma maçã, além de Fortuna, que serve como extensão de seu arsenal quando usada. Utilizar Fortuna pode dar ao jogador vantagens no combate com danos elementais, conforme sua rolagem. Mas isso só estará disponível através de relíquias adquiridas durante a progressão. O combate de Eternal Die é viciante e desafiador. Sua jornada até o chefe de cada mapa testa suas habilidades constantemente, enquanto as batalhas contra os bosses exigem raciocínio rápido. Todo o carisma dos personagens que cercam a história de Aleksandra também está presente nos chefes, que possuem visuais incríveis e alta dificuldade.

Brincando de Jogo da Velha

Para dar mais tempero ao combate, temos elementos de escolha — como em todo roguelike. Em Eternal Die, são elas: as cartas (responsáveis pelo especial), as pérolas e as relíquias. Ao longo da jornada, além de escolher cartas, o jogador terá à disposição pérolas com cores específicas que representam atributos de Aleksandra, como ataque, sorte e conjuração.

Essas pérolas, ao serem combinadas em até 3 cores iguais, se quebram e oferecem bônus de dano. O mesmo vale para as relíquias, que além de bônus de dano ao serem combinadas, oferecem uma passiva muito útil no gameplay. Tanto pérolas quanto relíquias podem ser colocadas em um tabuleiro e combinadas em sentidos horizontal, vertical e diagonal. Após combinadas, elas permanecem no tabuleiro até serem substituídas por versões melhores. Essa mecânica estimula o senso estratégico do jogador — tanto na escolha das relíquias quanto no posicionamento ideal no tabuleiro.

Ademais, as dádivas — vantagens que você pode adquirir com itens específicos — funcionam como válvula de escape no jogo. Como mencionei, morrer em um roguelite é parte do processo, e Lost in Random: The Eternal Die usa isso a favor do jogo com um hub que abriga NPCs que você conhece ao longo da jornada.

Ressalvas…

Minha principal crítica não está relacionada ao combate em si, mas à variedade — elemento essencial de um roguelite. Criar roguelikes é um desafio, pois morrer e tentar de novo exige que o jogador tenha à disposição uma gama variada de opções que o mantenha engajado. Elden Ring: Nightreign, por exemplo, adotou esse sistema, mas peca ao não oferecer variedade suficiente em suas recompensas.

Em Eternal Die, a falta de variedade nos elementos oferecidos se torna perceptível após algumas horas. Em uma de minhas tentativas, já estava bem equipado e aguardava uma nova relíquia que me oferecesse mais vantagens, mas o jogo começou a repetir relíquias já apresentadas. O problema aqui não é não oferecer boas relíquias, mas sim repetir as mesmas. Ou houve falha na randomização, ou faltaram novas relíquias no jogo.

Outro ponto é a variedade de armas: o jogo oferece apenas 4 opções, que não são tão eficientes no combate. Essa limitação reduz as possibilidades de abordagem contra os inimigos.

Não é de argila, mas ainda é lindo

Diferente de seu antecessor, The Eternal Die não seguiu o estilo visual feito de argila pela Moon Hood. Ainda assim, o trabalho da Stormteller Games foi competente em capturar minha atenção — seja pelo visual dos cenários, design dos inimigos, chefes ou NPCs. Tudo em The Eternal Die é cativante e carismático. Essa identidade ousada e vívida entrega um mundo convincente que explora bem a temática dos dados e da aleatoriedade.

Esse carinho visual também se estende à variedade de inimigos. Para cada mapa, há um inimigo diferente coerente com a temática local. Não há do que reclamar do visual de Lost in Random: The Eternal Die. Tudo é bem feito e marcante desde o primeiro minuto até o fim da jornada.

Ademais, minha experiência no PC foi impecável: nenhum crash ou bug. Tudo fluiu perfeitamente bem.

Mas afinal, Lost in Random: The Eternal Die é tudo isso mesmo?

The Eternal Die é diferente de tudo em seu antecessor, seja nas mecânicas, visual ou suporte ao nosso idioma. Confesso que essa mudança de direção foi a melhor possível. Apesar do problema de variedade em seu elemento mais importante, o combate desafiador aliado ao sistema de tabuleiro para habilidades passivas torna a experiência única. Soma-se a isso a composição gráfica, personagens e trilha sonora — e temos uma sequência muito superior ao jogo anterior. Se você ama roguelike, estará bem servido.

Veredito: Lost in Random: The Eternal Die traz todo o pedigree de um excelente roguelike, seja em desafio, seja em seu combate somado a um sistema de tabuleiro inovador. Contudo, suas poucas opções de armas e variedade de relíquias marcam esta experiência de forma negativa. João Antônio

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von 10
2025-06-10T11:15:07-0300

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