O que esperar da nova geração de consoles?

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O que esperar de uma nova geração de consoles? A primeira coisa que vem a cabeça, talvez por culpa da própria indústria que nos acostumou mal, é: gráficos mais realistas.

Gráficos ditam se um game é de uma nova geração ou não. Veja o Wii, que diante do PS3 e Xbox 360 foi sempre considerado um vídeo game da geração PS2, ou intermediário entre PS2 e PS3/Xbox360. Mas o que dizer desta nova geração que está chegando? Será que o Wii U é um console da nova geração? Será que o Xbox One mesmo possuindo um conjunto muito bom pode ser um avanço para a nova geração? Ou quem dá os parâmetros aqui é o PS4, com sua capacidade enorme de processamento e memória?

Este é um assunto controverso. Controverso porque jogadores fãs (ou fanboys como já se criou o termo) são relativamente cegos quando o assunto é seu console favorito. Diga a um “Nintendista” que a Nintendo está mal das pernas e espere por palavras duras em sua direção. Ou até mesmo, diga para um grande fã do Xbox360 que hoje em dia os games multiplataformas são melhores no PS3, ou que o PS3 possui um sistema de gerenciamento de memória terrível, que exige que um game seja muito melhor programado nele do que no Xbox360, e nem sempre o resultado é o ideal. Veja bem, não fique nervoso, não estou afirmando nada, mas aposto que se você é fã de um dos consoles ou empresas citadas acima, deve ter ficado um tanto quanto pensativo e dizendo para si mesmo “o que este editor está dizendo? Meu console é o melhor de todos, por isso eu o escolhi!”.

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Mas antes que qualquer um aqui possa virar fã de um dos consoles da nova geração, vamos a alguns fatos: Primeiro o Wii U, que desde que chegou não mostrou nada novo, não mostrou potencial nem games que fizessem valer sua compra. É um hardware confuso e sem muito futuro (a EA Games vai mais longe, e diz que é um “lixo”, como os próprios desenvolvedores descreveram o console da Big N). Ou seja, o Wii U pode até fazer sucesso, como aconteceu com o Wii, mas somente por méritos da Nintendo, que há alguns anos vem carregando seus consoles nas costas, praticamente sozinha. E como seus gráficos são parecidos e às vezes pouco melhores que de um X360 ou PS3, podemos considerar que a nova geração realmente venha a acontecer com o Xbox One e o PS4, e que o Wii U venha pelas “rabeiras”.

É justamente aqui que este artigo ganha propósito. Afinal, qual dos dois consoles é o melhor? Qual deverá ser minha escolha? Você deve se perguntar, já que ambos os consoles foram demonstrados e ambos possuem games estonteantes.

Sem querer fazer você decidir agora, já que os consoles sairão no final do ano e ainda muito será revelado, ao menos podemos fazer um comparativo. Sabendo que as especificações dos aparelhos já foram liberadas para o público,  tanto Sony quanto Microsoft não terão tempo hábil para qualquer mudança, afinal o projeto já foi apresentado e agora ambas precisam pegar novas cartas no baralho e escolher com quais farão suas próximas jogadas. E ainda tem a Nintendo, novamente ignorando as outras duas fabricantes e criando a sua própria maneira de jogar. Afinal, o que é preciso para um console novo agradar a todos? Um novo gameplay ou novas possibilidades técnicas?

Claro, é muito cedo pra dizer quem sairá vencedor na nova geração, mas vamos olhar para o passado, relembrar a evolução e como esta geração está acabando.

Snes e Mega: a era de ouro dos 16 bits

Voltando ao tempo do Mega e Snes, todos diziam que o console da Sega tinha melhor capacidade, e que por isso, games que saíam para os dois consoles acabavam sendo melhores e mais rápidos no Mega enquanto no Snes a paleta de cores que era maior permitindo um visual mais elaborado. No final das contas, ambos venderam praticamente a mesma coisa, foram 23,4 milhões do console da Nintendo contra 20 milhões do Mega Drive (Fonte: Uol Jogos).

O Playstation foi o primeiro console da Sony e e foi líder da geração 32 bits

Na geração seguinte, o Playstation era mais fraco que o Saturn, e ambos eram mais fracos que o N64, mas os diferenciais do Playstation, como mídia em CD (N64 era cartucho) e uma biblioteca de exclusivos enorme (mesmo que muitos deles de qualidade duvidosa), fizeram dele um sucesso e vencedor da geração (Saturn e N64 tiveram poucos games em comparação com o PSone, e venderam muito pouco também). Mas a evolução desta geração para a de 16 bits, com certeza foram os gráficos e todas as questões técnicas como por exemplo o som melhorado, possível exatamente pelo uso de CDs.

A geração 128 bits (PS2, XBox e Game Cube)

Depois era a vez do PS2 (128 bits), e podemos dizer que o mesmo se repetiu. O Game Cube não se rendeu aos CDs e o Xbox apesar de mais poderoso que o Playstation, não conseguiu fazer frente aos exclusivos do console da Sony, amargando a segunda posição desta geração praticamente inteira. Assim, a Sony demonstrou que hardware não era importante, e que os gráficos necessariamente não precisavam ser os melhores pra que o console vendesse e agradasse os jogadores no geral.

Mas esta questão dos gráficos veio a ser reafirmada e de maneira definitiva com a Nintendo e seu Wii, lançado na mesma época do PS3 e Xbox360 e abalou as estruturas da indústria fazendo até mesmo a Sony e Microsoft terem que copiar seu estilo, dando as mesmas formas de se jogar para seus consumidores, nascendo os pouco usados PSMove e Kinect. Mas o Wii morreu cedo justamente porque a sua capacidade era muito diferente dos outros dois consoles, mas no final, por incrível que pareça, acabou vendendo muito mais. (96 milhões de aparelhos, contra 77 milhões do PS3 e 76 milhões do Xbox360, até o início de 2013).

A geração 128 bits – Ok, o Wii não veria estar aqui…

Mas estas vendas não refletem um console melhor, tanto em hardware, como já dito, quanto em satisfação para o consumidor, já que o Wii possui poucos games e a maioria é da Nintendo (o que não é ruim) e poucos tem alguma temática mais adulta ou violenta. Assim, olhando o termo geral, podemos dizer que Sony e Microsoft possuem maiores méritos nesta geração atual, pois mesmo o Xbox360 sendo mais fraco que o PS3 (mas possuindo um excelente gerenciamento de memória, sendo 512mb GDDR3 unificados e compartilhados entre a GPU – processador gráfico e o CPU – processador principal) e o PS3 sendo um console mais difícil de se programar (justamente por não possuir a unificação da memória, pois mesmo com 512mb GDDR3, ele divide em 256mb pra GPU e 256mb pra CPU, o que reduz a taxa de transferência total), ambos ficaram praticamente empatados, tanto em satisfação dos jogadores quanto em vendas. E ficou claro que a briga pelo melhor hardware e melhor gráfico aliados a melhor experiência é totalmente válida, e claro, os games exclusivos que pra muitos fazem do console da Sony o melhor dos 3, principalmente agora com o final desta geração chegando.

O anúncio do PS4

E pensando justamente nesta questão gráfica e tecnológica, a Sony empolgou o mundo com seu PS4 e sua apresentação repentina, cheia de novidades ligadas à tecnologia empregada ao console. Com um processador AMD Jaguar de 8 núcleos, a grande carta na manga da Sony são seus 8GBs de memória trabalhando de forma integrada em todo o sistema. Sim, o Xbox One, que também virá com um processador AMD Jaguar de 8 núcleos, possui os mesmos 8GB de memória, mas com tecnologias diferentes.

O Xbox One utilizará 8GB de memória DDR 3 (o mesmo que você possivelmente já possui aí no seu PC), e deixará destes 8GB, 3GB para o sistema operacional, sobrando assim 5GB para os games. O PS4 por sua vez, possuirá 8GB GDDR5, o tipo de memória mais avançada e mais rápida para placas de vídeo (e mais cara também), deixando apenas 1GB para o sistema operacional e imensos 7GBs para os games. Isto pegou os desenvolvedores de surpresa, já que ninguém sabia desta quantidade e qualidade das memórias do aparelho. Ou seja, enquanto um traz memórias mais baratas, outro traz memórias de alto nível de desempenho e uma arquitetura totalmente voltada para games.

Podemos dizer que apenas isto traduz a vantagem da Sony para a nova geração? Definitivamente não. Dentre outros poréns, a Microsoft deixou claro que sua política será bastante dura com games usados e que trará diversas funções a mais para seu console (comando de voz e outros), mesmo que alguns destes “bônus” sejam relevantes e possam trazer algum benefício, a maioria deles vai de encontro ao que a comunidade gamer esperava.

A recepção do console da Sony foi muito melhor que a da Microsoft, tanto por parte dos jogadores quanto por parte dos desenvolvedores, e estes últimos justamente por causa do mar de memória que o PS4 oferecerá (e todo desenvolvedor tem que realizar um árduo trabalho pra encaixar seu trabalho em algum sistema com pouca memória). Os jogadores gostaram do que o PS4 apresentou, principalmente dos games, e também influenciados pelo que a indústria no geral disse sobre o console. E quanto aos jogos usados, que a Microsoft vai cobrar uma taxa por cada game usado adquirido pelo jogador, a Sony diz que deixou esta decisão para as produtoras dos games, mas está claro que a empresa também está planejando algo sobre o assunto e os games usados podem estar com os dias contados em ambos os consoles.

Cartucho de expansão de memória Sega Saturn de 4MB

Mas voltando novamente ao passado, o PSone possuía 1MB de memória, enquanto o Saturn possuía 2MB, e seu cartucho de expansão levava o console até 6MB (somando 4MB do cartucho + 2MB do console) e isso não foi suficiente para sua vitória. Portanto, esta vantagem da Sony e PS4, pode acabar por não se traduzir em êxito, ficando tudo dependente da quantidade de vendas de cada console, do preço, dos exclusivos e principalmente da mudança de casa que pode vir a acontecer por parte dos jogadores, que pelo preço de cada console, podem acabar indo parar nos PC’s.

Portanto, o que esperar para nova geração de consoles? Um cenário bastante diferente para jogos usados ou até mesmo para a pirataria (particularmente no Xbox One) e principalmente, caso este quadro se mantenha, uma larga vantagem para a Sony, ainda mais se a evolução gráfica for o que os gamers estão esperando da nova geração, já que a própria Microsoft disse no dia 22/05/2013 que não está buscando a excelência gráfica, mas sim a experiência completa de entretenimento. Porém se olharmos para daqui alguns anos, com a chegada das novas TVs com resoluções absurdas(4K de resolução), o console da Microsoft pode não entregar uma boa experiência, sabendo que a quantidade de memória que possui pode fazer um game que roda muito bem em 1080p ficar mais lento e menos detalhado e em uma resolução maior da que conhecemos hoje em dia.

Assim, podemos apostar no PS4, mas a história já nos mostrou que os jogadores querem games que sejam divertidos, inovadores, diferenciados, e tudo isso não se encontra apenas com belos gráficos. É aí que o Wii U ou Xbox One podem surpreender.

E você, o que acha de tudo isso?

 

 

 

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2 respostas

    1. Obrigado Mardones! Estamos contentes de estarmos realizando um bom trabalho e aos poucos estamos recebendo o feedback de vocês. Continue conosco!

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