Justiça Jovem (Netflix) – 1ª Temporada: Mantendo o alto nível de animações da DC

A Netflix liberou no inicio deste mês sem muito alardes as duas temporadas da animação Justiça Jovem para os assinantes brasileiros. A animação já estava disponível para os assinantes americanos desde 2014 e já passava da hora dela vir para as terras tupiniquins. A série aborda os ajudantes dos principais heróis da Liga da Justiça trilhando seu caminho para serem reconhecidos não como simples ajudantes, mas sim como heróis do mesmo nível de seus mentores.

Contudo, a animação não fica somente no básico, que seria mostrar os heróis atingindo o seu objetivo inicial, mas será que isso foi bem abordado ao longo de uma primeira temporada um tanto quanto longa – com 26 episódios?. Descubra abaixo.

Apresentamos os não mais assistentes

Ao inicio do primeiro episódio de Justiça Jovem somos apresentados aos assistentes dos principais heróis da Liga da Justiça. São eles: Kid Flash, Aqualad, Robin, Ricardito e posteriormente Superboy, Miss Marte e Artemis. Contudo, esses heróis demonstram não quererem ficar mais na sombra de seus mestres e assim decidem, por bem ou por mal, formarem uma equipe por conta própria. Tudo isso poderia ser falado durante uma única temporada tornando-a maçante, mas é brilhantemente abordado durante dois episódios. A forma como os heróis mirins são tratados ainda mostra que eles não têm total confiança de seus superiores. Mas tudo isso vai sendo superado ao longo da 1ª temporada de uma forma que faz você pensar em como eles estão preparados a ajudarem a manter a paz na Terra.

É claro que o termo assistente é retomado vezes demais. Porém isso é só para que em um jogo de ação futuro eles provem o quão merecedores são de se denominarem mais do que simples assistentes. Questões como o fato deles serem adolescentes também são abordadas estabelecendo romances na equipe. Isso não torna a situação maçante com dramas ou cenas desnecessárias. Pelo contrário, acaba deixando as coisas interessantes à medida que as relações são desenvolvidas. É inegável que em menos de 5 episódios já estejamos familiarizados com os heróis e até mesmo deixando-os junto de nossos favoritos.

Enredo preciso e envolvente

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A história de Justiça Jovem poderia se ater somente em como os heróis tentam provar o seu valor. Entretanto, isso muda drasticamente quando uma outra história muito mais interessante aparece a partir do episódio 10: Um possível traidor na equipe. Após um vilão falar para Aqualad e Arqueiro Vermelho (Ricardito) sobre um possível informante, a história muda de visão. Com o passar dos episódios, vamos tendo evidências de que Artemis é a principal suspeita. Entretanto, em uma jogada muito bem sacada, Superboy e Miss Marte são envolvidos nessa bagunça. Um, em uma tentativa quase obcecada de parecer-se com Superman, alia-se a Lex Luthor. Já a outra, com medo de que sua verdadeira identidade venha à tona, alia-se a Abelha Rainha, outra vilã. Toda essa questão é abordada durante os últimos episódios e apesar da quantidade bem pequena, consegue ser desenvolvida de forma bem satisfatória.

O enredo da animação é muito bom. Ouso dizer que é melhor até que a Liga da Justiça Sem Limites. Isso porque em Justiça Jovem a história é desenvolvida em conjunto com o desenvolvimento dos personagens. Ou seja, não temos aqui episódios maçantes focados totalmente em um único herói. Há, claro, um certo destaque uma vez ou outra, mas mesmo assim o roteiro não fica tedioso e não se distancia da história principal.

E a seguir?

Se formos reparar ao longo da temporada, em diversos momentos vimos que outros heróis foram surgindo. Ou que até mesmo acabaram entrando para o grupo. É inegável que a equipe passará por uma expansão. Outro ponto é como a equipe irá reagir após a descoberta do traidor. Apesar de toda essa questão ter sido resolvida durante o último episódio, podemos esperar que isso ainda renderá durante a Segunda Temporada. Contudo, o principal mistério é o que aconteceu durante as 16 horas que alguns membros da Liga ficaram desaparecidos. Isso pode render o suficiente para desenvolver alguns episódios da próxima temporada, se não ela inteira.