Mundos abertos e tempo de jogo menores é uma ótima alternativa para os RPGs atraírem novos jogadores – Opinião

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2025, sem dúvidas, é o ano dos RPGs. E quando o assunto é esse gênero, dois fatores entram em debate: seus tempos de duração e mundos abertos. Nos últimos anos, ser um RPG “raiz” se tornou sinônimo de experiências com dezenas — ou até centenas — de horas de duração, acompanhadas de mapas enormes e densos. No entanto, nem sempre essa fórmula resulta em uma experiência de qualidade.

Franquias como GTA, Red Dead Redemption, The Witcher e Kingdom Come: Deliverance são raras exceções que conseguem equilibrar esses elementos e se destacar no mercado. Mas e os jogadores que não apreciam mapas colossais e narrativas que ultrapassam 100 horas de jogo?

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Embora sejam populares, os RPGs acabam dividindo seu público entre os apaixonados pelo gênero e aqueles que preferem experiências mais contidas, com menos de 40 horas de duração. E é justamente esse público que os RPGs deveriam conquistar. Além dos entusiastas hardcore e dos criadores de conteúdo, há um número significativo de jogadores casuais que não dispõem de tanto tempo para se dedicar a longas jornadas. Ainda que interessados no gênero, muitos acabam desistindo pela simples falta de tempo.

Shawn Layden, ex-CEO da Sony Interactive Entertainment e atualmente consultor na indústria, defende a produção de jogos menores. Segundo ele, a maioria dos jogadores hoje tem dinheiro para comprar diversos títulos, mas carece do recurso mais valioso: tempo. Afinal, a rotina de trabalho e as responsabilidades diárias limitam a disponibilidade para longas sessões de jogo.

O crescimento dos RPGs de ação

black Myth Wukong

Enquanto a longa duração ainda é um dos grandes desafios dos RPGs tradicionais, os RPGs de ação vêm conquistando território, especialmente com o crescimento do mercado chinês. Muitos desses jogos oferecem experiências mais lineares e com tempos de campanha mais razoáveis.

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Black Myth: Wukong, por exemplo, tem uma duração média de 30 a 40 horas e aposta em um mundo contido, sem a vastidão excessiva vista em títulos ocidentais. Embora tenha sido criticado por seu level design, o jogo atraiu um grande público e se consolidou como um dos melhores lançamentos de 2024.

A China parece ter compreendido essa necessidade do mercado e, por isso, cada vez mais títulos seguem essa abordagem. Lost Soul Aside, Phantom Blade Zero e Tides of Annihilation são alguns dos exemplos que adotam essa filosofia, o que inevitavelmente atrai a atenção de jogadores casuais que evitam experiências longas e exaustivas.

Qual é a solução?

A ideia aqui não é extinguir os RPGs tradicionais, mas sim oferecer alternativas para um público que hoje se vê forçado a optar por outros gêneros. Um RPG não precisa ultrapassar 50 horas ou ter um mapa colossal para ser bom. Criar mundos mais contidos ou apostar em cenários interconectados, ao invés de um gigantesco mundo aberto, pode ser o equilíbrio ideal para atrair mais jogadores.

Essa mentalidade já começa a ganhar força dentro da indústria. A CD Projekt Red, por exemplo, está reavaliando a abordagem de tempo e conteúdo em seus futuros lançamentos. The Witcher 4 manterá um mundo aberto similar ao de The Witcher 3, mas com um foco maior em qualidade ao invés de quantidade.

The Witcher 4

O estúdio Rebel Wolves, formado por ex-desenvolvedores da CD Projekt Red, também busca inovar com The Blood of Dawnwalker, um RPG que promete oferecer uma experiência mais enxuta, com duração entre 30 e 40 horas e um mundo aberto compacto. Segundo o diretor do jogo, Mateusz Tomaszkiewicz, a intenção é fazer com que os jogadores realmente se familiarizem com o universo do jogo. Em entrevista ao GamesRadar, ele explicou:

“Quando o mundo é um pouco menor e você o explora com mais calma, consegue memorizar melhor os lugares, tornando a ambientação mais rica e habitada.”

Para os jogadores mais conservadores, essa mudança pode parecer drástica. No entanto, essa transformação do gênero tende a beneficiar toda a indústria, trazendo mais diversidade e acessibilidade para diferentes perfis de jogadores.

Assim, seja você um fã de mundos vastos ou de experiências mais contidas, é inegável que os RPGs estão passando por uma evolução criativa — e será interessante acompanhar os impactos dessa mudança nos próximos anos.

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