Crítica: 12 Horas para Sobreviver – O Ano da Eleição

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Nós nos comportamos por que realmente prezamos pelo respeito e pela ordem, ou por que seremos enquadrados e punidos? Abro essa análise com essa questão, pois é completamente pertinente ao que o filme propõe.

O “dia da purificação”

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12 Horas para Sobreviver – O Ano da Eleição (The Purge: Election Year) é o terceiro capítulo da franquia de sucesso, o qual chega pelas mãos, mais uma vez, do diretor James DeMonaco e estreia nos cinemas brasileiros em 6 de outubro.

O Filme traz, mais uma vez, o dia da purificação como foco – o purge day. Esse dia é permitido por lei que qualquer crime seja cometido durante um período de 12 horas, ou seja, você poderá assaltar, destruir e matar sem sofrer qualquer tipo de repressão – detalhe que isso é concedido pelo governo e com o apoio de parte da sociedade.

O longa conta a história de Leo Barnes (Frank Grillo), que depois dar fim a uma ação de vingança, passa a trabalhar para a senadora e candidata à presidência Charlie Roan (Elizabeth Mitchell), a qual perdeu sua família num Purge Day. O tema principal da campanha da senadora é voltada para acabar com essa bizarrice. O mais simbólico e absurdo de tudo é a total inversão de valores, pois o principal concorrente da senadora é um pastor que luta para se reeleger e manter o dia da morte. Isso se torna mais caótico quando a maior causa da existência do ‘dia da purificação’ é eliminar a classe inferior para que o governo não precise “cuidar” do povo e eliminar, literalmente, os custos.

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O que você faria sem regras?

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O conceito que o filme aborda é muito interessante, pois trata de um colapso da sociedade de uma maneira diferente. Já vimos zumbis destruírem povos, alienígenas dizimarem continentes, mas, dessa vez, o maior inimigo da população é ela mesma. É bacana ver o comportamento do ser humano mediante ao conceito de estar livre de regras e quaisquer outros meios que o fazem não se prender.

O longa busca te envolver naquele universo violento e sanguinário, ora pensando no que faríamos se isso realmente existisse, ora nos mostrando como encontrar meios de isso mudar. Também força a ideia da importância de estarmos dentro de regras e diretrizes, pois sabemos que uma simples atitude pode causar danos irreversíveis.

Esse tipo de filme, estrategicamente sendo lançado em época de eleição, é um tapa na cara bonito da estrutura em que estamos inseridos. Vemos claramente como as pessoas se comportam quando uma ideia que prejudica a maioria, porém facilita a vida dos governantes, é apoiada pela classe favorecida – conceito que estamos cansados de ver ao nosso redor.

Modo Survival

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A trilha sonora de ’12 Horas para Sobreviver – O Ano da Eleição’ te coloca de cabeça dentro daquele universo. As melodias vão acompanhando as cenas de desespero das pessoas que buscam sobreviver o purge day. Cenas épicas e super corajosas conseguem atingir um grau muito alto de diversão, fazendo com que os espectadores tenham mini catarses a cada 15 minutos de filme.

O filme diverte em vários aspectos. As cenas de violência são muito bem encaixadas e bem feitas, as vezes até engraçadas. Muitas vezes, de acordo com aquele universo, é possível traçar um paralelo com alguns games que possuem o modo “survival“, o qual representa a sobrevivência do personagem num lugar hostil.

Não só de bons momentos vive esse filme. Quando os personagens, que são bem interessantes, são apresentados, você os admira pelas atitudes que tomam durante o filme, porém, algumas não se encaixam com a personalidade que nos foi apresentada, isso para que atingisse o sentimento que a história necessitava. Outras poucas cenas clichês perdem um pouco o poder devido a maneira que são colocadas, mas isso não é incomum de acontecer.

O objetivo de ’12 Horas para Sobreviver – O Ano da Eleição’ foi atingido. Uma crítica ferrenha à nossa sociedade, aos nossos governantes, à hipocrisia, à violência e à nossa estrutura falha de conseguir desenvolver uma base moral sólida e incorruptível, por outro lado diverte o espectador o colocando em um mundo bizarro, mas que não é impossível de existir.

Confira o trailer do filme logo abaixo

https://youtu.be/dn1Kusm87ys

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