Análise | Dragon Quest XI volta às raízes do gênero JRPG e se mostra o melhor da franquia

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Dragon Quest XI finalmente lançou no ocidente e a espera valeu a pena. O título conseguiu uma localização maravilhosa, não devendo nada à sua contraparte japonesa. Esse jogo não é só o melhor JRPG de 2018, como também é o melhor jogo da série Dragon Quest.

Amor à primeira vista

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Desde seus primeiros momentos, o jogo se mostra um JRPG clássico. Como sempre, temos o protagonista morando em uma pequena vila pacata no meio do nada. Ele tem um destino importante a cumprir, então deve abandonar sua cidade natal para embarcar em uma jornada. Sim, já vimos isso milhares de vezes e aqui não é diferente.

Entretanto, aí é que está o charme de Dragon Quest XI. Ele pega uma premissa que conhecemos e inclui um elenco carismático. Com isso, em pouco tempo, você passa a se importar com o destino daqueles personagens na tela, mesmo os conhecendo tão pouco. Eles passam um ar de familiaridade e, quando iniciada a jornada, vemos que essa “pegada” não se limita ao início.

Assim como o protagonista, vamos descobrindo o mundo aos poucos e vemos o quanto ele é vasto. O sentimento de descoberta é constante no título e toda localidade é interessante, assim como as pessoas que lá vivem. Vamos entrar em mais detalhes sobre isso mais pra frente, mas é impossível falar do charme do jogo sem mencionar esse elementos.

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Aqueles que, como eu, cresceram com JRPGs vão se sentir em casa aqui. Desde as subtramas em cada uma das cidades, até o sistema de combate por turnos, tudo aqui remeta à palavra “oldschool”.

Dragon Quest XI é clássico e inovador ao mesmo tempo

A princípio, muitos podem achar hoje que a luta em turnos é ultrapassada em RPGs. Os títulos têm, cada vez mais, dado espaço para a ação desenfreada e combos, ao invés da estratégia. Aqui vemos que o sistema não está ultrapassado.

Através de um polimento das mecânicas, introdução de alguns novos elementos e os lindos cenários, cada luta é um evento a parte. Mesmo que esteja lutando contra os mais simples slimes ou até mesmo dragões em castelos abandonados, todo desafio tem suas peculiaridades.

A principal novidade é o “Pep Mode”, um estado que os personagens podem alcançar em determinados momentos nos combates. Uma vez nesse estado os status do membro da party ficam ainda mais fortes, mas isso é temporário. Após alguns turnos, o modo se desliga. Cabe ao jogador escolher gastar esses power ups em golpes especiais ou simplesmente lutar até que o Pep acabe.

Embora pareça simples, temos um leque estratégias, pois muitas vezes o dano a mais que o personagem causa pode ser ainda mais efetivo do que um golpe especial. Isso incrementa ainda mais no elemento de estratégia e torna as lutas ainda mais interessantes. Mas o que são combates se não conhecemos nossos combatentes?

Um elenco de cair o queixo

Há muito tempo não via um elenco principal com personagens tão bem construídos. Todos os seis membros que acompanham o protagonista na jornada conseguem ser interessantes. Em nenhum momento você sente que eles são forçados ou que são muito rasos em suas intenções. Em Dragon Quest XI, todos eles possuem histórias elaboradas e, em determinados momentos, vamos conhecendo cada vez mais deles.

No entanto, isso não se estende apenas aos heróis. Nas cidades temos vários personagens que impressionam em qualidade. Seja um ladrão reformado que abandonou a vida de crimes, ou uma sereia que aguarda seu amado há anos, cada uma dessas pessoas é bem trabalhada. Ao longo da jornada vamos conhecendo mais sobre o mundo e seus habitantes. Cada uma dessas pessoas é interessante. Não via um elenco coadjuvante tão rico desde Ocarina of Time. É visível o trabalho feito no setor de escrita para que cada uma dessas história fosse bem aproveitada.

É quase como se o mundo em si fosse um personagem e, sinceramente, pode-se dizer que ele faz sim parte do elenco.

Um mundo vasto e interessante

Não é sempre que paramos para admirar o cenário de um jogo. Sejam cidades, florestas, montanhas ou vulcões, o ambiente é sempre rico de alguma forma. Podemos ver que muito trabalho foi feito para que cada uma das cidades do jogo parecesse única. Temos metrópoles costeiras onde se vê lojas por todos os lugares, vilas pesqueiras e toda sorte de localizações. A melhor parte é que cada uma delas tem uma história pra contar.

Embora quase sempre se trate de alguma missão para avançar na história, cada uma dessas localidades têm suas rotinas. É possível sentir a vida nesses lugares e o quanto eles mudam quando seu grupo os salva de algum monstro ou maldição. Tudo isso só reforça aquele sentimento de um RPG clássico.

O mundo é uma constante aventura e, como dito anteriormente, o sentimento de descoberta permanece à todo momento. Entretanto, apesar de todas esses aspectos maravilhosos, a obra não é perfeita.

A maldição dos JRPGs

A bênção de Dragon Quest XI é justamente mostrar que sistemas clássicos ainda não estão fora de moda. No entanto essa também é a sua maldição. Como muitos já conhecem, JRPGs são infames por um aspecto bem peculiar: o grinding.

Quando me deparava com algum desafio um pouco mais difícil, constantemente me vi obrigado a parar de avançar por um tempo para lutar com monstros no mapa. Fazer isso constantemente durante horas chega a levar uma pessoa ao delírio. Mesmo já esperando que haveriam boas horas necessárias para aumentar níveis, não foram eles que necessitavam de grinding. A todo momento me via necessitado de novo equipamento.

Seja para obter itens necessários para forjar novas armas e armaduras, ou simplesmente comprar elas nas lojas com dinheiro, obter equipamentos é uma tarefa chata. Inimigos dão pouco dinheiro e se você ficar vendendo itens para aumentar sua conta, você se vê sem materiais para criar novas bugigangas. Até mesmo o drop rate de itens básicos é baixo. Isso nos leva a ficar horas no campo para levantar um boa grana ou conseguir aquela peça que faltava para fazer uma espada melhor. Certamente uma tarefa árdua e maçante.

Apesar de tudo, é o melhor game da franquia

Mesmo com seus altos e baixos, convenhamos: ainda não existe o jogo perfeito. É justamente quando as qualidades sobrepõe as falhas que vemos o quanto um game é bom. Mesmo que não seja um fã de JRPG, Dragon Quest XI é uma excelente porta de entrada. Com certeza um título que entrará para diversas listas de “Melhores RPGs de todos os tempos”.

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