Análise: Killzone Mercenary

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O portátil da Sony vive um momento no mínimo curioso. Ao mesmo tempo em que cobram mais games originais para ele, que não sejam meras conversões de jogos dos consoles e PCs, todas as versões de jogos que seguem esta linha fazem sucesso no Vita. O portátil é feito pra jogos hardcore, games que dão certo no console também dão certo no pequeno notável da Sony, e Uncharted Golden Abbys e o novo Killzone: Mercenary são provas reais disso.

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Killzone: Mercenary é produzido pela Guerilla Cambridge, a mesma que desenvolveu os Killzones de PS3, é o primeiro da série a chegar para o Vita. A série conta a batalha dos humanos dos ISA contra os Hellghasts, seres de outro planeta que tentam retomar o seu próprio mundo dos domínios dos humanos, que chegaram a um poder bélico e de tecnologia tão grande que começaram a colonizar outros planetas, inclusive o dos Hellghasts. Exilados em um planeta com atmosfera diferente, os Highs sofreram mutações, e ao perceberem que poderiam retomar o poder atacam o planeta mais próximo em dominação dos humanos, o planeta Vekta.

Os Hellghasts - armados e perigosos!
Os Hellghasts – armados e perigosos!

Em Mercenary você está totalmente alheio a isto. Danner, personagem controlado pelo jogador, é mudo (eu acho, afinal ele não fala NADA) e atira como ninguém, o chamado exército de um homem só. Ele e seus companheiros estão atrás de dinheiro, e a princípio trabalham para os humanos do ISA. Assim, a cada missão concluída, o grupo de mercenários recebe uma quantia em dinheiro, até que tudo acaba mudando com o tempo, e até ao lado dos Hellghasts você poderá lutar.

Este desprendimento do comum é o que traz um sentimento de algo novo para o game. Entretanto, o hype criado em torno de Mercenary sempre se deu pelo fato do jogo demonstrar muito do poder do Vita, principalmente no quesito gráfico. Além de todas as outras qualidades, é impossível não avaliar o gráfico de Killzone do Vita. Em um momento onde os dispositivos portáteis que rodam Android e iOS (iPhone) estão em constante evolução, trazendo chips e processadores avançados e entregando gráficos de cair o queixo para as plataformas mobiles, tudo levava a crer que o Vita ficaria pra trás com o tempo. No entanto o que se vê em Killzone Mercenary é a vantagem de se apoiar em uma plataforma fixa específica para desenvolvimento de games, e a Guerilla Cambridge conseguiu entregar um jogo com qualidade gráfica tão alta que é impossível não comparar com seus irmãos maiores do PS3. Killzone Mercenary está facilmente pouco abaixo do que se viu em Killzone 3 (que está no mínimo no mesmo nível de Uncharted 2 por exemplo), e acredite, é algo lindo de se ver na boa tela do Vita.

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Gráficos sensacionais demonstram o poder do Vita.
Gráficos sensacionais demonstram o poder do Vita.

Ok, mas o jogo é apenas gráfico? Definitivamente não. A versão americana também tem dublagem em português, e apesar de às vezes parecer um filme da sessão da tarde, a localização do game é muito competente, o que está virando algo normal ultimamente. O destaque vai para Black Jack, um vendedor que utiliza a tecnologia a seu favor, através de algumas caixas espalhadas pelo cenário, em que ele consegue vender armas, armaduras e muitos itens para Danner. Black Jack possui uma dublagem arrastada, que de início você estranha e acha que realmente o dublador é ruim, mas com o tempo o personagem torna-se cada vez mais importante e você passa a gostar do trabalho de dublagem e da maneira que ele fala. A trilha sonora ajuda a completar a qualidade geral do som, que apesar de bastante competente, não é memorável.

Black Jack, um personagem memorável de Killzone: Mercenary.
Black Jack, um personagem memorável de Killzone: Mercenary.

Ainda assim, o que todos estavam aguardando ansiosos era pela jogabilidade, e aqui é onde o game brilha e demonstra mais uma vez a importância de um aparelho realmente focado em jogos. A ambientação é ótima, e o jogador se sente no controle justamente por causa do segundo analógico do portátil. Apesar de fazer pouco uso das características do Vita, como o touch traseiro ou o sensor de movimentos e câmera, o touchscreen é altamente usado nos combates – vindos direto de Killzone 3, melhorados. Aqui é possível abordar algum inimigo da melhor maneira stealth e derrubá-lo utilizando o triângulo ou o touch, e conforme a ação acontece aparecem setas indicando em alguma direção, e ao seguir as indicações você pode esfaquear o inimigo ou simplesmente fazê-lo falar, conseguindo informações importantes sobre os planos dos Hellghasts (ou dos humanos). Este tipo de opção faz o jogador pensar duas vezes antes de sair atirando, pois você nunca sabe que inimigo está guardando aquela informação que você tanto precisa. Informações que você também pode encontrar em algumas estações, como segredos espalhados pelo jogo, e aqui fizeram um uso excelente da tela de toque do portátil com puzzles inteligentes, onde você deve escolher uma peça que se encaixe nas demonstradas na tela, sempre com um tempo limite. O problema é quando você faz isso e algum inimigo te encontra, até você sair do puzzle você já tomou vários tiros.

Aqui o game faz um bom uso da tela de touch do Vita.
Aqui o game faz um bom uso da tela de touch do Vita.

E por falar nos inimigos, jogando na dificuldade mais alta, os combates são intensos. Todos os inimigos são muito inteligentes e sempre tentarão flanquear o jogador, geralmente vindo um pela direita e outro pela esquerda, e não adianta ficar escondido. É incrível como isso funciona, e geralmente eles conversam sobre o que estão tramando, e se o jogador não for rápido nas decisões é morte na certa ou granada na cabeça. Além disso é muito “confortável” dar head shots, pois além de trazer um efeito sensacional, voando sangue nas paredes, dá mais pontos e dinheiro no final das missões e os controles fáceis auxiliam nesta tarefa.

Outro elemento que chama a atenção no game são as cartas de bravuras. Logo que iniciamos o game, é apresentada a sua primeira carta, sem naipe, como de um baralho qualquer. Ao demonstrar as suas habilidades no jogo, seja na campanha ou no multiplayer, esse naipe melhora e a carta aumenta de valor no próximo dia em que você jogar. É algo como um level dos jogos de RPG. No modo multiplayer é possível ver a habilidade dos jogadores através dos naipes que eles possuem. Modos que são muito bons por sinal, e o jogador pode se unir a outras 7 pessoas pra batalhas em que vence o que mata mais, em um modo em que não há aliados, é cada um por si. O segundo modo é por equipes, humanos contra Hellghasts e o terceiro e mais completo é dividido em 5 rodadas, onde cada uma delas as equipes possuem um objetivo, que vai desde abrir a maior quantidade de capsulas possíveis, matar o maior número de inimigos, interrogar quem você puder (pra isso atirar nas pernas se torna mais importante do que atirar na cabeça) e muitos outros. Aqui a equipe que conseguir mais pontos vence, e nem sempre matar é a melhor opção, trazendo uma necessidade de estratégia pros combates. A cada inimigo abatido, você pode pegar a carta correspondente à habilidade dele, aumentando a sua coleção de cartas.

As cartas de bravura demonstram se você é um noob ou um perito!
As cartas de bravura demonstram se você é um noob ou um perito!

Após concluir o game, o jogador é brindado com novos modos nas mesmas fases que já terminou, onde você precisa concluir determinada fase utilizando determinadas armas ou granadas, ou simplesmente destruir todas as câmeras de segurança e concluir o nível dentro do tempo. Todos são muito recompensadores, principalmente no quesito “dinheiro ganho com suor mercenário”, que depois poderá ser gasto nas estações do Black Jack, que possui muitas opções de gadgets, armas e proteções. Apesar de ter achado que a maioria das proteções eram muito desequilibradas – fiquei com o mesmo colete desde o começo – é válido comprar cada um dos itens para então ter mais opções no modo multiplayer.

Killzone Mercenary é a prova real de que é possível entregar no Vita uma experiência de console de mesa. Gráficos absurdos, som na medida e com dublagem em português, jogabilidade viciante e modos multiplayers que dão uma longevidade ótima ao título, fazem deste um dos jogos obrigatórios para o Vita, que aos poucos vai somando em sua biblioteca o que sempre podemos ver nas gerações dos consoles Playstation: exclusivos que fazem total uso da potência dos consoles da Sony. Recomendo fortemente, ainda mais se você gosta de um belo shooter com multiplayer viciante!

http://youtu.be/71e4zg79IvE

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2 respostas

  1. Olá ! Estou aqui para ajudar meu filho. Ele joga Killzone Mercenary desde 2013 e ama o jogo. Já comprou tudo o que podia no Blackjack e ainda tem 5 milhões. Ele não sabe o que fazer com esse dinheiro . Queria saber se alguém pode ajudar? Obrigada!

    1. Olá Mãe Prestativa, tudo bem? Seu filho deve jogar muito!

      O jogo possui algumas funcionalidades online, mas nem me lembro mais o que ele pode ou não fazer com o dinheiro do jogo. Recomendo que ele busque por informações em fóruns específicos do jogo ou grupos do Facebook, como este: https://www.facebook.com/groups/kzmpsvita/?fref=ts

      Boa sorte e obrigado pelo comentário!

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