Análise: Mega Man 11 é puro desafio e nostalgia

Mega-Man

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Mega Man 11 é a volta de um dos heróis mais carismáticos do mundo dos games. O personagem ganhou o coração dos gamers desde seu início, no final da década de 80. No começo da popularização dos games, os jogos de plataforma foram essenciais para a propagação e Mega Man foi um dos responsáveis por isso.

Com o tempo, esse personagem tornou-se um ícone e seus jogos eram aclamados aonde estivessem. Vimos ele ganhar uma proporção imensa, e com sequências que acompanham a evolução dos jogos. Em um certo momento, surgiu a saga X. Ela trouxe conceitos e histórias diferenciadas, mas respeitavam a essência do personagem.

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Os anos foram passando e, nesse meio tempo, algo se perdeu. A série X caiu de qualidade fortemente. E a série tradicional estava, praticamente, se arrastando. Até que, para lamento de muitos, a Capcom resolveu deixá-lo na geladeira por um tempo. Essa, talvez,  tenha sido a melhor decisão para a franquia.

O Retorno com Mega Man 11

Ao anunciar que o azulão ia voltar, os fãs tiveram a reação mais óbvia, comemorar. Porém, a boa e velha pulga atrás da orelha veio junto de rabeira. Isso porque não sabíamos se a empresa conseguiria resgatar aquilo que fez o personagem ser grande. Vale destacar, e temos que ser justos, que hoje a Capcom vem fazendo trabalhos primorosos. Não há dúvida que é uma empresa que está no caminho certo e que trabalha com uma porcentagem de erro muito baixa.

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Pois bem, a ansiedade por saber como que o robozinho estava se comportando aumentava a cada segundo. O caminho que estava sendo pavimentado nos anos 90 e que foi acidentado posteriormente, tinha um grande desafio: coloca-lo de novo nos holofotes.

Houve uma beta, muito elogiada por sinal, e que já dava bons indícios de que as coisas tinham sido feitas corretamente.

Clássico é Clássico e vice-versa

Se tem uma coisa que Mega Man 11 fez muito bem foi transmitir o sentimento de um clássico moderno. O game de plataforma no estilo old, alia-se a um gráfico muito bacana, trazendo o velho carisma do robô.

Os famosos sub-chefes ainda estão presentes e dão um trabalho tenebroso. Cada fase, mais ou menos no meio, possui um sub-chefe que é uma pedra no sapato, mas são combates legais de se fazer.

Outro detalhe que não podia faltar, pois é marca registrada da franquia, é a escolha de chefes. São 8 no total e cada um é dono de suas fases características. São eles: Block Man, Acid Man, Blast Man, Fuse Man, Bounce Man, Torch Man, Impact Man e Tundra Man. E como manda o figurino, cada fase leva consigo a característica de seu chefe. Se você está na fase de Block Man, se encontrará em meio a uma obra com tijolos, escavadeiras e coisas do gênero. Já se tiver na fase de Tundra Man, deverá tomar cuidado com espinhos de gelo e superfície escorregadia. E assim que você os derrota, adquire seus poderes.

Uma das coisas mais gostosas da franquia é você procurar o chefe certo. Assim, você emplaca uma sequência vitoriosa utilizando as habilidades adquiridas daquele boss específico.

Já o herói continua com seu canhão de plasma afiado e, quando o botão é carregado, um super tiro devasta o que tiver pela frente.

Um desafio de respeito

Se tem algo que a franquia fez muito bem, foi criar desafios absurdos. Em Mega Man 11, você pode ter certeza que eles estão de volta e com força total.

Sempre houve muita dificuldade em derrotar um chefe, mas dessa vez, as fases também são um grande desafio. Uma coisa precisa ficar clara, a dificuldade nos games do robô sempre foram marca registrada e dessa vez não seria diferente. Acontece que as fases, embora muito bem feitas, são terrivelmente difíceis. Elas vão desde pulos longos até paredes sequenciais de espinhos hit kill que vão tirar seu sono.

O level design é muito bom, bem característico, mas foi feito para te fazer ter a atenção e concentração 100%. Este passa longe de ser aquele jogo light (sem trocadilhos com o doutor) que você joga para ter aquela sensação gostosinha. Pelo contrário, exige dedicação, e muita, mas muuuuita paciência.

Calma que as coisas não são tão tensas quanto parecem

Algumas coisas existem para amenizar essa dificuldade/desafio. Uma delas é a lojinha. Nela, você encontrará equipamentos e itens que farão sua trajetória ser um pouco mais tranquila. Isso não é algo novo para a franquia, mas é de uma importância extrema, pois sem ela, seu sofrimento será constante.

Os equipamentos são bem variados, os quais podem te ajudar nas fases, como fazer você ter um upgrade de respeito. Encontramos chips que carregam seu tiro automaticamente, sapatos que seguram os escorregões no gelo e por aí vai. Também não podemos esquecer dos famigerados tanques de energia e munição, bem como vidas extras.

A moeda de troca são parafusos, que os inimigos dropam (deixam cair) nas fases, quando derrotados. Assim sendo, vale muito a pena você passar algumas vezes por uma fase, mesmo que seja difícil e que não há meios de passar por lá naquele momento, apenas para “farmar” esses parafusos e se fortalecer para continuar a jornada.

O grande destaque: Double Gear

Assim como todas as outras histórias do Mega Man tradicional, o vilão é Dr. Willy. Este foi um gênio da robótica e grande amigo de Dr. Light. Ambos brigaram durante o início de suas carreiras e Willy atribui à Light o seu insucesso. Essa raiva reprimida torna-o um inimigo terrível e vingativo.

Dessa vez, eles resgatam um antigo produto criado pelos gênios, o Double Gear. Esse dispositivo faz com que o jogo ganhe uma dinâmica diferente. Ele consiste em dois tipos de poderes diferentes (double, claro). O primeiro é a engrenagem do poder, a qual ao ser ativada, consegue gerar um tiro de poder mais devastador. O segundo, e mais importante, é o que desacelera o tempo, fazendo com que consiga passar por partes velozes, ou derrotar inimigos, com menos dificuldade. Em momentos críticos, você pode ativar os dois poderes, o que nem sempre é útil, mas em último caso, vale a pena.

Leia essa frase agora com atenção: O seu sucesso em Mega Man 11, depende diretamente de você aprender a usar a Double Gear. Quando você aprende essas mecânicas e tem o timing bom para usá-las, o jogo ganhará outra proporção e ficará bem mais divertido.

Claro que nem tudo são rosas robóticas. Algumas plataformas ainda estão com um hitbox impreciso, o que pode atrapalhar muito na hora do pulo e movimentos rápidos. A falta de um auto-save, algo que hoje é inadmissível, pode trazer momentos bem tensos quando está com pressa e desliga o videogame sem salvar na unha.

Conclusão

Mega Man 11 é um dos jogos do robô mais deliciosos. Fases bem construídas, características e que promovem um desafio grande. Um gameplay variado, gostoso, e com a Double Gear, tudo fica ainda mais interessante. É uma ótima pedida para quem curte um jogo de plataforma bem feito. Para aqueles que querem moleza e desistem fácil, passem longe. Mas se você encara, usa estratégia, raciocínio rápido e tem paciência, vai achar o game incrível. Recomendo fortemente.

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