Análise: Murasaki Baby

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Durante a Gamescom do ano passado (2013) um jogo para o portátil da Sony, o PS Vita chamou muito nossa atenção. Com um visual que lembra obras de Tim Burton, Murasaki Baby deixou no ar uma sensação de um jogo único, prometendo uma experiência diferenciada no Vita principalmente por causa dos controles peculiares do portátil e que o jogo demonstrava fazer um ótimo uso.

Produzido pela Ovosonico e publicado pela própria Sony como um exclusivo do Vita, Murasaki Baby conta a história de uma pequena garota que estranhamente possui a boca no lugar da testa de maneira bastante bisonha, porém a deixa muito carismática, pois enfatiza seu olhar arregalado praticamente em todas as vezes que ela interage com você. Ela acorda em um local estranho que possui diversas fantasias e medos das crianças, como o bicho papão por exemplo. Ela então se sente triste por estar longe de casa, com medo de tudo que ela vê e pede por sua mãe.

Sozinha, a única coisa que ela carrega é um balão lilás. Tudo está ligado a este balão, inclusive o game over do jogo se dá quando ele estoura e, como todas as crianças, ela tem medo de seu balão estourar. Sua missão então é levar a pequena estranha por locais de extrema beleza artística enquanto evita que seu querido balão se perca, já que isso representa o fim do jogo pra você e para ela, que não avança sem ele. É como se o balão fosse a alto estima dela, a coragem talvez.

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“Me dê sua mão coisinha lin… lin… lin… bunitinha!”

O grande chamativo de Murasaki Baby, além de seus belos gráficos desenhados e pintados a mão, é a jogabilidade que faz uso de todas as funcionalidades que só o Vita tem no mercado. E isso é raro dada a quantidade de jogos que poderiam entregar este tipo de experiência no portátil. Basicamente, Murasaki Baby trata-se de um jogo de plataforma com diversos puzzles que podem ser vencidos usando ferramentas que o ambiente vai oferecendo ao jogador. Aqui você não usa o direcional e os botões padrões para movimentar o personagem, bastando através do touch screen do portátil pegar na mão da pequena estranha e guiá-la durante sua jornada. Se ela estiver com medo, verá que fica mais difícil percorrer os caminhos, pois ela fica puxando pra que você não consiga pegar em seu braço.

Aos poucos o game vai liberando novos movimentos, todos ligados ao plano de fundo do cenário, que pode ser trocado deslizando o dedo no touch que fica atrás do Vita. Cada plano de fundo possui alguma particularidade que muda a forma de jogar, os efeitos que vão ocorrer no ambiente e suas ações através dele vão refletir diretamente na jogabilidade do jogo. Chega uma hora que você deixa o Vita de cabeça pra baixo, apenas pra se ter uma ideia. É tudo muito bem construído e altamente agradável. A diversão no geral só é abalada pela falta de ritmo em algumas fases, mas como o jogo é um puzzle há de se entender.

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Criaturas bizarras não faltarão!

A experiência que Murasaki Baby consegue entregar é muito rica, uma pena que acabe tão rapidamente e com um final que não empolga tanto. Porém, como aprendi após o final de Lost, o que vale é a jornada e Murasaki Baby é muito bom enquanto dura. A pequena estranha só fala “Mammy” e consegue ser muito carismática ao mesmo tempo. Os medos e as fantasias de criança espalhadas pelo cenário sempre te lembram que você está a cargo de uma criança, mesmo que ela seja tão assustadora quanto o bicho papão. Isso cria uma mistura de sentimentos que só é possível de se explicar pra quem jogou o game.

A parte sonora não é perfeita, mas conta com músicas compostas simplesmente por Akira Yamaoka, compositor dos primeiros jogos da série Silent Hill. Então, não há como não perceber a singularidade das músicas e efeitos sonoros.

A história do jogo não é entregue de mão beijada ao jogador. Você vai colhendo referências em cada fato que ocorre e tira a sua conclusão no final. É algo muito bacana pra gerar comentários sobre o game, sobre a garota e sobre o universo de Murasaki Baby. A grande falha do jogo realmente é a longevidade e poucas coisas pra se fazer após terminar, apesar de ficar uma certa vontade de retomar a campanha apenas para tentar entender melhor o que está se passando. De todo modo, Murasaki Baby é um game obrigatório pra você que tem um Vita, pois poucos jogos fazem você ter a sensação de que você tem um portátil único e inexplorado em mãos. Além disso, é uma boa aventura, cheia de peculiaridades. Recomendamos!


Galeria de imagens: Murasaki Baby (PS Vita)

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