Black Mirror Episódio 6 – 4º Temporada: Black Museum é o sinônimo de INSANO!

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ATENÇÃO: Esta crítica pode conter alguns spoilers sobre o episódio Black Museum

A quarta temporada de Black Mirror se encerra com um dos episódios mais insanos. Black Museum conta a história de uma viajante que resolve parar em um ponto de mesmo nome, e para na intenção de recarregar seu carro elétrico. Entre esse tempo, ela descobre ser um museu de objetos ligados a crimes e assassinatos. Nos aventuramos em bizarras e macabras histórias de alguns destes objetos, com a promessa de uma grande atração no final. Uma verdadeira insana aventura tecnológica.

Tão macabro quanto um filme de terror

Black Museum

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O principal e maior sentimento que tive enquanto assistia Black Museum foi o desconforto. Só o fato de você pensar que alguém construiu um museu com itens ligado a crimes, já é doentio. Essa é a principal característica de Black Mirror, a qual o sexto episódio soube utilizar muito bem. As coisas ficam logo apimentadas no primeiro conto. Confesso que, em determinados momentos, cheguei a fechar os olhos diante de cenas terríveis. Diferente de Crocodile, as cenas pesadas exibidas neste episódio foram justificáveis e equilibradas, em meio de uma trama focada na tecnologia e suas consequências.

Black Museum é lotado de itens relativamente curiosos. Poderia facilmente prender o telespectador por um bom tempo diante das histórias. Infelizmente só tivemos “duas” histórias reveladas (com exceção da atração principal). Mas não tem como negar que foram narradas de forma apropriada. Tanto a história do doutor quanto a do boneco de pelúcia foram dignas de filmes de terror psicológico. Citando como exemplo o longa Corra, onde o terror estava presente no desconforto do telespectador e não em sustos.

 

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A atração final foi o ápice de insanidade do episódio. É onde o “jogo vira” e você percebe que não é o que você imaginava. Um verdadeiro “show de horrores”! O direito humano é totalmente ignorado para alimentar vidas financeiras e egos de pessoas ignorantes.

Este é o futuro?

Black Museum

O doutor que não estava contente com sua carreira de sucesso e procurou pela tecnologia para ser ainda melhor. O viúvo que passou a não se importar com os sentimentos da sua falecida esposa. O homem fracassado na vida que procurou se aproveitar de outras pessoas que queriam uma nova vida para se dar bem. Entre essas três histórias, temos um aspecto em comum, o ego humano. Pessoas que não se importavam com o próximo, apenas consigo mesmas. A tecnologia promove a possibilidade de pessoas se tornarem mais ignorantes na sociedade.

Um implante capaz de fazer um médico sentir a mesma dor do seu paciente é uma tecnologia que permitiria a solução de muitos casos. Mas não é uma opção única à evolução da medicina. Caso houvesse, seria necessário um total tratamento psicológico, e de saúde, ao profissional que fosse utilizar o aparato.

Uma tecnologia que permitisse que um conhecido falecido ficasse em sua mente sem dúvidas não é das melhores ideias. Dividir o seu corpo com alguma “alma” de um falecido jamais daria certo. Em uma mente que o hospedeiro possua o controle de tudo é comparável a uma prisão. Um tanto perturbador e antiético, tenho certeza que essa tecnologia não chegará às nossas vidas.

As tecnologias que vemos são do tipo que muitos adorariam que nunca exista. Em mãos erradas, podem fazer da nossa sociedade um lugar ainda mais doentio e assustador.


Black Museum consegue equilibrar o bizarro com a tecnologia. Outra grande pérola da temporada em conjunto com U.S.S. Callister e Hang the DJ. O final pode se tornar um tanto previsível aos mais atentos, a reviravolta final pode não ser efetiva para alguns telespectadores. No entanto, o episódio não deixa de ser uma bela definição do que se trata a série de ficção, Black Mirror.

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