Crítica | Aliados mostra outro lado da 2ª Guerra com roteiro dramático

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Quando vi pela primeira vez o trailer de Aliados, filme que traz Brad Pitt e Marion Cotillard como protagonistas, fiquei extremamente decepcionado com o que vi. Não pela qualidade em si do que o trailer apresentava, que parecia excelente. O problema é que no próprio trailer a gente consegue saber exatamente e sem nenhum tipo de aviso ou até mesmo respeito com o possível expectador do filme, qual seria a principal reviravolta do longa. Não bastava ter as duas estrelas de Hollywood unidas em prol divulgação da obra, o trailer tinha que estragar boa parte da surpresa. Então já começo esta crítica dizendo: NÃO VEJA NENHUM TRAILER DE ALIADOS.

Desde então eu imaginava que o filme não conseguiria me surpreender de nenhuma forma e eu não poderia estar mais errado. Obviamente que saber de um dos maiores segredos do filme foi um problema, mas desde o começo você, sabendo ou não dos fatos que o trailer mostra, acaba entrando em um jogo de detetives totalmente empolgante.

Agora, vamos para a crítica

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Aliados conta a história de dois espiões em meio a Segunda Guerra Mundial. De um lado temos Max Vatan (Brad Pitt) e de outro Marianne Beausejour (Marion Cotillard). Os dois não se conhecem, mas precisam fazer de conta que são marido e mulher para então assassinar um embaixador nazista em Casablanca, no Marrocos. Acredite, isso deveria ser o máximo que você poderia saber sobre a história do filme.

O longa então entra em um jogo social em que os dois personagens precisam trabalhar juntos, cooperativamente e de uma forma que ninguém descubra seus segredos. Vatan é um cara centrado, violento se necessário, mas totalmente preparado para a missão. Beausejour é meticulosa, pensa em todos os detalhes para que sua missão não dê errado, praticamente uma ótima atriz por fazer seus sentimentos serem verdadeiros, ao mesmo tempo que consegue esconder suas reais intensões em campo. A missão dos dois então, de matar o embaixador, é de suma importância para os rumos da Guerra, mas muitas coisas entram em seus caminhos, difíceis de serem controladas.

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Um verdadeiro Secret Hittler

Existe um jogo social que costumamos jogar bastante com nossos amigos aqui do Combo Infinito chamado Secret Hittler e Aliados me fez lembrar muito desse game. Você nunca sabe ao certo se tudo não passa de um grande jogo, se as pessoas ao redor de Vatan e o próprio Vatan são quem eles dizem ser. Beausejour é uma das maiores incógnitas do filme em uma atuação excelente de Marion Cotillard, uma atriz que vem sendo cada vez mais requisitada em Hollywood. Brad Pitt não fica atrás e tem momentos dramáticos incríveis e muito convincentes. Lotado de diálogos, Aliados talvez sofra apenas com a falta de ritmo em muitos momentos, enquanto em outros constrói tudo com tamanha precisão capaz de te manter imerso dentro da história e dos segredos que o filme traz.

Há uma química muito grande entre Pitt e Cotillard ao ponto de dizerem que a atriz foi o pivô da separação de Pitt e Jolie, mas isso fica para sites como O Fuxico. Com personagens altamente interessantes e intensos, ambos os atores carregam a obra nas costas em um jogo de gato e rato inesperado e profundo, capaz de mexer com nossos sentimentos a cada nova cena. Novamente, ficar sem saber que rumo a história vai tomar é algo constante e mesmo quando a revelação maior do filme ocorre, lá pela metade do longa, existem ainda muitas coisas escondidas por trás da cortina.

Uma Guerra sem armas

Filmes que retratam a Segunda Guerra Mundial tendem a ir pelo lado mais bélico da coisa, ou retratar os Alemães como os maiores vilões que a Terra já viu. Aliados consegue mostrar que a Guerra não é brincadeira ou heroísmo, que foi um momento terrível na história da humanidade, mas que por trás da fumaça e da poeira que cada tanque de guerra levantava, muitas vidas corriam por seus cursos cada vez mais caóticos diante do perigo de, a qualquer momento, um bombardeio encontrar sua família e seus entes queridos. A família é o cerne de tudo, o alicerce de nossas vidas e quando qualquer fato chega para abalar essa estrutura tão importante para nós todos, que tipo de reação teríamos e até onde iríamos para manter as coisas como eram ou resgatar o mínimo necessário para ser capaz de reconstruir tudo novamente, em união?

Aliados mexe com tudo isso, deixando o expectador diante de dilemas complexos, complicados e até difíceis de de acreditar. Mas em uma época tão complicada que a humanidade passou na década de 40, como julgar a vontade de viver?

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